Por Newton Figueiredo, SustentaX
O consumidor ainda encontra dificuldades na identificação de produtos sustentáveis, mesmo já tendo demonstrado disposição de pagar até mais por tais produtos. Se você é um dos que duvidam ou que já tiveram más experiências, fique atento para algumas orientações para não levar, como diz o ditado, gato por lebre, ou seja produtos que tentam se passar por sustentáveis, mas não são.
1. Prefira produtos produzidos em sua região: de forma prática, primeiramente, coloque-se na posição de São Tomé: ver para crer. Comece pela etiqueta que informa a origem do produto e verifique sua procedência. Prefira os produzidos em sua região. Evite comprar similares fabricados em outros países. Ao comprar produtos de outros países, reduz-se o recolhimento de impostos municipais e estimula-se o desemprego e a falta de serviços e infraestrutura pública.
2. Confira a composição do produto: verifique se o que está sendo dito na frente do produto realmente consta em sua composição e você poderá ter interessantes surpresas. Se, por exemplo, estiver comprando um pão-de-queijo, confira na sua composição se ele realmente tem queijo.
3. O que importa é o conteúdo, não a embalagem: não se deixe levar pela embalagem, se é reciclada ou não. Isso, neste momento de análise, não é importante. O que é importante é saber se o produto é agressivo à sua saúde e à de sua família. Uma prática que está se tornando comum é reduzir embalagens e aumentar o porcentual reciclado para estimular a venda desses produtos como “mais sustentáveis”. Cuidado! Nessa lista existem produtos nada ecologicamente amigáveis e outros agressivos à saúde humana.
4. Selos Verdes são uma boa indicação: uma maneira de ajudar a identificação de produtos sustentáveis é por meio dos chamados Selos Verdes, como o selo Procel para eletrodomésticos e eletrônicos, o FSC e CERFLOR para madeiras e papéis e o SustentaX para produtos e serviços sustentáveis. Na área de orgânicos existem o IBD e EcoCert, dentre outros. Os selos são uma forma de mostrar ao mercado que passaram por análises rigorosas para a sua obtenção.
5. Fique atento à “picaretagem verde”: identifique as estratégias usadas para passar por sustentáveis, produtos que não o são. Os principais golpes usados são:
a) Selos emitidos pelos próprios fabricantes;
b) Termos genéricos como 100% natural, 100% ecológico, eco, amigo da natureza (eco-friendly) e variações do tipo;
c) Informações que não permitem sua comprovação clara e imediata. Como, por exemplo, informar que um produto, como sabão em pó, pode reduzir o consumo de água; ou então um amaciante economizar energia;
d) Informações redundantes, como testes e dados que já são obrigatórios por lei, como detergentes que colocam “testados dermatológicamente” ou azeites com zero de colesterol;
e) Excesso de imagens da natureza: reparem se há muito verde ou imagens de animais;
f) Falar que o produto é “neutralizado” em carbono. Desconfie da simples neutralização que não torna o produto sustentável. A neutralização é válida após a revisão e efetiva redução dos impactos ambientais da cadeia produtiva. É o final e não o começo;
g) Produtos concentrados. Só porque foi retirada a água do produto não o torna “verde”. É importante que ele não faça mal à saúde. Outra estratégia do concentrado é deixar a tampinha dosadora do mesmo tamanho da do não concentrado para estimular o maior consumo!
h) “Sem cheiro”. O importante é o fabricante demonstrar que o produto apresenta baixa toxidade, por critério reconhecido. É muito comum o “sem cheiro” e escrito bem pequeno (depois de “X” horas”), não informando que a tinta é tóxica para os operários e mesmo para os ocupantes.
Caso os produtos não apresentem selos de sustentabilidade, procure pelos cinco atributos essenciais de sustentabilidade:
1. Salubridade: evite produtos com odores (normalmente esses odores decorrem de componentes orgânicos voláteis, substâncias tóxicas que podem fazer mal à saúde).
2. Qualidade: procure por produtos com qualidade comprovada. Nem todas as tintas são iguais, por exemplo. Várias não têm teste de aderência e, a primeira vez que você for fazer uma limpeza, pode sair na esponja.
3. Responsabilidade social: questione a procedência. Por exemplo, se for comprar uma areia em uma loja de construção pergunte qual a origem. Exija que venha de uma empresa confiável, sem trabalho infantil ou escravo. A regra vale também para cosméticos, roupas...
4. Responsabilidade ambiental: questione a procedência. Por exemplo, ao comprar objetos de madeira pergunte sobre a legalidade.
5. Comunicação responsável: procure por marcas nas quais você identifica ética e genuinidade na comunicação.
O Grupo SustentaX criou, em 2007, o Selo SustentaX de Garantia de Qualidade e Sustentabilidade para identificar para os consumidores produtos sustentáveis.
No site www.SeloSustentaX.com.br há uma lista com produtos que já possuem o Selo SustentaX. Além disso, está disponível para downloads gratuitos o Guia SustentaX de Comunicação Responsável com o Consumidor.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – Conar (www.conar.org.br) também publicou recentemente novas normas para publicidade com apelos de sustentabilidade. Assim, se encontrar anúncios que julgue que estejam utilizando maquiagem verde, denuncie.
O consumidor ainda encontra dificuldades na identificação de produtos sustentáveis, mesmo já tendo demonstrado disposição de pagar até mais por tais produtos. Se você é um dos que duvidam ou que já tiveram más experiências, fique atento para algumas orientações para não levar, como diz o ditado, gato por lebre, ou seja produtos que tentam se passar por sustentáveis, mas não são.
1. Prefira produtos produzidos em sua região: de forma prática, primeiramente, coloque-se na posição de São Tomé: ver para crer. Comece pela etiqueta que informa a origem do produto e verifique sua procedência. Prefira os produzidos em sua região. Evite comprar similares fabricados em outros países. Ao comprar produtos de outros países, reduz-se o recolhimento de impostos municipais e estimula-se o desemprego e a falta de serviços e infraestrutura pública.
2. Confira a composição do produto: verifique se o que está sendo dito na frente do produto realmente consta em sua composição e você poderá ter interessantes surpresas. Se, por exemplo, estiver comprando um pão-de-queijo, confira na sua composição se ele realmente tem queijo.
3. O que importa é o conteúdo, não a embalagem: não se deixe levar pela embalagem, se é reciclada ou não. Isso, neste momento de análise, não é importante. O que é importante é saber se o produto é agressivo à sua saúde e à de sua família. Uma prática que está se tornando comum é reduzir embalagens e aumentar o porcentual reciclado para estimular a venda desses produtos como “mais sustentáveis”. Cuidado! Nessa lista existem produtos nada ecologicamente amigáveis e outros agressivos à saúde humana.
4. Selos Verdes são uma boa indicação: uma maneira de ajudar a identificação de produtos sustentáveis é por meio dos chamados Selos Verdes, como o selo Procel para eletrodomésticos e eletrônicos, o FSC e CERFLOR para madeiras e papéis e o SustentaX para produtos e serviços sustentáveis. Na área de orgânicos existem o IBD e EcoCert, dentre outros. Os selos são uma forma de mostrar ao mercado que passaram por análises rigorosas para a sua obtenção.
5. Fique atento à “picaretagem verde”: identifique as estratégias usadas para passar por sustentáveis, produtos que não o são. Os principais golpes usados são:
a) Selos emitidos pelos próprios fabricantes;
b) Termos genéricos como 100% natural, 100% ecológico, eco, amigo da natureza (eco-friendly) e variações do tipo;
c) Informações que não permitem sua comprovação clara e imediata. Como, por exemplo, informar que um produto, como sabão em pó, pode reduzir o consumo de água; ou então um amaciante economizar energia;
d) Informações redundantes, como testes e dados que já são obrigatórios por lei, como detergentes que colocam “testados dermatológicamente” ou azeites com zero de colesterol;
e) Excesso de imagens da natureza: reparem se há muito verde ou imagens de animais;
f) Falar que o produto é “neutralizado” em carbono. Desconfie da simples neutralização que não torna o produto sustentável. A neutralização é válida após a revisão e efetiva redução dos impactos ambientais da cadeia produtiva. É o final e não o começo;
g) Produtos concentrados. Só porque foi retirada a água do produto não o torna “verde”. É importante que ele não faça mal à saúde. Outra estratégia do concentrado é deixar a tampinha dosadora do mesmo tamanho da do não concentrado para estimular o maior consumo!
h) “Sem cheiro”. O importante é o fabricante demonstrar que o produto apresenta baixa toxidade, por critério reconhecido. É muito comum o “sem cheiro” e escrito bem pequeno (depois de “X” horas”), não informando que a tinta é tóxica para os operários e mesmo para os ocupantes.
Caso os produtos não apresentem selos de sustentabilidade, procure pelos cinco atributos essenciais de sustentabilidade:
1. Salubridade: evite produtos com odores (normalmente esses odores decorrem de componentes orgânicos voláteis, substâncias tóxicas que podem fazer mal à saúde).
2. Qualidade: procure por produtos com qualidade comprovada. Nem todas as tintas são iguais, por exemplo. Várias não têm teste de aderência e, a primeira vez que você for fazer uma limpeza, pode sair na esponja.
3. Responsabilidade social: questione a procedência. Por exemplo, se for comprar uma areia em uma loja de construção pergunte qual a origem. Exija que venha de uma empresa confiável, sem trabalho infantil ou escravo. A regra vale também para cosméticos, roupas...
4. Responsabilidade ambiental: questione a procedência. Por exemplo, ao comprar objetos de madeira pergunte sobre a legalidade.
5. Comunicação responsável: procure por marcas nas quais você identifica ética e genuinidade na comunicação.
O Grupo SustentaX criou, em 2007, o Selo SustentaX de Garantia de Qualidade e Sustentabilidade para identificar para os consumidores produtos sustentáveis.
No site www.SeloSustentaX.com.br há uma lista com produtos que já possuem o Selo SustentaX. Além disso, está disponível para downloads gratuitos o Guia SustentaX de Comunicação Responsável com o Consumidor.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – Conar (www.conar.org.br) também publicou recentemente novas normas para publicidade com apelos de sustentabilidade. Assim, se encontrar anúncios que julgue que estejam utilizando maquiagem verde, denuncie.
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