quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sistema de Tratamento de Águas Living Machine - San Francisco Public Utilities Comission - Missão Técnica GreenBuild 2012

Caros,

Em Novembro 2012, durante a Missão Técnica GreenBuild Conference São Francisco, pude conhecer um sistema que, posso afirmar, mudou minha opinião com relação ao tratamento de águas residuais em instalações em edifícios localizados em centros urbanos.

Trata-se de uma sistema patenteado chamado Living Machine e o conheci por conta de uma visita técnica que fizemos como parte da agenda daquela missão, ao edifício sede da San Francisco Public Utilities Comission, a companhia de águas da cidade e da região da Bay Area, um excepcional LEED Platinum inaugurado há apenas 3 meses antes, que havia sido projetado para ser o edifício público mais sustentável dos EUA.

Dentre as diversas estratégias implementadas para lograr atingir este objetivo, estão a aplicação de uma arquitetura que favorece a eficiência energética com fachada sul protegida e norte envidraçada (está no Hemisfério Norte), e a utilização de sistemas fotovoltáicos e geradores eólicos de eixo vertical incorporados nestas fachadas. 

Mas o que de fato mais me chamou a atenção foi o sistema de tratamento de águas residuais, cinzas e negras, que é feito no próprio prédio, com este sistema Living Machine, que está instalado justo sob o lobby principal de entrada do empreendimento, onde sua parte visível, jardineiras com discreto paisagismo, fazem parte do design do ambiente, interno e externo à entrada do edifício.

Como o próprio nome do sistema sugere, trata-se de uma sistema de tratamento biológico, para decomposição da matéria orgânica contida nas águas oriundas de vasos sanitários, mas que, apenas disto, nao permite a passagem de qualquer odor para o ambiente do lobby. O sistema prevê o bombeamento e sucção mecânicos das águas residuais em tanques específicos, provocando um efeito "maré" que estimula o processo de filtragem e absorção da matéria orgânica pelas plantas e bactérias.

Como resultado, o edifício reutiliza 90% da água utilizada, ficando os restantes 10% devidos a perdas por evaporação. É, portanto, praticamente um edifício autônomo quanto ao uso de água potável. Um excelente exemplo da Companhia de Águas de São Francisco.

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