O desafio do século!
O setor da construção é responsável por algo em torno de 15% do PIB mundial, empregando 7% de toda a população trabalhadora do planeta e, desproporcionalmente, por quase 40% de todas as emissões de CO2 para a atmosfera terrestre.
Ou seja, trata-se de um setor crucial para que a humanidade possa atingir as metas acordadas por 196 países (quase todos) no Acordo de Paris de 2015, que prevê que estes países adotem metas ambiciosas de redução das emissões de CO2 até 2050.Boa parte destas emissões ocorre na produção destes empreendimentos, mas o principal se dá ao longo da vida útil, com os consumos de recursos como energia e água, geração de resíduos e outros impactos diretos e indiretos, relacionados ao uso e operação de empreendimentos.
A descarbonização progressiva e consistente da indústria da construção é o desafio que se apresenta, portanto, e é urgente.
Muitos países, especialmente na Europa, já adotaram leis que obrigam que novos edifícios sejam produzidos de forma a reduzirem significativamente as suas pegadas de carbono, e já há inclusive datas limites para que se tornem efetivamente neutros em emissões, variando entre 2030 e 2050, entre os diferentes países.
Mas, como fazer isso? Como atingir esta meta?
Os também chamados "Edifícios Net Zero", são aqueles que são projetados, construídos e operados para alcançarem a neutralidade (ou quase) das suas emissões de CO2, seus consumos de energia e água, e geração de resíduos. E já são uma realidade possível.
Soluções, estratégias de projeto, tecnologias, técnicas construtivas e materiais inovadores (e também outros já bem conhecidos) que promovem melhores desempenhos das edificações podem e devem ser priorizados para serem utilizados nos projetos destes empreendimentos.
Pelo mundo, cada vez mais estão surgindo políticas e programas de incentivo para a produção de Edifícios Net Zero. Obrigatoriedade da instalação de painéis fotovoltáicos em edifícios na Califórnia, proibição do uso de gás para aquecimento em Nova York, exigência de comprovação do cálculo de emissões de carbono pelas novas residências do Reino Unido, obrigatoriedade de reposição de permeabilidade do solo e inclusão de vegetação em edifícios de Singapura, são alguns exemplos de políticas públicas que estão pipocando em boa parte do mundo, estimulando a produção de empreendimentos de melhores desempenhos.
Para além do que se costumou chamar de "Construção Sustentável", o desafio agora é produzir edifícios que causem impacto neutro ou até positivo para o meio. São os chamados "Edifícios Restaurativos", capazes de compensar impactos já causados ao meio.
Este é um caminho sem volta.
Profissionais do setor, sejam atuantes no planejamento urbano, no projeto de edificações, na construção, operação ou gestão de empreendimentos, bem como agentes públicos e financeiros, devem estar atentos e se preparar para este enorme e necessário desafio: Produzir em larga escala Edifícios Net Zero ou Edifícios Restaurativos.
Este é o futuro da Arquitetura e Construção. E eles já são uma necessidade agora.
E já há inclusive no Brasil um curso de pós-graduação, pioneiro no país, para capacitar profissionais de setor a prepararem para este desafio.
O curso "Arquitetura de Alto Desempenho: Edifícios Net Zero", oferecido pelo INBEC - Instituto Brasileiro de Educação Continuada, com certificação da UNIP - Universidade Paulista, tem 400 horas, distribuídas em 20 disciplinas e está com inscrições abertas para início das aulas em breve. O curso é on-line, com aulas ao vivo, e pode ser cursado de qualquer lugar.
Uma ótima oportunidade para profissionais do setor se aprimorarem e se prepararem para projetar e construir os edifícios do futuro!
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