quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Curso preperatório "Como se tornar um LEED GA" no Rio de Janeiro em Outubro

Caros,

No próximo mês, teremos a primeira turma do curso preperatório "Como se tornar um LEED GA" no Rio de Janeiro, em 14 e 15 de Outubro. Depois teremos mais uma em São Paulo. Mais informações sobre a programação de cursos em: http://www.ecobuilding.com.br/.


Identificando produtos mais sustentáveis

Por Newton Figueiredo, SustentaX

O consumidor ainda encontra dificuldades na identificação de produtos sustentáveis, mesmo já tendo demonstrado disposição de pagar até mais por tais produtos. Se você é um dos que duvidam ou que já tiveram más experiências, fique atento para algumas orientações para não levar, como diz o ditado, gato por lebre, ou seja produtos que tentam se passar por sustentáveis, mas não são.

1. Prefira produtos produzidos em sua região: de forma prática, primeiramente, coloque-se na posição de São Tomé: ver para crer. Comece pela etiqueta que informa a origem do produto e verifique sua procedência. Prefira os produzidos em sua região. Evite comprar similares fabricados em outros países. Ao comprar produtos de outros países, reduz-se o recolhimento de impostos municipais e estimula-se o desemprego e a falta de serviços e infraestrutura pública.

2. Confira a composição do produto: verifique se o que está sendo dito na frente do produto realmente consta em sua composição e você poderá ter interessantes surpresas. Se, por exemplo, estiver comprando um pão-de-queijo, confira na sua composição se ele realmente tem queijo.

3. O que importa é o conteúdo, não a embalagem: não se deixe levar pela embalagem, se é reciclada ou não. Isso, neste momento de análise, não é importante. O que é importante é saber se o produto é agressivo à sua saúde e à de sua família. Uma prática que está se tornando comum é reduzir embalagens e aumentar o porcentual reciclado para estimular a venda desses produtos como “mais sustentáveis”. Cuidado! Nessa lista existem produtos nada ecologicamente amigáveis e outros agressivos à saúde humana.

4. Selos Verdes são uma boa indicação: uma maneira de ajudar a identificação de produtos sustentáveis é por meio dos chamados Selos Verdes, como o selo Procel para eletrodomésticos e eletrônicos, o FSC e CERFLOR para madeiras e papéis e o SustentaX para produtos e serviços sustentáveis. Na área de orgânicos existem o IBD e EcoCert, dentre outros. Os selos são uma forma de mostrar ao mercado que passaram por análises rigorosas para a sua obtenção.

5. Fique atento à “picaretagem verde”: identifique as estratégias usadas para passar por sustentáveis, produtos que não o são. Os principais golpes usados são:

a) Selos emitidos pelos próprios fabricantes;
b) Termos genéricos como 100% natural, 100% ecológico, eco, amigo da natureza (eco-friendly) e variações do tipo;
c) Informações que não permitem sua comprovação clara e imediata. Como, por exemplo, informar que um produto, como sabão em pó, pode reduzir o consumo de água; ou então um amaciante economizar energia;
d) Informações redundantes, como testes e dados que já são obrigatórios por lei, como detergentes que colocam “testados dermatológicamente” ou azeites com zero de colesterol;
e) Excesso de imagens da natureza: reparem se há muito verde ou imagens de animais;
f) Falar que o produto é “neutralizado” em carbono. Desconfie da simples neutralização que não torna o produto sustentável. A neutralização é válida após a revisão e efetiva redução dos impactos ambientais da cadeia produtiva. É o final e não o começo;
g) Produtos concentrados. Só porque foi retirada a água do produto não o torna “verde”. É importante que ele não faça mal à saúde. Outra estratégia do concentrado é deixar a tampinha dosadora do mesmo tamanho da do não concentrado para estimular o maior consumo!
h) “Sem cheiro”. O importante é o fabricante demonstrar que o produto apresenta baixa toxidade, por critério reconhecido. É muito comum o “sem cheiro” e escrito bem pequeno (depois de “X” horas”), não informando que a tinta é tóxica para os operários e mesmo para os ocupantes.

Caso os produtos não apresentem selos de sustentabilidade, procure pelos cinco atributos essenciais de sustentabilidade:

1. Salubridade: evite produtos com odores (normalmente esses odores decorrem de componentes orgânicos voláteis, substâncias tóxicas que podem fazer mal à saúde).
2. Qualidade: procure por produtos com qualidade comprovada. Nem todas as tintas são iguais, por exemplo. Várias não têm teste de aderência e, a primeira vez que você for fazer uma limpeza, pode sair na esponja.
3. Responsabilidade social: questione a procedência. Por exemplo, se for comprar uma areia em uma loja de construção pergunte qual a origem. Exija que venha de uma empresa confiável, sem trabalho infantil ou escravo. A regra vale também para cosméticos, roupas...
4. Responsabilidade ambiental: questione a procedência. Por exemplo, ao comprar objetos de madeira pergunte sobre a legalidade.
5. Comunicação responsável: procure por marcas nas quais você identifica ética e genuinidade na comunicação.

O Grupo SustentaX criou, em 2007, o Selo SustentaX de Garantia de Qualidade e Sustentabilidade para identificar para os consumidores produtos sustentáveis.

No site www.SeloSustentaX.com.br há uma lista com produtos que já possuem o Selo SustentaX. Além disso, está disponível para downloads gratuitos o Guia SustentaX de Comunicação Responsável com o Consumidor.

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – Conar (www.conar.org.br) também publicou recentemente novas normas para publicidade com apelos de sustentabilidade. Assim, se encontrar anúncios que julgue que estejam utilizando maquiagem verde, denuncie.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Energia Solar: um exemplo para o Brasil?

Por Júlio Santos, da Agência Ambiente Energia

Analisar a legislação de tarifas feed-in da Alemanha e de net metering para energia solar fotovoltaica dos Estados Unidos para implementar pequenos geradores conectatods à rede usando energias renováveis. Este é o principal objetivo de estudo realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), GTZ e Universidade de Colonia de Ciências Aplicas, que também apontou sugestões e perspectivas de net metering para sistemas fotovoltaicos no Brasil.

No caso brasileiro, o estudo analisa itens como recursos de radiação solar; curva de experiência de geração fotovoltaica por radiação solar; análise econômica; paridade com a rede; medição da produção descentralizada de eletricidade; comparação dos custos de proteção com o custo total dos investimentos; e soluções para superar os gargalos na infraestrutura de rede de distribuição.

O trabalho considera os preços de geração elétrica de sistemas PV sob as condições climáticas brasileiras junto com o desenvolvimento da eletricidade do consumidor final. No item radiação global em superfície horizontal , a cidade de Recife (PE) fica em primeiro lugar, com 2.225 kWh/m²a, seguida por Fortaleza, com 2.029; Belém, com 1.842; Brasília, com 1.797; e Rio de Janeiro, com 1.691.

“Estes números são usados para calcular os anos de paridade com a rede no Brasil. O preço de geração de eletricidade por kWh usando sistemas fotovoltaicos de energia solar poderiam ser considerado como base para o desenvolvimento de uma política de promoção do sistema PV”, observa o estudo. O trabalho simula vários casos, obserando os itens radiação global e taxa de crescimento anual do preço da eletricidade.

No caso da Alemanha, o estudo traça um panorama da política de eletricidade renovável e sua legislação, além de apresentar o seu regime jurídico de conexão à rede (feed-in-law). Destaca pontos como conexão à rede, requisitos técnicos e operacionais, criação e uso de conexão, gerenciamento de alimentação (Feed-in), custos de conexão à rede, tarifas e taxas, tarifas e custos para diferentes tecnologias de geração de eletricidade renovável.

O regime jurídico de net metering dos Estados Unidos também é abordado no estudo, que destaca itens como custo médio para cada tecnologia de energia renovável, net metering e geração fotovoltaica e melhores práticas de net metering, melhores práticas em procedimentos de interconexão e preocupações de serviços públicos com a net metering.


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Professores do MBA em Construções Sustentáveis recebem homenagem

Caros,

Como sabem, professores dedicados, bem informados e motivados são muitas vezes os motores de arranque para algumas carreiras de sucesso, mas têm seus méritos reconhecidos pouco frequentemente, razão pela qual reproduzo a seguir recente homenagem recebida por alguns professores que mereceram destaque por sua atuação, dentre os quais orgulhosamente me incluo.

Segue abaixo relação de destacados professores que tiveram avaliação "excelente" por mais de 98% dos alunos dos cursos de pós graduação INBEC / UNICID no último trimestre. Destaco que o curso MBA em Construções Sustentáveis ainda teve relacionados, além de mim, o Eng. Marcos Casado, também coordenador do curso, juntamente comigo, e o Arq. Tomaz Lotufo, da disciplina de Design Ecológico, dentre os professores merecedores da justa homenagem.

Parabéns a todos os colegas, ao INBEC e à UNICID. 

Em tempo:
As matrículas para o MBA em Construções Sustentáveis estão abertas em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, com mais informações pelo: (11) 2626 9575 / saopaulo@inbec.com.br.

Para outras cidades como Curitiba, Goiânia, Vitória, Belo Horizonte, favor consultar: http://inbec.com.br/mba_constru_sus.php.

Fico também à disposição.

Arq. Antonio Macêdo Filho
amacedo@ecobuilding.com.br