sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Brasil é o 5º no mundo em selo verde para construção sustentável

Publicado em Estadão.com.br, em 27 de janeiro de 2011.

O Brasil ficou com o 5.º lugar no ranking de maior número de certificações Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental, na sigla em inglês) para construções sustentáveis em 2010. Com 23 selos verdes emitidos no ano passado pelo Green Building Council Brasil, o País ficou atrás dos Estados Unidos, dos Emirados Árabes Unidos, do Canadá e da China.

Veja também: Infográfico - um prédio sustentável

Além dos empreendimentos que já ganharam o selo verde, outros 211 terminaram 2010 em processo de certificação, entre eles estádios de futebol, shopping centers, bairros e escolas. Para 2011, a expectativa é de que 35 empreendimentos sejam certificados e outros 300 estejam em processo de certificação no Brasil.

Tem ocorrido um aumento da construção sustentável, em que empreendimentos reutilizam a água, usam novas tecnologias de aquecimento e geração de energia, reduzem a quantidade de lixo gerado e usam materiais ecologicamente corretos nas obras.

De 1986 a 2006, apenas 500 empreendimentos eram considerados ecologicamente corretos em todo o mundo. Em 2010, eram mais de 100 mil edifícios comerciais e quase 1 milhão de residências. Numa construção certificada, o consumo de energia é 30% menor, em média, e o de água cai entre 30% e 50%.

Fonte: GBC Brasil

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

MBA em Construções Sustentáveis - Pós Graduação Lato Sensu INBEC / UNICID / GBC Brasil - 400 h. - Matrículas Abertas

Caros leitores,

Com satisfação recomendo o curso de MBA em Construções Sustentáveis, pós-graduação lato sensu com 400 h., promovido pelo INBEC - Instituto Brasileiro de Extenção e Cursos com a UNICID - Universidade Cidade de São Paulo, em convênio com o Green Building Council Brasil.
O curso tem minha coordenação, juntamente com o Eng. Marcos Casado, do GBC Brasil, e conta com corpo docente de elevada capacitação e reconhecimento.
As matrículas estão abertas para turmas em São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, e em breve também em outras capitais do país.
É sem dúvida um excelente curso, de elevado nível, e ótimo meio para solidificar conhecimentos nesta área que é uma das mais promissoras do país e que tem demandado cada vez maior capacitação técnica para lidar com as demandas do mercado que busca criar empreendimentos de melhor desempenho e mais sustentáveis.
Para mais informações e inscrições, favor clicar na imagem abaixo.
Agradeço aos colegas que encaminhem esta informação para outros que poderiam também se interessar pelo curso e fico à disposição para prestar mais informações sobre este e outros cursos de pós-graduação promovidos pelo INBEC e UNICID.
Até breve.

Arq. Antonio Macêdo Filho
amacedo@ecobuilding.com.br


Questão de luz

Por Giuliana Capello, Maggi Krause e Marcio Moraes, para Especial Casa Sustentável 2010

Campeãs de consumo, as lâmpadas incandescentes já estão com os dias contados na Europa. Mas sua reciclagem é bem mais simples que a das fluorescentes. Já o led, durável e econômico, exige um alto investimento inicial. Difícil decisão? Siga as dicas dos especialistas

Enquanto aqui no Brasil o assunto só ganha o noticiário quando acontece um apagão, a União Europeia planeja medidas drásticas. Substituir as lâmpadas incandescentes por opções mais eficientes (de modo progressivo, claro) é lei desde março de 2009. A meta: reduzir o consumo de eletricidade em 80 terawatts por hora até 2020 - o equivalente ao consumo da Bélgica ou de 23 milhões de lares europeus!

Mas por que esse tipo de lâmpada tem fama de vilão? De toda a energia elétrica necessária para que ela funcione, pouco (entre 8 e 15%) transforma-se em luz, o restante vira calor. Só na Europa, 32 milhões de toneladas de carbono são despejadas na atmosfera por ano, segundo a Comissão de Energia da UE. Então as fluorescentes irão reinar? Por lá, sim. Mesmo contendo mercúrio, mais complicado de reciclar, será fácil devolver lâmpadas em postos de coleta .

Especialistas brasileiros ponderam que a substituição precisa de critérios. "Ao acender, a fluorescente consome quase 50% mais do que gasta para se manter ligada", explica Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux). Por isso, em locais de uso rápido, como despensas e lavabos, sua vida útil diminui e ela perde a vantagem econômica.

"A incandescente, nessas condições, é mais adequada. Use um sensor de presença ou um dimmer para reduzir o consumo", ensina o designer Guinter Parschalk, especialista em iluminação. "Em ambientes que pedem aconchego, a incandescente se faz insubstituível", avalia o designer Fernando Prado. Na comparação, esse tipo de lâmpada leva vantagem em outros dois quesitos: tem produção nacional - a maioria dos bulbos compactos vem da China - e reciclagem bem mais simples, um alívio do ponto de vista ambiental.

Qualquer que seja a escolha, alguns comportamentos devem mudar. "Arquitetos e engenheiros precisam buscar um ponto de equilíbrio entre a iluminação natural e a artificial e usar lâmpadas de alto desempenho energético, sem deixar de lado o conforto", defende o arquiteto paulista Marcio Moraes, que bolou a tabela comparativa acima. Analisando-a, se observa que a diferença no total de custos vem do consumo de energia. E que os sistemas 1 e 2 possuem índice de reprodução de cor (IRC) igual a 100%, ou seja: as cores dos objetos não se alteram. A opção com led (diodo emissor de luz) promove menor gasto de energia, mas custa mais. "Ainda é algo novo, com preços altos. O desenvolvimento de novas tecnologias tende a reduzi-los", avalia o designer Fernando Prado.

O ciclo de vida do led é mais sustentável: não há contaminação no descarte e o alumínio ou o aço da estrutura podem ser reciclados. "Por durarem muitos anos, vão bem em áreas de difícil acesso, como piscinas, sancas e jardins", diz Guilherme Sartori, gerente de produtos da Osram. Também funcionam bem em locais onde se precisa da luz durante todo o dia, como em elevadores e halls de condomínios. "Nesses casos, a economia de energia é significativa", diz o engenheiro Luiz Nilton Palladino, da Soliton, indústria de tecnologia em led. Segundo ele, em obras com muitas luminárias o cabeamento da energia sai mais em conta, pois são utilizados cabos com bitola menor. "Além de possuir tons variados, o led não emite raios infravermelho e ultravioleta, por isso não prejudica a pele das pessoas e não gera calor, reduzindo o consumo de ar condicionado", explica Nilton.

Descarte Resposável

Cerca de 6 milhões de lâmpadas fluorescentes são descartados anualmente no Brasil. A reciclagem, porém, não chega a 4% desse total. "Isso vira um problema ambiental em função da presença do mercúrio, que vai para o solo e os lençóis freáticos", alerta Carlos Pachelli, da Tramppo, tel. (11) 3039-8382, empresa paulista que recicla o material. Em São Paulo, as lojas Dominici e La Lampe passaram a coletar o resíduo dos clientes.

Outras recicladoras:
• Bulbox, tel. (41) 3357-0778, Curitiba.
• Recicle, tel. (47) 3333-5055, Indaial, SC.
• Recitec, tel. (31) 3213-0898, Belo Horizonte.
Veja outras no site http://www.coletasolidaria.gov.br/.

A conta na ponta do lápis

Para iluminar um ambiente de 15 m2, com pé-direito de 2,80 m, forro branco, paredes em tom areia e piso de madeira, três lâmpadas incandescentes comuns de 100 w garantem a iluminância média (150 lux), recomendável pela Norma NBR 5 413 para atividades gerais em uma residência. Veja o que acontece quando substituímos essas lâmpadas por outras equivalentes, mas com tecnologias diferentes. Compare e economize!

SISTEMA 1

3 lâmpadas comuns incandescentes (R$ 2,50 e 100 w cada)
Fluxo luminoso nominal - 1 620 lúmens
Índice de reprodução de cor - IRC - 100%
Quantidade média de luz no ambiente - 150 lux
Vida média da lâmpada - 750 horas
Gasto com compra de lâmpadas em 1 ano - R$ 10
Energia gasta em 1 ano - R$ 126
Total de gastos em 1 ano - R$ 136

SISTEMA 2

3 lâmpadas halógenas energy saver (R$ 6,50 e 70 w cada)
Fluxo luminoso nominal - 1 450 lúmens
Índice de reprodução de cor - IRC - 100%
Quantidade média de luz no ambiente - 135 lux
Vida média da lâmpada - 2 mil horas
Gasto com compra de lâmpadas em 1 ano - R$ 9,75
Energia gasta em 1 ano - R$ 88,20
Total de gastos em 1 ano - R$ 97,95

SISTEMA 3

3 lâmpadas fluorescentes compactas (R$ 18,50 e 23 w cada)
Fluxo luminoso nominal - 1 400 lúmens
Índice de reprodução de cor - IRC - 80 a 89%
Quantidade média de luz no ambiente - 130 lux
Vida média da lâmpada - 6 mil horas
Gasto com compra de lâmpadas em 1 ano - R$ 9,25
Energia gasta em 1 ano - R$ 28,98
Total de gastos em 1 ano - R$ 38,23

SISTEMA 4

3 lâmpadas led (R$ 206 e 8 w cada)
Fluxo luminoso nominal - 600 lúmens
Índice de reprodução de cor - IRC - 80%
Quantidade média de luz no ambiente - 123 lux
Vida média da lâmpada - 70 mil horas
Gasto com compra de lâmpadas em 1 ano - R$ 25,75 (total diluído em 24 anos)
Energia gasta em 1 ano - R$ 10,16
Total de gastos em 1 ano - R$ 35,91