quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

IV Missão Técnica EcoBuild Londres - EcoBuilding / ArqTours - 01 e 09 de Março de 2013

Caros,

A IV edição da Missão Técnica EcoBuild Londres ocorrerá entre os dias 01 e 09 de Março de 2013.
Mais uma vez, visitaremos a feira EcoBuild, um dos dois maiores eventos do mundo sobre Construção Sustentável, e - como sempre nas missões EcoBuilding / ArqTours (pioneiras em levar grupos brasileiros para a feira de Londres) - realizaremos visitas técnicas a importantes e destacados empreendimentos, escritórios e empresas do setor, responsáveis por muitos dos mais avançados e emblemáticos exemplos de edifícios sustentáveis do planeta.
Na coluna da direita logo abaixo aqui no Blog do Macêdo poderão ver muitas fotos das edições anterioes.
São experiências de fato muito enriquecedoras. Eu recomendo.
As vagas são limitadas. Para reservar as suas, entre em contato com a ArqTours ou, se preferir, preencha ficha de cadastro disponível na página que abrirá clicando na imagem abaixo.
Até breve,

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Embaixada da Itália é referência em produção de energia renovável

Publicado no portal G1 em Janeiro de 2013.


Prédio investe em sistema de geração a partir de luz do sol e de ventos. Universidade de Brasília e companhia energética completam a parceria.


Uma parceira entre a embaixada italiana, a Universidade de Brasília (UnB) e a Companhia Energética de Brasília (CEB), fez do prédio da embaixada na capital federal uma referência em todo o país nos estudos e na produção de energia renovável. O projeto, com o custeio de empresas italianas, promove investimentos na geração de energia a partir da luz do sol e dos ventos para provar que é possível uma casa de uma família comum gerar boa parte da energia que consome de maneira sustentável.
De acordo com o professor Rafael Shayani, do departamento de Engenharia Elétrica da UnB, na atual fase do projeto, a embaixada já consegue reduzir 20% no consumo de energia.  A economia, explica o professor, é resultado de placas fotovoltaicas instaladas no telhado do prédio e que geram energia elétrica a partir da luz do sol. “As placas fotovoltaicas, diferente dos coletores solares, são capazes de produzir a energia elétrica e suprir a demanda do prédio. Os coletores solares, que geralmente se encontram em alguns telhados de casas brasileiras, servem apenas para esquentar a água”, detalha Rafael Shayani.
Placas fotovoltaicas instaladas no telhado da embaixada italiana em Brasília (Foto: Embaixada da Itália)Placas fotovoltaicas instaladas no telhado da embaixada italiana em Brasília (Foto: Embaixada da Itália)
O professor também explica que o tamanho da economia com energia elétrica depende da quantidade das placas fotovoltaicas instaladas no telhado.
Para fazer uma comparação, no telhado da embaixada da Itália – que é um prédio grande com consumo alto – há 400 placas instaladas, que juntas têm potência de geração de 50 kilowatts.
Uma casa típica estaria bem abastecida com potência de 2 kilowatts, calcula o professor, a um custo de R$ 20 mil reais. Esse investimento, ainda de acordo com Rafael Shayani, daria uma economia de R$ 150 por mês na conta de energia.
Já há uma empresa brasileira que vende essas placas. Na internet, é possível encontrar fornecedores estrangeiros. A pessoa que estiver interessada em instalar as placas fotovoltaicas não precisa comprar um sistema que dê conta de toda a demanda da casa. Pode ser apenas uma quantia para ajudar a complementar o fornecimento de energia. Para fazer a instalação, é necessário ligar na concessionária de energia do estado e solicitar o serviço de “compensação de energia com micro-geração”, que é o termo técnico usado.
A concessionária então fará a instalação do sistema interligado à rede de energia e também de um novo medidor de energia. O novo medidor permite que, quando a energia da casa gerada pelas placas não estiver sendo usada, ela retorne para a rede. Desse modo, é como se o consumidor estivesse “devolvendo” energia para a concessionária, o que gera economia na conta.
“O projeto está provando que é possível uma casa produzir, de forma sustentável, boa parte da energia que consome. O principal é que, por trás dessa iniciativa, há toda uma propaganda ambiental, que vale muito. O sistema não produz nenhum gás do efeito estufa. Não gera custo de saúde pública”, diz o professor.
Desde abril de 2012, a Aneel regulamentou o uso das placas fotovoltaicas como complemento à energia fornecida pelas concessionárias. Para o professor Rafael Shayani a regulamentação é um avanço para que a iniciativa se espalhe pelo país. “Temos muito potencial de sol aqui no Brasil, a tendência é que essa tecnologia se espalhe, principalmente pelas cidades ensolaradas, como Belo Horizonte e Brasília”, afirma. Apesar disso, ele ressalta que o sistema ainda é muito novo e que deve levar tempo para consumidores e concessionárias se adaptarem.
Plantas usadas no tratamento de fitodepuração da água do esgoto produzido pela embaixada (Foto: Embaixada da Itália)Plantas usadas no tratamento de fitodepuração da água do esgoto produzido pela embaixada (Foto: Embaixada da Itália)
Uma próxima fase do projeto na embaixada contará com a instalação de 5 micro-turbinas eólicas no telhado da embaixada, para aproveitar a força do vento na geração de energia. Ainda dentro da busca pela sustentabilidade, a embaixada conta também com um sistema de tratamento do esgoto por meio de plantas que consomem as impurezas da água. Livre das substâncias tóxicas, a água pode ser reutilizada, desde que não seja para beber.