terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Selo Procel Eletrobras para Painéis Solares Fotovoltaicos

Publicado no Portal procelinfo.com.br em Dezembro de 2012.


Brasil – Diferente do Selo Procel Eletrobras para eletrodomésticos, a concessão deste para painéis solares fotovoltaicos indica maior produção de energia elétrica, a partir de energia solar

Ivana Varela, para o Procel Info

Brasil – Atualmente, com o grande empenho e conscientização em direção a uma maior eficiência energética no uso e na geração, as fontes alternativas têm se tornado cada vez mais utilizadas no país. Através de muito estudo e tecnologia avançada se tornou possível transformar luz solar, tão abundante em terras brasileiras, em energia elétrica. Este procedimento é uma realidade graças às células fotovoltaicas, dispositivos elementares utilizados justamente para converter a energia da luz solar em energia elétrica.

O conjunto dessas células solares interligadas eletricamente e encapsuladas formam o módulo fotovoltaico. Quando montados de modo a formar uma estrutura única, esses módulos, também interligados eletricamente, resultam na construção do então chamado painel solar fotovoltaico. Quando expostos ao sol, os painéis captam a luz solar e fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas. Apesar de cada célula solar fornecer uma quantidade relativamente pequena de energia, um conjunto de células solares espalhadas numa grande área pode gerar uma quantidade de energia suficiente para abastecer, por exemplo, uma residência.

A engenheira eletricista da Eletrobras, Dayana Teixeira, explica como acontece o processo do aproveitamento da energia solar em energia elétrica. “O material das células que compõe módulos fotovoltaicos, quando exposto a luz, permite uma circulação de corrente. E é essa movimentação de elétrons a responsável pela geração de eletricidade.”, afirma.

A eficiência dos módulos está atrelada ao tipo de tecnologia das células que os compõem, ou seja, é a tecnologia utilizada que dirá o quanto o módulo irá aproveitar da irradiação solar incidida sobre ele para transformar em energia elétrica. Sendo assim, um módulo com eficiência de 13% consegue transformar esse percentual da energia do sol incidida sobre o painel em energia elétrica.

Ainda segundo Dayana, existem tipos diferentes de tecnologia de células fotovoltaicas que compõe os painéis, silício monocristalino, silício policristalino, filmes finos, entre outros. Porém, cerca de 83% da produção mundial de módulos fotovoltaicos é baseada no silício cristalino.

Atualmente, os módulos já participam do programa de etiquetagem do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que classifica os módulos fotovoltaicos quanto à sua eficiência, que é medida em condições padronizadas de testes em laboratórios acreditados pelo Instituto. Entre os módulos avaliados, os mais eficientes são destacados com o Selo Procel Eletrobras.

Segundo Marcos Borges, responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro, os ensaios laboratoriais dos painéis fotovoltaicos são realizados em condições padrão, onde verificam-se: a potência máxima, isolamento elétrico e a resistência de isolamento em condições de umidade, dentre outras análises. “Sendo aprovados nesses ensaios, os modelos devem ser registrados no Inmetro e submetidos a ensaios de manutenção, com periodicidade anual, de forma a evidenciar o contínuo atendimento aos critérios da regulamentação”, explica.

Os módulos e seus componentes já são etiquetados pelo Inmetro de forma voluntária desde 2008. Mas, em julho de 2012, o programa foi revisado e se tornou compulsório, de forma que fabricantes e importadores só poderiam comercializar, no país, produtos etiquetados e registrados pelo Instituto. “Trata-se de um programa diferente. Enquanto os eletrodomésticos são etiquetados considerando-se a eficiência energética relacionada com o consumo de eletricidade, os painéis fotovoltaicos são classificados quanto à produção de energia”, diz Borges.

"Como todos os equipamentos eletrônicos, os painéis solares fotovoltaicos para obter o Selo Procel Eletrobras de Eficiência Energética também precisam ter a classificação A de eficiência de energia na ENCE".

Os painéis solares fotovoltaicos para obter o Selo Procel Eletrobras de Eficiência Energética também precisam ter a classificação A de eficiência de energia na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). Até a presente data já estão etiquetados 270 modelos de painéis fotovoltaicos.Em abril deste ano foi inaugurada uma usina geradora de energia solar fotovoltaica no estádio de futebol Governador Roberto Santos, conhecido como Pituaçu. Os painéis ficam na cobertura das arquibancadas e vestiários. O projeto custou cerca de R$ 5,5 milhões, que foram investidos pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, Coelba, e pelo governo do Estado. A energia gerada é usada durante o dia nas instalações do estádio e a produção excedente é lançada na rede da concessionária. O sistema tem capacidade para gerar 400 kWp (megawatt pico), o que proporciona uma geração anual de energia elétrica estimada em 630 MWh.

Apesar dos custos da tecnologia dos painéis solares ainda serem muito altos, a opção tem se tornado mais acessível ao longo do tempo. ”Pela quantidade de produtos que já está etiquetada no nosso programa, acreditamos que os painéis solares serão uma realidade de mercado”, conclui Marcos Borges.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Tecnologia utiliza tubos de vidro a vácuo para aquecer água de residências e indústrias

O produto pode substituir os modelos atuais, que prejudicam o meio ambiente, gastam energia elétrica e ainda são caros.
O produto pode substituir os modelos atuais, que prejudicam o meio ambiente, gastam energia elétrica e ainda são caros.

Publicado em automatichouse.com.br Dezembro de 2012.

Um novo aquecedor de água foi desenvolvido para aproveitar energia solar. O produto é uma alternativa para os consumidores conscientes. Através dele, é possível ter água aquecida por um sistema que impacta menos o meio ambiente.
O aquecedor, batizado de Aquakent, utiliza uma tecnologia de tubos de vidro a vácuo para esquentar grandes quantidades de água. Ele pode ser usado em residências, edifícios, academias, hotéis, hospitais e indústrias.
Os tubos funcionam como isolante térmico, impedindo a perda de calor para o ambiente. O produto exige uma área coletora menor que a dos outros sistemas por ser mais eficiente e, por isso, também ocupa uma área reduzida de instalação, afirma a empresa em seu site.
Além disso, o produto lançado oficialmente na feira de hotelaria e serviços de bares e restaurante Equipotel 2012, em São Paulo, se enquadra às normas de sustentabilidade da certificação LEED.
A nova tecnologia pode substituir os modelos atuais, que prejudicam o meio ambiente, gastam energia elétrica e ainda são caros. Com o sistema ecológico, é possível gerar uma economia de até 80%. A empresa garante que a tecnologia pode ser aplicada desde uma casa popular até uma residência de alto padrão.
"É consenso mundial que a energia solar térmica se tornará um pilar fundamental e indispensável do futuro no mix de oferta de energia mundial. Nosso produto se encaixa como uma solução eficiente para suprir em médio e longo prazo grande parte da demanda de calor e frio nas residências e edificações", declara o diretor comercial da companhia, Ricardo Kamel.
A empresa brasileira JAMP desenvolve projetos sustentáveis em diversas áreas da economia. Os aquecedores são produzidos na cidade de Ouvidor, em Goiás, e o escritório está localizado em São Paulo. Com informações do Bem Paraná.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Eficiência energética em edificações dá samba no Brasil?


Publicado em Dezembro de 2012 no portal ambiente energia.

Por Gustavo Haydt* - A ideia de ter uma construção energeticamente eficiente e certificada não é nada nova, apesar de o assunto ter-se tornado constante nos últimos tempos. Mas qual o objetivo da eficiência energética na edificação? Um dos objetivos gerais da eficiência energética em edifícios é economizar no uso de energia sem comprometer os níveis de saúde, conforto e produtividade. Em outras palavras, utilizar menos energia no uso diário do edifício, mas tendo construções de igual ou melhor qualidade.
Historicamente se pode indicar a Europa como sendo uma pioneira na formalização de uma regulamentação com intuito de obter redução do uso da energia nas edificações. Para tal, desenvolveu regulamentos sobre a construção das envoltórias dos edifícios no final da década de 1970 para reduzir a transferência de calor através de elementos da envoltória (e.g. paredes e janelas) e de difusão de vapor e controle de permeabilidade ao ar, seguido por regulamentos e recomendações de melhores práticas sobre o cálculo, projeto e manutenção de conforto térmico (e.g. aquecimento, ventilação e ar condicionado – AVAC e água quente sanitária – AQS) (Pérez-Lombard et al., 2009).
Entretanto, o conceito de certificação das características energéticas dos edifícios só surgiu praticamente duas décadas depois (em 1993) com a promulgação da Diretiva Europeia 93/76/CEE. Esta considerava a importância da certificação como um instrumento para prestar uma informação objetiva sobre as características energéticas dos edifícios, contribuir para uma maior transparência do mercado imobiliário, incentivar o investimento na poupança da energia, ajudar a estabilizar as emissões totais de dióxido de carbono, dado que os setores residencial e de serviços eram responsáveis por cerca de 40% do consumo final de energia da Comunidade na época (energia majoritariamente de origem fóssil), e considerando, finalmente, que os edifícios novos iriam ter repercussões no consumo de energia a longo prazo (dado que a vida útil de uma construção pode ultrapassar os 50 anos) e que, por conseguinte, importava dotá-los de isolamento térmico eficaz e adaptado às condições climáticas locais.
No mesmo ano de 1993, se formava o Green Building Council dos EUA (USGBC), um grupo diversificado formado por arquitetos, corretores de imóveis, proprietários de edifícios, advogados, ambientalistas, e representantes da construção civil, cujo objetivo principal era promover a sustentabilidade no setor de construção civil. Para tal, percebeu-se a necessidade de um sistema para definir e comparar os “edifícios verdes”. Mas o que significa “edifício verde”? Esse conceito americano de “edifício verde” seria igual ao conceito Europeu de eficiência energética na edificação? “Verde” tornou-se a designação abreviada de um conceito de desenvolvimento sustentável aplicado à construção civil. De acordo com o USGBC (U.S. Green Building Council, 2006), o conceito está relacionado com edificações ambientalmente responsáveis, economicamente rentáveis, e saudáveis para se viver e trabalhar, sendo ligeiramente mais amplo que o conceito Europeu.
Após anos de pesquisa, em 1998, o USGBC lança o Programa de Projeto Piloto LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), também conhecido como LEED versão 1.0, e após extensas modificações finalmente consegue lançar o LEED “Green Building Rating System” (sistema de certificação para construções verdes) versão 2.0 em 2000 (U.S. Green Building Council, 2006), atingindo o objetivo de se ter um sistema para definir e comparar os “edifícios verdes”. Este sistema avalia o desempenho ambiental a partir de uma perspectiva ao longo do ciclo de vida do edifício, fornecendo um padrão definitivo para o que constitui um “edifício verde”. A certificação LEED traz a promessa de um consumo de energia até 30% menor, uma redução de até 50% no consumo de água e de até 80% nos resíduos, além da redução em média de 9% nos custos de operação (GBC Brasil, 2012). Todas essas vantagens vêm de um custo inicial em torno de 1% a 7% maior para um empreendimento comercial, dependendo do nível de certificação, porém este custo inicial tende a ser pago rapidamente com a redução dos custos de operação.
O LEED é, até hoje, um sistema de classificação voluntária e consensual voltado para o mercado de construção. Este fato ia em linha com a certificação das características energéticas dos edifícios da Diretiva Europeia 93/76/CEE. Porém, na Europa, o fato da Diretiva 93/76/CEE não ser obrigatória resultou em uma baixa implementação dos seus requerimentos pelos Estados Membros (Pérez-Lombard et al., 2009), e em consequência, levando a uma baixa economia de energia.
Aprendendo com a história, após praticamente 10 anos da Diretiva 93/76/CEE, a União Europeia lança a Diretiva 2002/91/EC que agora integra, para além do isolamento térmico, outros fatores com influência no uso de energia, como as instalações de sistemas de aquecimento e arrefecimento, a iluminação, e a aplicação de fontes de energia renováveis. Além da maior abrangência dos fatores que influenciam o uso de energia, a certificação passou a ser obrigatória em todos os Estados Membros e os novos edifícios passaram a cumprir requisitos mínimos de desempenho energético, adaptados às condições climáticas locais.
Em 2010, a União Europeia lança a Diretiva 2010/31/EU em que reforça a aplicação dos requisitos mínimos de desempenho energético para os edifícios novos e existentes, assegura a certificação de desempenho energético dos edifícios e exige que os Estados Membros garantam que até 2021 todos os novos edifícios serão do tipo NZEB (“nearly zero-energy buildings” – edifícios com consumo de energia muito baixo e que podem balancear o consumo de energia com a produção de energia através de renováveis).
Além de história, o que isso tem a ver com o Brasil? No Brasil a noção de eficiência energética nas edificações surge com o Decreto Nº 34.979, de 23 de Novembro de 1993 com o Programa Estadual de Conservação de Energia nas Edificações do Rio Grande do Sul. Este com o intuito de promover o uso de fontes energéticas alternativas nas edificações e propor normas, padrões e outros instrumentos técnicos e legais a serem adotados para incentivar a melhoria da eficiência energética nas edificações, assim como sua conservação.
Em 1996, é feita uma tentativa de consolidar as informações referentes ao estado da arte de eficiência energética em edificações com o objetivo de definir ações do Procel (Procel Edifica) nesta área e criarreferências para profissionais da área (Eletrobras; Procel, 2004). Porém, somente em 2010 (Portaria Inmetro nº 372, de 17 de Setembro de 2010) com revisão em 2012 (Portaria Inmetro nº 17, de 16 de Janeiro de 2012), os esforços do governo são efetivamente concretizados em um processo de etiquetagem de edificações para o Brasil (inicialmente para edifícios comerciais, de serviços e públicos), obtida através de avaliação dos requisitos contidos no Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C).
No ano de 2012, (Portaria Inmetro nº 18, de 16 de Janeiro de 2012) é publicado Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) para a classificação dos edifícios residenciais. Assim como o RTQ-C, o documento é complementado pelo Regulamento de Avaliação da Conformidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RAC-C), que apresenta o processo de avaliação das características do edifício para etiquetagem junto ao Laboratório de Inspeção acreditado pelo Inmetro.
Ambas as etiquetagens (RTQ-C e RTQ-R) seguem uma metodologia muito similar à encontrada nas transposições da Diretiva 2002/91/EC para os Estados Membros, como por exemplo o Decreto-Lei nº 80/2006 de Portugal sobre o Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), com o mesmo foco na parte energética relativa ao uso do edificado fruto do comportamento térmico da construção e de seus sistemas energéticos (e.g. arrefecimento ou aquecimento), mas com uma diferença crucial, a etiquetagem Brasileira não é obrigatória e também não tem requisitos mínimos de eficiência, nesse ponto mais próxima da Diretiva 93/76/CEE.
Segundo Marcos André Borges, coordenador do programa de etiquetagem do Inmetro, o objetivo do Procel Edifica é provocar um impacto no mercado imobiliário e na medida em que existam prédios etiquetados e outros não, as pessoas iriam dar preferência a esse instrumento (Globo News, 2012). Além disso, Marcos André Borges faz uma alusão ao Procel para eletrodomésticos, onde indica que 80% dos consumidores já usam esse tipo de informação os comprar. Porém, prédios e apartamentos não são eletrodomésticos, eles acabam por não ser tão similares entre si como os eletrodomésticos e não são encontrados um ao lado do outro em uma loja.
Muitos outros fatores são levados em conta na hora de adquirir imóveis, como a ordem de grandeza do investimento, a disponibilidade, localização, tamanho, oferta de serviços pelo condomínio etc. Além disso, a inércia do mercado imobiliário é muito maior que a dos eletrodomésticos, o que pode levar muito tempo para a adoção da etiquetagem e sua percepção pela sociedade. Nessa linha de raciocínio, é interessante ressaltar “o objetivo de impactar o mercado imobiliário” mencionado acima. Lembremos que o Procel Edifica é uma etiquetagem voluntária e sem requisitos mínimos de eficiência, assim como estabelecido na Europa em 1993.
Se lá se percebeu que a certificação voluntária não surtiu o efeito desejado, e com isso resolveram introduzir uma nova regulamentação em 2002 para tornar seu uso obrigatório, o que levaria a pensar que no Brasil isso funcionaria? Se o processo de etiquetagem brasileiro é tão parecido com o Europeu, por que não aprender com os erros deles e o tornar obrigatório e com requisitos mínimos de eficiência, como já é feito em alguns outros produtos certificados pelo Inmetro?
Paralelamente ao Procel Edifica surge no Brasil em 2007 o Green Building Council Brasil (GBCB), que traz consigo a certificação LEED que até hoje certificou 67 empreendimentos (Gbc Brasil, 2012). Entretanto, nenhum desses empreendimentos é residencial, dado que, até então, somente está disponível no Brasil o LEED para edificações comerciais. Mas isto está prestes a mudar, pois o GBCB está tentendo criar referenciais brasileiros a serem adotados para as categorias residências (casas populares, de classe média e alta) e desenvolvimentos urbanos (conjuntos habitacionais, condomínios, loteamentos ou bairros novos). Estes referenciais têm como base o LEED for Homes desenvolvido pelo USGBC e os pré-requisitos descritos pelo Procel Edifica, não esquecendo do uso racional da água, de materiais e recursos, qualidade ambiental interna, regras sociais e inovação (Gbc Brasil, 2012).
Não se pode negar a importância da introdução de certificação energética no Brasil para uma futura redução no uso de energia do país, dado que somente o setor residencial respondeu por 22% do consumo final de energia elétrica no ano de 2004 e este possui um potencial de conservação energética de 32%, somente considerando refrigeração, condicionamento ambiental (somente equipamentos), iluminação e aquecimento de água (MME; EPE, 2007). Levando-se em conta que o isolamento térmico não entrou nos ganhos do condicionamento ambiental e dado que com o aumento da renda, há um aumento de conforto (maior aquisição de ar-condicionado), este potencial ainda pode ser muito maior.
Portanto, atualmente, o brasileiro tem a opção de “escolher” residências ou edificações comerciais quem tenham dois tipos diferentes de certificação. Esse fato é muito importante, tanto pelo lado informativo quanto pela qualidade dos empreendimentos, mas pode trazer algumas complicações dado que as certificações LEED e Procel não são necessariamente comparáveis e o LEED segue uma vertente mais ampla, voltada mais para a sustentabilidade, enquanto o Procel, praticamente, só valoriza as consequências do uso de energia (com um maior foco para eletricidade).
ELETROBRAS; PROCEL. Avaliação dos resultados do Procel 2003. Rio de Janeiro: [s.n.].
GBC BRASIL. Gbc Brasil. Disponível em:. Acesso em: 22 nov. 2012.
GLOBO NEWS. G1 – Casas e apartamentos podem receber selo Procel de eficiência energética. 8 nov. 2012.
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA; EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Plano Nacional de Energia 2030 – Eficiência Energética. Brasília: [s.n.].
PÉREZ-LOMBARD, L. et al. A review of benchmarking, rating and labelling concepts within the framework of building energy certification schemes. Energy and Buildings, v. 41, n. 3, p. 272–278, mar. 2009.
U.S. GREEN BUILDING COUNCIL. LEED for Existing Buildings v2.0 Reference Guide. [S.l.] U.S. Green Building Council, out. 2006.
Gustavo Haydt – é doutor em Sistemas Sustentáveis de Energia pela Universidade do Porto no âmbito do programa MIT Portugal, Pós-graduado em Energias Renováveis pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005). Atualmente é pesquisador no Grupo de Economia da Energia (GEE) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador associado no Associated Laboratory for Energy, Transports and Aeronautics.
(Nota – artigo publicado no Infopetro (http://infopetro.wordpress.com), blog do Grupo de Economia de Energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GEE/UFRJ)