sexta-feira, 16 de julho de 2010

A vila dos contêineres

A Holanda é um país de vanguarda, em muitas áreas. Os avanços sociais e o desenvolvimento econômico são notáveis.

Estive em Amsterdã recentemente (março 2010) e pude perceber também uma rica e, em alguns casos, inusitada arquitetura, o que comentarei em um próximo post.


Foto: Edifício residencial de conteiners em Amsterdã, por Antonio Macêdo

Intimamente relacionada à agua (o país tem boa parte do território abaixo do nível do mar), a Holanda tem importantes portos. Reutilizar conteiners para fazer edifícios se tornou uma opção viável. É uma idéia interessante.

Conheci alguns destes edifícios em Amsterdã. Reproduzo a seguir matéria a respeito de um residencial construído com conteiners, publicada em Superinteressante. Também acho, de fato.


Foto: Edifício residencial de conteiners em Amsterdã, por Antonio Macêdo













Foto: Escola infantil feita com conteiners em Amsterdã, por Antonio Macêdo








A vila dos contêineres



Texto de Caroline D’Essen, para Revista Superinteressante – 05/2010
Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de lata

Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão:os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo:com aproximadamente 1 000 apartamentos de metal.
Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres foram comprados na China, onde passaram por uma reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Eles foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de 1 000 estudantes.

Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escada). Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten Müller, que vive lá há 6 meses. O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por fora, quatro-estrelas por dentro.

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