sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Missão Técnica GreenBuild Conference & Expo Filadelfia 2013 - ArqTours / Inbec Turismo

Caros,
 
Com satisfação, informo que estão abertas as inscrições para a Missão Técnica GreenBuild Conference deste ano, que será na Filadélfia em Novembro. O programa desta edição prevê visitas em Washington DC e Filadélfia, sempre, claro, com acompanhamento técnico adequado. As reservas estão sendo conduzidas pela Inbec Turismo e mais informações sobre o programa podem ser obtidas com a ArqTours (dados abaixo).
 
Na coluna da direita deste blog, encontrará imagens de diversas missões anteriores, inclusive a mais recente, para Nova York, ocasião em que eu e a Raquel, da ArqTours, pudemos ir também à Filadélfia para conhecer e começar a preparar mais uma missão técnica de sucesso.
 
Nos vemos.
 
 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Certificado ambiental avança com prédios comerciais de alto padrão

Por Daniel Tremelde, São Paulo
Publicado em Folha de São Paulo, 25/08/2013

Peso no PIB das edificações de projetos candidatos a selo saltou de 3% para 8% em dois anos

Adotada em edifícios corporativos, 'certificação verde' para residências ainda está em formatação

O valor das construções registradas para receber certificação sustentável alcançou 8,3% do total do PIB (Produto Interno Bruto) de edificações em 2012, segundo pesquisa realizada pela auditoria Ernst Young a pedido da GCB Brasil (Green Building Council).

Segundo o levantamento, o valor total dos imóveis registrados atingiu R$ 13,6 bilhões no ano passado. O PIB das edificações --uma subdivisão do PIB da construção civil que exclui obras de infraestrutura-- foi de R$ 163 bilhões no mesmo período.

A pesquisa levou em conta construções registradas para o selo Leed, concedido pela organização americana Green Building Council.

No Brasil, além do Leed, existe o Aqua, selo da Fundação Vanzolini (que tem 133 empreendimentos certificados no país). Mais dois selos, o britânico Breeam e o alemão DGNB, desembarcaram recentemente no país.

Segundo a pesquisa da Ernst Young para a GCB Brasil, o valor total dos empreendimentos registrados para receber o selo quase quadruplicou nos últimos dois anos. A parcela no PIB das edificações pulou de 2,6% em 2010 para os 8,3% do ano passado.

O número de novos pedidos também deu um salto de 2010 para 2011, passando de 72 para 198. Em 2012, chegou a 216. Com a desaceleração da economia neste ano, a expectativa da GCB Brasil é que esse número seja similar ao do ano passado.

ALTO PADRÃO

Além do aumento dos pedidos de certificação, o alto padrão dos empreendimentos que buscam a certificação ambiental é outro motivo para o crescimento da participação no PIB de edificações, diz a Ernst Young.

"A certificação dá ganhos econômicos", afirma o diretor-gerente do GBC Brasil, Felipe Faria, que promove o Greenbuilding Brasil, a partir de terça-feira (27), no Expo Center Norte, em São Paulo.

"Há valorização do metro quadrado, aumento da velocidade de ocupação e retenção de usuários. Para o investidor faz todo sentido porque reduz o risco."

Enquanto ganha espaço em prédios comerciais, a certificação sustentável ainda patina entre os imóveis residenciais.

"Nosso desafio é fazer com que o consumidor residencial seja tão crítico quanto está sendo o de prédios comerciais", diz Faria.


 
Editoria de Arte/Folhapress

 

domingo, 25 de agosto de 2013

Edifícios com lâminas solares devem triplicar em dois anos

Por Louise Downing, da Bloomberg, publicado em Exame.com em Julho 2013 
 
O mercado de energia solar colocada em edifícios e em materiais de construção deve crescer de cerca de US$ 2,1 bilhões para US$ 7,5 bilhões até 2015

Hearst Tower, edifício "verde" projetado por Norman Foster em Nova York

Londres – Dos estádios no Brasil até as sedes dos bancos na Grã-Bretanha, arquitetos liderados por Norman Foster estão integrando células solares na estrutura dos edifícios, ajudando o mercado de tecnologia a triplicar dentro de dois anos.
 
Os sistemas de energia solar estarão no topo dos estádios anfitriões da Copa do Mundo de Futebol em 2014, no Brasil. Em Manchester, norte da Inglaterra, o escritório do Co-operative Group Ltd. tem lâminas solares da Solar Century Holdings Ltd. em suas superfícies verticais.
 
Os projetos marcam um esforço dos designers por adotar edifícios integrados com a energia fotovoltaica, ou BIPV, onde os recursos de geração de energia são planejados desde o início, em vez de improvisados como uma reflexão tardia.
Foster e seus clientes estão procurando produzir obras atraentes respeitando a diretiva da União Europeia de que os novos edifícios devem produzir emissões próximas de zero depois de 2020.
"Construções solares integradas em edifícios de escritórios e fábricas, que geram energia de forma consistente durante o dia, além de não exigirem terrenos caros adicionais ou instalações feias, são vistos como a solução energética mais óbvia", disse Gavin Rezos, diretor da Viaticus Capital Ltd., uma empresa australiana de consultoria corporativa, que é um dos fundos de capital privado que investe dinheiro em tecnologia.

O mercado de energia solar colocada em edifícios e em materiais de construção deve crescer de cerca de US$ 2,1 bilhões para US$ 7,5 bilhões até 2015, de acordo com a Accenture Plc, mencionando a pesquisa da NanoMarkets.

Espera-se que as vendas de vidro solar atinjam quase US$ 4,2 milhões em 2015, com paredes integradas com células solares a US$ 830 milhões. Cerca de US$ 1,5 bilhão deve ser gerado a partir de telhas solares.
 
"Estamos nos aproximando de um ponto de inflexão e, em algum ponto do futuro edifícios com energia solar integrada serão uma ‘obrigação’ na concepção de qualquer edifício novo e significativo", disse Mike Russell, diretor do grupo de serviços de utilidade pública da Accenture, em Londres.
 
A tecnologia solar foi instalada no telhado do Estádio de Pituaçú, em Salvador, no Brasil, bem como em seu vestiário e na cobertura do estacionamento, já que o país se prepara para a Copa do Mundo.
 
Designs acessíveis

Incorporar energia solar em materiais de construção traz desafios. A Foster + Partners, a firma de arquitetura liderada por Norman Foster, que remodelou a Hearst Tower, em Nova York, e projetou um arranha-céu em Londres, conhecido como o Gherkin, disse que é importante considerar que as estruturas sejam acessíveis para limpeza e manutenção. A empresa está projetando um novo escritório em Londres para a Bloomberg LP.

"Embora as células individuais sejam discretas e fáceis de integrar, exigem elementos de cabeamento e adicionais que precisam ser cuidadosamente incorporados", disse David Nelson, chefe de design da Foster + Partners.
 
Mais caro 
Produtos solares integrados ainda são pelo menos 10 por cento mais caros do que os painéis solares fotovoltaicos tradicionais, disse Alan South, diretor de inovação na Solar Century.
"No momento, é muito mais barato instalar um módulo convencional, a menos que seu telhado tenha uma forma incomum. E produto solar caro instalado em telhados inadequados é um recurso decorativo futurista, não uma solução de energia", disse Jenny Chase, analista de energia solar na Bloomberg New Energy Finance.

Ainda assim, gerar eletricidade onde ela é usada se torna mais atraente já que o preço da energia das grandes usinas de combustíveis fósseis aumenta. O custo da energia solar está em declínio com o aumento da energia produzida centralmente, disse Russell da Accenture. Isso vai pesar sobre os serviços de utilidade pública.

"As tecnologias solares de última geração podem ter um impacto potencialmente devastador nas receitas da indústria de serviços públicos", disse Russell. "Isso vai forçar as prestadoras a distribuir todos os custos sobre menos clientes, elevando os preços de energia, e fazer da geração distribuída ainda mais atraente".

Brasil é o quarto país entre os que mais concentram construções sustentáveis

Por Carolina Gonçalves, para Agência Brasil, publicado em Automatic House, em Julho 2013
 
No ano em que a luta contra o desperdício ganhou o topo da agenda ambiental internacional, o mercado brasileiro busca mais um degrau no ranking mundial de construções sustentáveis. Hoje, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais concentram edificações feitas a partir de critérios ambientalmente adequados. Os Estados Unidos reúnem o maior número de empreendimentos em análise, seguidos pela China e pelos Emirados Árabes Unidos.

Mais de 720 projetos brasileiros aguardavam a certificação internacional, conferida pela organização não governamental internacional chamada Green BuildingCouncil (GBC), responsável por estimular as construções verdes no mundo. Pelo menos 99 edificações no país detêm o selo. A expectativa do governo e da indústria de construção é chegar a 900 projetos para análise da organização até o final do ano.
 
Caso consiga atingir a meta, o Brasil ocupará a terceira posição na lista dos países com mais edificações ambientalmente projetadas. A construção civil é responsável por alto consumo de recursos naturais e utiliza energia em larga escala, de acordo com números do Conselho Internacional da Construção. Mais de 50% dos resíduos sólidos gerados por atividades humanas são oriundos do setor.
 
"O conceito de construção sustentável está amadurecendo e se consolidando dentro da cadeia produtiva da construção civil", avaliou Wagner Soares, gerente de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)
 
Para alcançar esse status, engenheiros e arquitetos precisam observar uma série de pré-requisitos e medidas, como a redução do consumo de energia e a prioridade às condições de luminosidade natural e de lâmpadas de baixo consumo, além do uso de aparelhos eletrodomésticos mais econômicos (indicados pelo selo Procel).
 
"A reforma ainda é um tanto complicada e o custo ainda não é muito baixo. Você tem um aumento de 15%, em média, do custo da construção quando trabalha com sustentabilidade e isso coloca em risco o valor do investimento", destacou Soares. Pelas contas do GBC Brasil, esse gasto, que já foi 30% superior ao de obras convencionais, pode significar uma diferença de até 5%.
 
Wagner Soares destacou que existe uma tendência de diminuição dos gastos ao longo do tempo. A expectativa é que as pessoas adotem, cada vez mais, sistemas ambientalmente sustentáveis. Soares ponderou que o maior investimento ainda impede que esses projetos representem uma realidade frequente no país.
 
O governo federal, por sua vez, desenvolve ações para estimular programas ambientalmente sustentáveis. O Ministério do Meio Ambiente disponibiliza cursos pela internet sobre procedimentos que podem ser adotados para adequar prédios públicos a esses sistemas de sustentabilidade.
 
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida começou há dois anos, com a obrigatoriedade do uso de energia solar em todos os novos empreendimentos destinados às famílias com renda máxima de três salários mínimos. A etapa incluiu dois milhões de residências, das quais 1,2 milhão para famílias com renda máxima de três salários mínimos.
 
Técnicos do governo informaram que existem diversas linhas de financiamento para beneficiar esses projetos. Procuradas pela Agência Brasil, as principais instituições financeiras públicas - Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - não apontaram qualquer crédito criado especificamente para essa finalidade. Os projetos podem ser beneficiados por linhas de crédito que já existiam. A Caixa Econômica Federal não deu informações sobre o assunto.

 

Residência venderá energia elétrica para a Light no Rio de Janeiro


Por Juliana Martins, da Revista Téchne publicado em PiniWeb, em 08 de Agosto de 2013
 Com placas fotovoltaicas, começa a funcionar o primeiro sistema de microgeração de energia integrado à rede da concessionária.  Começou a funcionar na última terça, 6/8, a primeira unidade de microgeração de energia elétrica interligada à rede da Light, concessionária que atua no Rio de Janeiro. Uma casa no bairro de Santa Teresa, na capital carioca, instalou um sistema de painéis fotovoltaicos que a credenciou a participar como projeto piloto da empresa. A partir de agora, o excedente de energia produzido na residência poderá ser vendido para a Light, abatendo os valores pagos na conta de luz - a legislação brasileira não prevê o pagamento em dinheiro ao usuário.
Acervo Pessoal
Primeira casa dentro do sistema Light a gerar energia solar tem os painéis fotovoltaicos dispostos no telhado da residência
 
O proprietário da casa é o alemão Hans Rauschmayer, diretor da empresa de consultoria Solarize, que desenvolveu o sistema em parceria com a empresa Polo Engenharia. Eles deram início ao projeto assim que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em novembro de 2012, a retificação da Resolução Normativa nº 482/2012, que estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e cria o sistema de compensação de energia elétrica. "O objetivo da casa era primeiro ver na prática como isso funciona no Brasil. Sou alemão e lá tem muita gente produzindo energia solar. Temos fornecedores, acessórios, mas no Brasil não existe ainda, estamos começando a criar o mercado", analisa Hans. De acordo com o estudo inicial feito pelo proprietário, a casa consome, em média, 150 kWh por mês. O sistema foi projetado para gerar um excedente de energia de cerca de 40%.

Estrutura
Os painéis fotovoltaicos policristalinos, que captam a radiação solar e fazem sua conversão direta em energia elétrica, foram instalados no telhado da residência, local com mais incidência solar. São nove módulos de 235 Wp e área de 1,5 m². Eles geram energia elétrica em corrente continua, que é levada por um cabo até o inversor de conexão à rede, que faz a conversão para corrente alternada, em sincronia com a rede elétrica, e desliga o sistema caso haja alguma pane. O inversor, com potência de 2,0 kW, possui ainda um servidor web, ainda em teste, que permitirá ver pela internet o quanto o sistema gera de energia. A energia segue então, para o Dispositivo de Seccionamento Visível (DSV) - instalado pela concessionária fora da edificação -, que desliga o sistema caso seja necessário fazer alguma manutenção na rede.

Sem baterias

O sistema não funciona com baterias. A energia produzida é usada de forma prioritária dentro da casa, por qualquer aparelho conectado na tomada ou pela iluminação, e o excesso vai para a rede da concessionária. "O inversor gera energia com um pouco mais de tensão que a rede, o que força essa prioridade", explica Hans. Ao longo do dia, a energia solar é usada quando o tempo está aberto e sem nuvens; quando o sol é encoberto por nuvens, a mudança para a rede da concessionária é feita automaticamente. "Dentro de casa, não sei e não preciso me preocupar de onde está vindo a energia que eu consumo", explica Hans.
Para poder acompanhar o gasto e a venda de energia, a Light instalou um medidor bidirecional que mede o consumo de energia dentro da casa e o injetado na rede. "Se eu consumir mais que gero, tenho que pagar esse saldo. Se conseguir gerar mais, volta por créditos em kWh", explica o proprietário da casa, lembrando que esse crédito pode ser abatido de contas futuras ou em outro medidor sob o mesmo CPF ou CNPJ.

A única intervenção solicitada pela concessionária foi a adequação do ponto de acesso. A residência tem mais de 40 anos e o sistema elétrico era antigo. Com a reforma e a troca do quadro de distribuição, foi possível fazer a ligação segura da rede. No dia 24 de julho, a Light fez a última visita técnica e aprovou a instalação do sistema solar e em menos de 15 dias o sistema já estava em uso.
Acervo Pessoal
O medidor e o DSV ficam do lado de fora da residência para que seja feita a leitura mensal e para acessar e desligar o sistema em caso de reparos
Acervo Pessoal
Imagem da tela do Inversor que mostra dados do sistema. Em breve, será possível acessar pela internet para saber o quanto ele está gerando de energia.

 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Novas turmas do MBA em Construções Sustentáveis INBEC / UNICID / GBC Brasil

Caros,

Com satisfação compartilho com os colegas que o MBA em Construções Sustentáveis INBEC / UNICID / GBC Brasil segue sendo o curso de pós graduação de maior sucesso do país na área.

Em Junho de 2013, temos 25 turmas realizadas, com 10 já concluídas, em 9 capitais, somando mais de 1.000 profissionais capacitados ou em capacitação.

Seguimos abrindo novas turmas pelo país. Há inscrições abertas para novas turmas em São Paulo (Turma 6), Salvador (Turma 2), Brasília (Turma 3), Curitiba (Turma 3) e Florianópolis (Turma 2), além das primeiras turmas em Belo Horizonte e Manaus.

 
Como Coordenador do curso, juntamente com o colega Marcos Casado, do GBC Brasil, fico pessoalmente muito satisfeito em estarmos colaborando para o desenvolvimento destes profissionais que estão transformando o mercado brasileiro, levando adiante ideias, propostas e projetos de construções de melhor desempenho ambiental, para benefício de proprietários, inquilinos e usuários, do meio ambiente imediato, das cidades e por que não, do planeta.
 

Para mais informações sobre as praças e próximas turmas do MBA em Construções Sustentáveis, clique na imagem acima.

Fico também à disposição.
Até breve,

Antonio Macêdo Filho
amacedo@ecobuilding.com.br

 

Cidades enxergam oportunidades de negócio no combate às mudanças climáticas

Por Débora Spitzcovsky, publicado em Planeta Sustentável - 24/06/2013

91% das cidades enxergam oportunidades de negócio no combate às mudanças climáticas
 
Relatório do CDP que avaliou 110 das principais cidades do mundo aponta que 91% delas acreditam que o combate às mudanças do clima pode gerar novas oportunidades de negócio. A eficiência energética aparece como principal medida adotada pelos municípios para reduzir as emissões de CO2, gerando economia anual de US$ 40 milhões
  
Centro de Londres, 2013
 
Enquanto os governos federais seguem negociando um acordo climático global, muitas das maiores cidades do mundo já adotam ações de combate às mudanças do clima e, inclusive, enxergam oportunidades de negócio nesse setor. É o que aponta o relatório Cidades Mais Ricas e Saudáveis, elaborado pela ONG Carbon Disclosure Project (CDP), em parceria com a AECOM.

Após avaliar 110 dos principais municípios do mundo - 11 deles brasileiros -, o estudo concluiu que a maioria das cidades (91%) acredita que combater e mitigar as mudanças do clima - a partir de ações como redução de emissões de CO2 e implantação de políticas para uso responsável da água - pode abrir portas para novos investimentos de negócios, impulsionando a economia local.

De acordo com o relatório, 62% das ações de combate e mitigação às alterações climáticas que as cidades estão adotando têm potencial para atrair novos investimentos. 71 municípios já reportaram ao CDP o surgimento de novas indústrias, por conta dessas ações. Entre eles, a cidade mais populosa do Brasil, São Paulo, que registrou um aumento expressivo no número de indústrias ligadas a tecnologias limpas.

"Cidades são polos de inovação. Os governos locais que forem pioneiros na implantação de novas maneiras para combater e se adaptar às mudanças climáticas e à escassez de recursos podem ter inúmeras vantagens para suas economias e comunidades", diz Conor Riffle, diretor do programa CDP Cities. Ele ainda aconselha os governos federais a ficar de olho nesses municípios, que podem servir como fonte de inspiração.

As próprias ações de combate às alterações do clima já geram, por si só, economia de dinheiro, segundo reportam as cidades participantes da pesquisa do CDP. Apenas as iniciativas voltadas à eficiência energética - que são as preferidas dos governos locais para reduzir as emissões de CO2 - geraram economia de quase US$ 40 milhões no último ano. Los Angeles, nos EUA, foi o município que mais poupou dinheiro com a atividade: foram US$ 13 milhões, contra US$ 1,4 milhão em São Paulo, que aparece como a cidade brasileira que mais economizou com eficiência energética.
MAIS QUALIDADE DE VIDA
Além de gerar economia de recursos e representar novas oportunidades de negócios para as cidades, o combate e mitigação às mudanças do clima melhoram a qualidade de vida dos cidadãos. 77% dos municípios entrevistados pelo CDP afirmam realizar ações de adaptação que também beneficiam a saúde, enquanto 55% dizem que possuem programas de redução de emissões que incentivam caminhadas e pedaladas.

Como exemplo, o CDP cita Buenos Aires, capital da Argentina, que introduziu mais de 100 mil pistas para bicicletas na cidade, a fim de diminuir o uso de veículos individuais no município e, assim, reduzir a pegada de carbono dos cidadãos.

Confira o relatório Cidades Mais Ricas e Saudáveis na íntegra, em inglês. A participação brasileira no estudo aumentou 265%, com relação ao ano anterior. Em 2013, 11 cidade fizeram parte da pesquisa - Aparecida (SP), Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Jaguaré (ES), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP) -, contra 3 em 2012.
 
 

Taiwaneses projetam edifício com fachada que gera energia eólica

Por redação CicloVivo, publicado em Automatic House, em 13 de junho 2013

As turbinas eólicas influenciaram a criação do Wind Tower, um prédio projetado para gerar energia limpa. O responsável pelo projeto é o escritório taiwanês de arquitetura e urbanismo Decode.

As turbinas eólicas influenciaram a criação do Wind Tower, um prédio projetado para gerar energia limpa.

O intuito deste projeto é tornar o edifício referência mundial em uma estrutura multiuso e elegante. Além de ter todas as funções de um prédio tradicional, o conceito inclui a utilização de uma fachada flexível que funciona também como uma usina eólica.

A alternativa encontrada pelos arquitetos foi criar uma espécie de capa que encobre todo o edifício e é composta por múltiplos geradores eólicos. Assim, conforme o vento bate os geradores se movimentam e podem, até mesmo, modificar a fachada do prédio.

De acordo com o site do escritório, a eletricidade gerada a partir dessa fonte é suficiente para abastecer todo o edifício. O sistema é conectado a uma rede interna que distribui a energia conforme a necessidade.

Mesmo que as turbinas estejam em todo o redor do prédio, ele foi planejadao de maneira a permitir a entrada da luz natural e assim reduzir os gastos com iluminação.

Para completar a beleza e elegância do projeto, os taiwaneses utilizaram lâmpadas de LED espalhadas ao redor do edifício. Elas são alimentadas pela energia limpa e mudam de acordo de acordo com o clima. Esse dinamismo dá às pessoas a ideia de que a fachada está viva.

O projeto ainda é apenas um conceito e não existe previsão para que ele seja construído.
 

terça-feira, 23 de abril de 2013

VI Missão Técnica Green Buildings em Nova York 2013

Caros,

Estão abertas as inscrições para a 6a edição da Missão Técnica Green Buildings em Nova York EcoBuilding / ArqTours, que ocorrerá em Julho próximo.
São experiências de fato excepcionais, de grande enriquecimento para aqueles que desejem se atualizar em relação à Construção Sustentável, naquela que é considerada uma referência na área, entre as mais importantes cidades do mundo.

Eu recomendo. Veja mais informações abaixo.

 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sistema de Tratamento de Águas Living Machine - San Francisco Public Utilities Comission - Missão Técnica GreenBuild 2012

Caros,

Em Novembro 2012, durante a Missão Técnica GreenBuild Conference São Francisco, pude conhecer um sistema que, posso afirmar, mudou minha opinião com relação ao tratamento de águas residuais em instalações em edifícios localizados em centros urbanos.

Trata-se de uma sistema patenteado chamado Living Machine e o conheci por conta de uma visita técnica que fizemos como parte da agenda daquela missão, ao edifício sede da San Francisco Public Utilities Comission, a companhia de águas da cidade e da região da Bay Area, um excepcional LEED Platinum inaugurado há apenas 3 meses antes, que havia sido projetado para ser o edifício público mais sustentável dos EUA.

Dentre as diversas estratégias implementadas para lograr atingir este objetivo, estão a aplicação de uma arquitetura que favorece a eficiência energética com fachada sul protegida e norte envidraçada (está no Hemisfério Norte), e a utilização de sistemas fotovoltáicos e geradores eólicos de eixo vertical incorporados nestas fachadas. 

Mas o que de fato mais me chamou a atenção foi o sistema de tratamento de águas residuais, cinzas e negras, que é feito no próprio prédio, com este sistema Living Machine, que está instalado justo sob o lobby principal de entrada do empreendimento, onde sua parte visível, jardineiras com discreto paisagismo, fazem parte do design do ambiente, interno e externo à entrada do edifício.

Como o próprio nome do sistema sugere, trata-se de uma sistema de tratamento biológico, para decomposição da matéria orgânica contida nas águas oriundas de vasos sanitários, mas que, apenas disto, nao permite a passagem de qualquer odor para o ambiente do lobby. O sistema prevê o bombeamento e sucção mecânicos das águas residuais em tanques específicos, provocando um efeito "maré" que estimula o processo de filtragem e absorção da matéria orgânica pelas plantas e bactérias.

Como resultado, o edifício reutiliza 90% da água utilizada, ficando os restantes 10% devidos a perdas por evaporação. É, portanto, praticamente um edifício autônomo quanto ao uso de água potável. Um excelente exemplo da Companhia de Águas de São Francisco.

Turbina eólica aproveita vapor e o calor do sol para gerar energia

Da Redação CicloVivo, publicado em AutomaticHouse, Quinta-feira, 28 de março de 2013


A empresa norte-americana Clean Wind Tower, Inc. desenvolveu um projeto de turbina eólica eficiente até mesmo em locais com ventos fracos. A tecnologia aplica conceitos físicos, como o aproveitamento da força produzida pelo vapor, à utilização dos ventos.

A turbina é bem diferente das tradicionais eólicas, com pás gigantes que lembram cata-ventos. A Clean Wind Power, vista de fora, parece ser apenas um grande cilindro, com 675 metros de altura. Ele é internamente oco e em sua abertura superior possui um sistema de pulverização de água, usada para esfriar o ar quente e seco que entra no tubo.

Este processo faz com que o ar torne-se mais denso e pesado do que o exterior, assim, quando ele cai, ganha velocidade de até 80 km/h. Ao chegar à parte inferior da torre, ele é direcionado efetivamente às turbinas eólicas, movimentando-as e gerando eletricidade.
Mesmo que o sistema funcione em locais com ventos fracos, a sua eficiência é elevada conforme aumenta-se também a constância eólica. Assim, quando instalada em locais com ventos fortes, é possível aproveitar o cilindro para a instalação de turbinas tradicionais na superfície. Isso coopera para o aumento na produção energética.
"Uma torre é equivalente a, pelo menos, uma usina nuclear", explica George Elliott, cientista e consultor da empresa fabricante. Segundo ele, outra vantagem, além de ser totalmente limpa, é a baixa manutenção que a alternativa eólica demanda. "Estas torres, aparentemente, podem durar para sempre, pois tudo o que você está usando é água, vapor e vento", opina o especialista, em declaração à KPMH.
O protótipo do projeto está planejado para ser instalado no Arizona, EUA, com o potencial para abastecer até 1,6 milhões de casas na Califórnia e no Arizona. A primeira torre tem capacidade projetada para produzir mil megawatts brutos por hora. No dia-a-dia, ela deve trabalhar com a produção de 700 MW hora, sendo cem megawatts utilizados para mantê-la em funcionamento, conforme informado pela empresa.

Veja abaixo o vídeo de divulgação da Clean Wind Tower:



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

IV Missão Técnica EcoBuild Londres - EcoBuilding / ArqTours - 01 e 09 de Março de 2013

Caros,

A IV edição da Missão Técnica EcoBuild Londres ocorrerá entre os dias 01 e 09 de Março de 2013.
Mais uma vez, visitaremos a feira EcoBuild, um dos dois maiores eventos do mundo sobre Construção Sustentável, e - como sempre nas missões EcoBuilding / ArqTours (pioneiras em levar grupos brasileiros para a feira de Londres) - realizaremos visitas técnicas a importantes e destacados empreendimentos, escritórios e empresas do setor, responsáveis por muitos dos mais avançados e emblemáticos exemplos de edifícios sustentáveis do planeta.
Na coluna da direita logo abaixo aqui no Blog do Macêdo poderão ver muitas fotos das edições anterioes.
São experiências de fato muito enriquecedoras. Eu recomendo.
As vagas são limitadas. Para reservar as suas, entre em contato com a ArqTours ou, se preferir, preencha ficha de cadastro disponível na página que abrirá clicando na imagem abaixo.
Até breve,

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Embaixada da Itália é referência em produção de energia renovável

Publicado no portal G1 em Janeiro de 2013.


Prédio investe em sistema de geração a partir de luz do sol e de ventos. Universidade de Brasília e companhia energética completam a parceria.


Uma parceira entre a embaixada italiana, a Universidade de Brasília (UnB) e a Companhia Energética de Brasília (CEB), fez do prédio da embaixada na capital federal uma referência em todo o país nos estudos e na produção de energia renovável. O projeto, com o custeio de empresas italianas, promove investimentos na geração de energia a partir da luz do sol e dos ventos para provar que é possível uma casa de uma família comum gerar boa parte da energia que consome de maneira sustentável.
De acordo com o professor Rafael Shayani, do departamento de Engenharia Elétrica da UnB, na atual fase do projeto, a embaixada já consegue reduzir 20% no consumo de energia.  A economia, explica o professor, é resultado de placas fotovoltaicas instaladas no telhado do prédio e que geram energia elétrica a partir da luz do sol. “As placas fotovoltaicas, diferente dos coletores solares, são capazes de produzir a energia elétrica e suprir a demanda do prédio. Os coletores solares, que geralmente se encontram em alguns telhados de casas brasileiras, servem apenas para esquentar a água”, detalha Rafael Shayani.
Placas fotovoltaicas instaladas no telhado da embaixada italiana em Brasília (Foto: Embaixada da Itália)Placas fotovoltaicas instaladas no telhado da embaixada italiana em Brasília (Foto: Embaixada da Itália)
O professor também explica que o tamanho da economia com energia elétrica depende da quantidade das placas fotovoltaicas instaladas no telhado.
Para fazer uma comparação, no telhado da embaixada da Itália – que é um prédio grande com consumo alto – há 400 placas instaladas, que juntas têm potência de geração de 50 kilowatts.
Uma casa típica estaria bem abastecida com potência de 2 kilowatts, calcula o professor, a um custo de R$ 20 mil reais. Esse investimento, ainda de acordo com Rafael Shayani, daria uma economia de R$ 150 por mês na conta de energia.
Já há uma empresa brasileira que vende essas placas. Na internet, é possível encontrar fornecedores estrangeiros. A pessoa que estiver interessada em instalar as placas fotovoltaicas não precisa comprar um sistema que dê conta de toda a demanda da casa. Pode ser apenas uma quantia para ajudar a complementar o fornecimento de energia. Para fazer a instalação, é necessário ligar na concessionária de energia do estado e solicitar o serviço de “compensação de energia com micro-geração”, que é o termo técnico usado.
A concessionária então fará a instalação do sistema interligado à rede de energia e também de um novo medidor de energia. O novo medidor permite que, quando a energia da casa gerada pelas placas não estiver sendo usada, ela retorne para a rede. Desse modo, é como se o consumidor estivesse “devolvendo” energia para a concessionária, o que gera economia na conta.
“O projeto está provando que é possível uma casa produzir, de forma sustentável, boa parte da energia que consome. O principal é que, por trás dessa iniciativa, há toda uma propaganda ambiental, que vale muito. O sistema não produz nenhum gás do efeito estufa. Não gera custo de saúde pública”, diz o professor.
Desde abril de 2012, a Aneel regulamentou o uso das placas fotovoltaicas como complemento à energia fornecida pelas concessionárias. Para o professor Rafael Shayani a regulamentação é um avanço para que a iniciativa se espalhe pelo país. “Temos muito potencial de sol aqui no Brasil, a tendência é que essa tecnologia se espalhe, principalmente pelas cidades ensolaradas, como Belo Horizonte e Brasília”, afirma. Apesar disso, ele ressalta que o sistema ainda é muito novo e que deve levar tempo para consumidores e concessionárias se adaptarem.
Plantas usadas no tratamento de fitodepuração da água do esgoto produzido pela embaixada (Foto: Embaixada da Itália)Plantas usadas no tratamento de fitodepuração da água do esgoto produzido pela embaixada (Foto: Embaixada da Itália)
Uma próxima fase do projeto na embaixada contará com a instalação de 5 micro-turbinas eólicas no telhado da embaixada, para aproveitar a força do vento na geração de energia. Ainda dentro da busca pela sustentabilidade, a embaixada conta também com um sistema de tratamento do esgoto por meio de plantas que consomem as impurezas da água. Livre das substâncias tóxicas, a água pode ser reutilizada, desde que não seja para beber.