segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Estádio Nacional de Brasília quer ser um dos mais sustentáveis do mundo

A cidade de Brasília, que abrigará importantes jogos da Copa de 2014, pretende transformar o estádio Mané Garrincha em uma das arenas de futebol mais sustentáveis do mundo. O estádio terá capacidade projetada para 70 mil pessoas e pleiteia a certificação Leed Platinum, selo máximo da construção ecologicamente correta fornecido pelo instituto americano U.S. Green Building Council (GBC).


Para obtê-lo, a obra tem de atingir no mínimo 80 pontos de um total de cem. São avaliados o consumo de energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou reciclados na construção e no mobiliário, a localização do empreendimento e a baixa produção de resíduos, entre outros itens.

Outros oito estádios brasileiros almejam a certificação básica do Leed e para isso precisarão cumprir mínimos 50 pontos o selo é condição para receber financiamento do BNDES, que possui uma linha de créditos especial para ecoarenas. Seguir com rigor os padrões tem seu preço: a construção fica até 5% mais cara.

O estádio terá capacidade projetada para 70 mil pessoas

Em compensação os custos com manutenção e operação caem drasticamente, diz Vicente Castro Mello, sócio da Castro Mello Arquitetos, escritório responsável pelo projeto brasiliense. Segundo cálculos da firma, a economia de operação do novo Mané Garrincha poderá chegar aos sete milhões de reais por ano.

Especializado em arquitetura esportiva, ele foi um dos idealizadores, ao lado do economista americano Ian McKee, do Projeto Copa Verde. "A ideia central é usar este megaevento esportivo para transformar a cidade, criando um legado sustentável", afirma. "O estádio deve servir para múltiplos usos, além das partidas de futebol. Queremos que ele seja a melhor arena para shows da América Latina", diz.

Orçada em 671 milhões de reais, o estádio deverá passar por uma rígida auditoria do GBC, que vai avaliar se ele está realmente apto a levar o certificado Platinum.

As chances do estádio conseguir o selo máximo são altas, mas é necessária precisão na execução das obras, avalia Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil, braço nacional do instituto americano. A vantagem é que a sustentabilidade é parte integrante da concepção do projeto de Brasília, o que torna o objetivo mais fácil de ser alcançado.

Design integrado à cidade

Brasília tem uma arquitetura marcante, tombada pelo patrimônio histórico. Uma das características que mais saltam aos olhos são as colunas sempre posicionadas à frente dos palácios, como no Supremo Tribunal Federal, no Palácio do Planalto e no Itamarati. Respeitando esse desenho, o escritório de arquitetura bolou um estádio com colunas que garantem 30% de sombra, como se fosse um chapéu.
Longe de mero efeito figurativo, a fachada foi pensada a partir de uma análise bioclimática da construção. Durante um ano inteiro, 26% do tempo, um ser humano se sente bem dentro de uma edificação comum de Brasília, sem precisar recorrer ao ar condicionado ou aquecedores. Em outros 30% de tempo, é preciso proteção nas janelas, para garantir zona e conforto, sem gastar com aparelhos.

Uma Copa para fazer a pé ou de bike

Com o aeroporto a 15 minutos do estádio, o projeto prevê um sistema de transporte interligado e eficiente. O plano é ter um BRT com ônibus ecológicos, de combustível híbrido e um programa público de aluguel de bicicletas, com a criação de 600km de ciclovias. "Vai ser possível ir pedalando de bike do aeroporto para o estádio", diz Vicente.

Ou ainda fazer a pé o caminho entre o estádio e o hotel, já que a rede hoteleira se concentrará em um raio máximo de 3km do centro esportivo. No meio do caminho, há museus, teatros, hospitais e uma rodoviária. A acessibilidade é outra questão importante para um estádio verde. Além de elevadores, rampas facilitarão o acesso de pessoas com deficiência ou cadeirantes a vários níveis da arena.
Iluminação eficiente e renovável

O estádio de Brasília terá uma megaestrutura de painéis solares capaz de gerar 2,54 MW, o equivalente à demanda energética de 1,4 mil residências por dia. Na maior parte do tempo, ele será autossuficiente em energia, e o excedente será repassado para rede ou vendido.

Em dias de jogos, quando houver pico, o estádio terá capacidade de prover 50% da energia, a outra metade virá da concessionária que recebeu anteriormente o excedente. Todo o sistema de iluminação da arena será em LED. E com uma disposição eficiente das luzes no campo é possível reduzir em até 18% o consumo de energia.

Paisagismo local

O projeto conta com aproximadamente 230 mil metros quadrados de áreas verdes. A vegetação será de espécimes nativas do cerrado de Brasília para reduzir a necessidade do consumo excessivo de água na irrigação e manutenção. O paisagismo terá piso drenante e refletivo, que não absorve calor.

Uso inteligente de água

O projeto prevê um sistema de captação de água da chuva, que será filtrada para abastecer toda a demanda do estádio. Nos banheiros masculinos, serão usados mictórios que dispensam água. Utilizado em larga escala nos EUA, o sistema usa um óleo vegetal: no acionar da descarga, o óleo sobe e a urina desce por gravidade para a rede de coleta de esgoto. Segundo Vicente, essa tecnologia tem apelo financeiro porque, além da economia de água, dispensa instalações necessárias para um banheiro com descarga tradicional.

Cobertura que captura CO2

Esta é talvez uma das soluções mais high tech do estádio. A cobertura será feita de uma membrana branca que reflete o calor e tem dióxido de titânio em sua composição. Este elemento, em contato com a umidade do ar e as gotas da chuva, se comporta como se fosse um teflon (revestimento de panela) - nele sujeira não gruda nem se acumula.

Mais, a reação química entre as moléculas de água e o CO2 da atmosfera na presença do dióxido de titânio gera CO3, nitrogênio. "É como se essa membrana fizesse uma espécie de fotossíntese, retirando o gás carbônico da atmosfera", conta Vicente.

As informações são do Green Building Council Brasil.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Na onda dos prédios verdes - Entenda o que é um edifício ecologicamente correto e saiba por que o Rio tem investido neles

Por Daniela Pessoa, para Veja Rio, 20 de Novembro de 2011

Edifício Cidade Nova, no Centro do Rio: primeiro prédio do Brasil a ganhar certificação verde

Seguindo padrões de construção sustentável, os edifícios verdes estão conquistando os cariocas. O ator Bruno Gagliasso é um dos que investiu na causa. O novo lar do galã, que está sendo construído em São Conrado com piscina aquecida naturalmente e teto que favorece a iluminação natural, tem o projeto sustentável assinado pelo arquiteto Marcio Kogan. Até agora, no entanto, o grande filão do mercado verde tem sido os empreendimentos comerciais. O primeiro do Brasil a ganhar certificação verde é carioca, o Edifício Cidade Nova (Rua Ulisses Guimarães, 565). Nos próximos dois anos, quase metade dos lançamentos corporativos na cidade (40,8%) será de prédios ecológicos, de acordo com estudo da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Mais do que uma jogada de marketing das construtoras para valorizar os imóveis, que acabam saindo entre 2% e 7% mais caros na compra ou aluguel, os prédios verdes ajudam, de fato, a preservar o meio ambiente. E os atrativos vão além.
Apesar de mais caros, os edifícios sustentáveis garantem, a longo prazo, economia de até 30% na conta de luz e 50% na de água. Isso porque, para ser considerado verde, um empreendimento precisa adotar conceitos de sustentabilidade como reaproveitamento de energia e água. "Além de reduzir os custos de operação e manutenção, ter uma sede verde implica em outros benefícios como valorização da imagem corporativa e melhora da produtividade no ambiente de trabalho", afirma Diana Csillag, diretora do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS).


Prédios verdes: proteção do meio ambiente e economia a longo prazo
Portanto, não se trata apenas de instituir coleta seletiva ou oferecer um amplo jardim arborizado. São necessárias estratégias e soluções de engenharia e arquitetura bem planejadas e definidas que reduzam os impactos ambientais gerados pelo edifício durante sua construção e durante todo o período em que estiver ocupado. A questão é complexa. Não à toa, existem selos que certificam as obras verdes, garantindo sua legitimidade. O AQUA (Alta Qualidade Ambiental), que tem como base o sistema francês HQE, é um deles, concedido pela Fundação Vanzolini.

O mais conhecido, porém, é o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), do Green Building Council (GBC), órgão responsável pela concessão do certificado. Criado em 1999 nos Estados Unidos, o selo pode chegar a custar 50 000 reais. Hoje, o Brasil é o quarto país no ranking mundial de empreendimentos buscando o LEED, com 384 registrados, atrás apenas de Estados Unidos, Emirados Árabes e China. No Rio, seis edifícios já têm o certificado e 51 estão em fase de análise. Os grandes eventos esportivos - Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 - vão impulsionar ainda mais o avanço dos edifícios verdes no Rio. O GBC Brasil já firmou inclusive um protocolo com o Comitê Olímpico Brasileiro para que as obras que servirão aos jogos sejam todas certificadas.

Durante o processo de certificação LEED são avaliados inúmeros fatores com base em sete critérios principais. Adapte-os para o seu lar, tornando-o eco friendly também.

1 - Escolha do terreno. De acordo com o engenheiro Marcos Casado, gerente-técnico do GBS Brasil, para ser verde um edifício precisa ocupar um espaço sustentável, ou seja, a escolha do terreno deve levar em conta o menor impacto durante a construção, bem como a proximidade à rede de transportes públicos e serviços. Dessa forma, evita-se o uso do carro, altamente poluente, e estimula-se a locomoção a pé e através de ônibus ou metrô, por exemplo. Este critério também diz respeito a recursos que amenizem o efeito da ilha de calor. "A temperatura na cidade, em meio ao concreto e ao asfalto, é em média 8 ºC superior em relação à de áreas arborizadas", explica Casado. Por isso, é importante apostar em telhados verdes, com jardim, uma vez que a vegetação, além de promover a biodiversidade, ajuda a amenizar a temperatura do prédio. Outra opção é o telhado com cobertura clara, que reflete a luz ajudando a bloquear o calor e, consequentemente, reduzindo o uso do ar condicionado.


Colégio Estadual Erich Walter Heine, em Santa Cruz, e seu telhado verde: primeira escola totalmente sustentável da América Latina
2 - Uso racional da água. Para reduzir ao máximo o consumo, devem ser usados aparelhos economizadores como torneira eletrônica, mictório a seco, válvulas de descarga dual flush ou até mesmo vaso sanitário a vácuo. "O sistema dual flush permite usar metade da vazão de água de uma descarga convencional", explica o engenheiro civil Raphael Costa, da SIG Engenharia. Nas áreas verdes do prédio, as plantas devem ser adaptadas às altas temperaturas. Dessa forma, necessitam de pouca rega. E o sistema de irrigação, por sua vez, deve ser automático. Outro recurso importante é o reaproveitamento da água não potável. A da chuva ou a do esgoto tratado, por exemplo, deve ser captada para ser usada vasos sanitários ou na lavagem de pisos, por exemplo.

3 - Eficiência energética. O aproveitamento da luz e da ventilação naturais para iluminar e deixar os ambientes mais frescos ajuda a reduzir o consumo de energia. Equipamentos de ar condicionado e outros eletro-eletrônicos devem ter o selo Procel, que garante os melhores níveis de eficiência energética. O Rio Office Tower (Avenida Presidente Vargas, 1001), que aguarda o selo LEED Gold, tem ainda sistema de ar condicionado com sensor de CO2. "Os aparelhos só promovem a troca de ar quando o nível de gás carbônico está alto de acordo com o padrão da ANVISA, o que ajuda a poupar energia", explica o engenheiro cível Raphael Costa, da SIG Engenharia, responsável pela obra em questão. Já as lâmpadas dos prédios verdes são frias, pois são as que apresentam melhor compensação energética. As LED, por exemplo, consomem 26 watts cada contra os 32 watts da tradicional. Edifícios ecologicamente corretos investem também em fontes de energia renováveis, como eólica e fotovoltaica. Há ainda a opção de comprá-la do Aterro de Gramacho, que produz energia a partir do lixo, ou de pequenas hidrelétricas, que causam menor impacto ambiental.

Rio Office Tower: ambientes de cores caras, que refletem a luz e dispersam o calor, e lâmpadas T5, frias, que consomem menos energia

4 - Qualidade ambiental interna. Um prédio verde deve oferecer conforto e bem-estar aos ocupantes, o que, no caso dos empreendimentos comerciais, implica em aumento da produtividade dos funcionários. Janelas com paisagem e produtos como tinta, cola e verniz sem cheiro, por exemplo, contribuem para a saúde das pessoas, tanto física quanto mental. Não à toa, um edifício verde prioriza aspectos como a vista, boa iluminação natural e produtos sem teor de compostos orgânicos voláteis, que deixam cheiro forte. O controle de qualidade do ar através de filtros de ar condicionado, por exemplo, também é um ponto importante.

5 - Materiais e recursos. O selo LEED também avalia a matéria-prima utilizada na construção. A madeira certificada, a de reflorestamento ou a de ciclo vegetativo rápido, como bambu e eucalipto, são bons exemplos de material sustentável, bem como as tintas ecológicas à base d’água, como as epóxi, com baixo teor de química e sem cheiro. O Edifício Cidade Nova, um empreendimento da Bracor e da Ruy Rezende Arquitetura, tem também vidros insulados na fachada, um sistema de duplo envidraçamento que permite aproveitar ao máximo a luz natural com bloqueio do calor. Já o carpete do Rio Office Tower foi confeccionado com 80% de material reciclado, e sua cola especial não agride o meio ambiente.

Além disso, costumam ser adotados nas obras verdes critérios de seleção de materiais pela distância de fabricação, evitando-se fornecedores de longe, que queimariam combustível por mais tempo nas estradas. A gestão de resíduos da obra também é essencial, ou seja, é preciso cuidar para que o lixo produzido durante a construção do prédio verde não sobrecarregue os aterros sanitários. Uma opção é o encaminhamento de resíduos recicláveis a empresas de reciclagem - 97% do entulho do Rio Office Tower teve esse destino.

Ventura Corporate Towers (prédio com duas torres, ao centro): edifícios verdes também priorizam aspectos como a vista

6 - Inovações e tecnologias. As construtoras e os escritórios de engenharia devem também ser criativos se quiserem conquistar o selo verde com pontos adicionais (não à toa existe o LEED Prata, o Gold e o Premium). No escritório do próprio GBC Brasil, em São Paulo, há, por exemplo, um moderno sistema de descontaminação do ar. Revitalizar parques no entorno do prédio, ao invés de concentrar esforços apenas na própria obra, também é uma atitude sustentável extra bem avaliada no LEED.

7 - Créditos regionais. Diz respeito a adaptações que estimulem mudanças culturais de comportamento. É o caso, por exemplo, do prédio comercial Ventura Corporate Towers, construído pela incorporadora norte-americana Tishman Speyer e pela Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. Detentor do selo LEED Gold, o prédio disponibiliza vagas preferenciais para carros a álcool ou gás natural, desestimulando o uso da gasolina. Elas ficam estrategicamente mais próximas aos acessos principais do edifício, ocupado por escritórios do BNDES e da Petrobras. A estratégia é a mesma no Edifício Cidade Nova, que também dispõe de vagas reservadas aos veículos de baixa emissão de poluentes.

Comentários:

Caros, aproveito para informar que estão abertas as matrículas para o MBA em Construções Sustentáveis INBEC / UNICID / GBC Brasil no Rio de Janeiro, curso de maior sucesso no país na área, com início previsto para Fevereiro 2012.

Mais informações e inscrições em: http://inbec.com.br/mba_constru_sus.php  / (21) 3005 9565 ou 7880 0725.


Fico também à disposição para esclarecimentos.

Arq. Antonio Macêdo Filho

amacedo@ecobuilding.com.br

Concurso busca jovens arquitetos para projeto de hotel sustentável no Estado de São Paulo

Por Maurício Lima, para PiniWeb
Vencedor da competição fará projeto final em parceria com o arquiteto Siegbert Zanettini

Até o dia 8 de dezembro, jovens arquitetos podem se inscrever no concurso "Um Hotel Sustentável para uma Copa Verde", realizado pelo Projeto Aliah, em parceria com o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), que selecionará um projeto para a construção de um hotel sustentável. O vencedor elaborará o projeto final junto com o arquiteto Siegbert Zanettini e sua equipe.

Esse hotel, que busca também suprir a demanda hoteleira por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, será construído em Bragança Paulista, a 88 km de São Paulo. Após ser realizado em São Paulo, o concurso deverá ir para outras cidades-sede da Copa, começando pelo Rio de Janeiro, que também sediará as Olimpíadas.

As inscrições devem ser realizadas pelo site do projeto, sob pagamento de taxa de R$ 120. Podem participar arquitetos habilitados no Estado de São Paulo formado há no máximo cinco anos. Após a confirmação da inscrição no site e o pagamento da taxa, o participante terá até o dia 9 de janeiro de 2012 para enviar o projeto pelos Correios, conforme instruções que estão na área restrita do site, com acesso liberado aos inscritos.

"A iniciativa é valida para estimular nos jovens arquitetos a preocupação em projetar empreendimentos verdes e, desta forma, ingressar neste novo mercado da construção civil sustentável. Mesmo porque as novas diretrizes nacionais e mundiais buscam profissionais com estas qualificações e este será um grande diferencial para a Copa do Mundo e Olimpíadas no País", destaca Marcos Casado, Gerente Técnico LEED do GBC Brasil.

O vencedor receberá também R$ 12 mil, enquanto os segundo, terceiro e quarto colocados ganharão R$ 5 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil. O evento de premiação acontecerá no dia 26 de janeiro de 2012.

Arquitetos projetam hotel sustentável em pedreira abandonada

Publicado por CicloVivo.com.br e reproduzido em Exame.com

Cachoeiras, aquários debaixo d'água e áreas verdes serão integrados no design para combinar com a cobertura existente da pedreira


A água terá um papel importante no design, com destaque a muitas áreas ao redor do hotel


São Paulo - O escritório de arquitetura Atkins ganhou uma competição internacional de design em 2006 ao criar um hotel-resort sustentável, cinco estrelas no distrito de Songjiang, próximo a Xangai, China.


Este hotel de luxo, com quartos debaixo d'água e cachoeiras indoor, está situado a cem metros de profundidade em uma pedreira abandonada.

A água terá um papel importante no design, com destaque a muitas áreas ao redor do hotel. Cachoeiras, aquários debaixo d'água e áreas verdes serão integrados no design para combinar com a cobertura existente da pedreira.

O hotel estende-se a algumas paisagens naturais sobre si mesmo, cobrindo-o do teto ao nível do solo, com terra e vegetação. O telhado verde também mantém o hotel fresco no verão e quente no inverno.

A pedreira foi escavada muito profundamente o que facilitará o aproveitamento da energia geotérmica do local, barateando o custo e reduzindo os gastos energéticos. Não se sabe sobre exatamente quanto de sua energia será gerada desta forma, mas poderia fornecer todas as necessidades de aquecimento e eletricidade do hotel. A pedreira também irá fornecer uma boa fonte de controle de calor e abrigo contra o meio ambiente.

O corpo central da construção receberá luz natural, que utiliza as rochas existentes com suas cachoeiras e vegetação. Dois níveis subaquáticos abrigarão um restaurante, quartos e um centro de conferências, com capacidade para mil pessoas, de frente para um aquário de dez metros de profundidade.

O nível mais baixo do hotel contará com um complexo de lazer com piscina e áreas exclusivas para outros esportes aquáticos. Um centro de esportes radicais para atividades como escalada e bungee jumping será instalado sobre a pedreira e acessado por elevadores especiais a partir do nível de água do hotel.

O desenho do edifício foi feito para refletir a paisagem natural da pedreira. "Nós desenhamos nossa inspiração a partir da pedreira adotando a imagem de uma colina verde caindo sob a rocha natural, como uma série de terraços ajardinados. No centro, criamos uma 'cascata' transparente no átrio de circulação central vertical, ligando a base da pedreira com o nível do solo, replicando uma cachoeira natural na pedreira existente", disse Jochman Martin, que liderou a equipe do projeto.


Fazer uso de um local já impactado como este é fundamental na construção em áreas ecologicamente sensíveis. O reuso significa que o impacto ambiental será menor.

O hotel é parte integrante do projeto de uma nova cidade nos arredores de Xangai, para 500 mil pessoas, chamado Songjiang Garden City. “Nossa tarefa era interpretar e modificar o plano diretor e preparar projetos físicos para toda a cidade, com especial atenção à zona empresarial central e três distritos de habitação.”

Isto envolveu o desenvolvimento de um plano diretor conceitual utilizando a filosofia e princípios de design sustentável. Como parte do plano diretor foi desenvolvida uma hierarquia espacial global aberta.

“Propusemos um conceito de cidade sustentável, onde apenas os edifícios do distrito central de negócios são superiores a quatro andares de altura. Uma rica mistura de layouts formais e informais - dentro do distrito, e centros locais formam o coração de uma série de comunidades identificáveis. A paisagem existente é atada com cursos d’água e plantações de arroz. O layout baseia estas qualidades naturais para criar uma identidade única, utilizando parques lineares e um grande parque central para delinear as formas do plano diretor".

O hotel resort ajudará a atender à crescente demanda do distrito e oferecerá um atrativo adicional para este bairro único.

O projeto foi o resultado da colaboração entre as equipes do Atkins em Bristol e Xangai. Foi liderada por Martin Jochman em Bristol e envolveu Paul Rice, Hu Yali, Ding Fang, Zhang Jian e Vivian Chen de Xangai.

Telhados verdes podem dispensar o uso de ar condicionado

Por Gabriela Ruic, para Exame.com

Recurso, cuja origem está no paisagismo, transforma capacidade natural das plantas em ferramenta de equilíbrio térmico

Instalado em 2000, telhado verde da prefeitura de Chicago é um dos mais famosos dos Estados Unidos

São Paulo – Horizonte desenhado por grandes edificações, solo forrado com concreto e escassez de áreas verdes - o cenário mais conhecido das metrópoles pode estar em vias de mudar com a popularização dos telhados verdes. O recurso inovador, originado de técnicas de paisagismo, transforma a capacidade natural das plantas de absorver gás carbônico e reter calor em ferramenta que trabalha para diminuir a temperatura do ambiente, além de contribuir para a diminuição da poluição do ar nos arredores da construção.

Estudos conduzidos pela EPA (Enviromental Protection Agency), órgão do governo americano para o meio ambiente, apontaram que a temperatura média no verão em um telhado verde pode ser registrada entre 33 e 48 graus, enquanto que, num telhado convencional, chega a atingir a marca de 76 graus.

A disseminação dos tetos verdes pode tornar o uso do ar condicionado obsoleto, pois a estrutura de vegetação que protege uma laje assume o papel de escudo contra o calor do verão tropical e reduz até 30% a temperatura dentro de uma casa, por exemplo. Durante o inverno, a estrutura funciona como isolante térmico ao impedir que o calor armazenado.

Mas antes de correr escada acima, é melhor ter em mente que construir um telhado verde envolve muito mais que o mero posicionamento de vasos num espaço vazio. De acordo com Paula Magaldi, paisagista paulistana e especialista na técnica, é preciso saber se o local é adequado para suportar o peso que será colocado por cima.

A impermeabilização é um ponto chave que, associado à maneira como será feita a drenagem e o escoamento da água, formam a lista de requisitos que uma edificação tem de preencher para receber os estratos e substratos de vegetação que vão formar a área verde.

Também não basta escolher as primeiras plantas da entrada do supermercado. Apesar de ainda vivermos num mundo onde a flora é vasta e variada, existem espécies que suportam mais incidência de luz que outras ou que precisam de mais manutenção.

O preço final da instalação e manutenção do teto verde, entretanto, depende de variáveis que vão desde o tamanho da área a ser coberta até o tipo de planta que será usada. Mas é possível estimar que os benefícios ecológicos que oferecem podem ser encarados também pelo viés financeiro. “O telhado verde é capaz de valorizar em até 20% o preço de um imóvel”, pontua a paisagista. Além disso, no médio prazo, será possível contar com uma conta de luz mensal mais amigável para o bolso.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Como convertirse en un LEED GA / LEED AP - Cursos prepatórios con classes en español

Estimados colegas de latino america,

En este mês de noviembre estamos empezando un programa que va a llevar la educación continua en el área de la Construction Sostenible a otros países de latino america, con un innovador modelo de cooperación entre los distintos Green Building Council´s y también junto a otros organismos.

Expandiremos las experiencias exitosas que hemos llevado a cabo en Brasil, para compartir con los mercados de otros paises cercanos, información elaborada y calificada con respecto a el diseño, la construction, operación y mantenimiento de edifícios y ciudades sustentables.

Assunción, Paraguay, será la primeira capital que recibirá el curso preparatório "Como convertirse en un LEED GA / LEED AP", en los dias 11 y 12 de noviembre 2011.



En el 2012, tedremos otras fechas y plazas.

Acaso tengas interes en saber más sobre como hacer para participar, o para hacer llegar el programa de educación continua en Construccion Sostenible GBC Brasil / EcoBuilding a su ciudad, favor contatarme directamente.
Saludos y hasta pronto!

Prof. Arq. Antonio Macêdo Filho
amacedo@ecobuilding.com.br
+55 11 8306 7562

Pesquisa revela como será a casa de 2015


Por Gabriela Ruic, para Exame.com

Conduzido nos Estados Unidos, estudo levantou o que profissionais da construção civil esperam da próxima geração de casas americanas

Em alguns anos, as casas construídas nos EUA serão menores e mais sustentáveis


São Paulo – Uma pesquisa conduzida ao longo do ano passado nos Estados Unidos pela Associação Nacional de Construtores (National Association of Home Builders) revelou o que pensam os profissionais do setor da construção civil, entre arquitetos e designers, sobre como serão as casas nos EUA em 2015 e aponta que a crise no setor impactou não apenas a venda de imóveis hoje, mas a estrutura daqueles que ainda estão por serem construídos no futuro próximo.


Bom, a primeira tendência identificada pelo estudo não é exatamente uma surpresa: as casas vão diminuir de tamanho. Para fins de exatidão, a pesquisa aponta que os imóveis serão 10% menores que as casas construídas no primeiro semestre de 2010, com metragem de, no máximo, 200 metros quadrados. O motivo? Tudo indica que os consumidores estão decididos a baixarem os custos de manutenção de um imóvel. Outra razão, de acordo com a pesquisa, é que, até 2020, 29% dos americanos estarão na faixa etária acima dos 55 anos, aumentando a demanda por casas menores.

Metragem mais enxuta exige o melhor aproveitamento possível dos cômodos. Prova disso é que suítes suntuosas, garagens majestrais e salas de visitas palacescas definitivamente não “cabem” mais na casa de 2015. Espaços generosos e bem divididos dão lugar a um grande cômodo, integrado e que reúna cozinha, sala de estar e sala de televisão. A suíte principal, ao invés de isolada, será construída no térreo, mas com espaço suficiente para um bom closet. Quando ao número de carros a serem armazenados na garagem, a aposta é que não sejam mais que dois para uso da família.

Se sustentabilidade já é importante para a construção civil dos dias de hoje, o melhor é exercitar a mentalidade eco-friendly, pois, de acordo com a pesquisa as casas vão ficar ainda mais verdes. Um dos itens que não vão faltar na casa dos próximos anos é a janela com vidro do tipo low-e (de baixa emissividade e que oferece mais conforto térmico interno). Além disso, todas as casas vão contar com o selo Energy Star, padrão que comprova, e aprova, a eficiência energética de utensílios e produtos e que podem contribuir para uma redução na emissão de gases que causam o efeito estufa.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Novas turmas MBA em Construções Sustentáveis pelo Brasil

Caros,

Com satisfação, compartilho com os colegas: o MBA em Construções Sustentáveis, curso coordenado por mim e pelo Eng. Marcos Casado, do GBC Brasil, continua se destacando e se confirmando como o de maior sucesso no país na área.

Novas turmas estão sendo oferecidas agora também no Rio de Janeiro, em Ribeirão Preto, Goiânia, Campo Grande, FlorianópolisPorto Velho, além de segundas turmas em Recife e Curitiba e terceiras turmas em Fortaleza e São Paulo. Para a turma III do curso em São Paulo, estamos prevendo que poderemos antecipar seu início de janeiro para dezembro próximo, em função do número de candidatos, que já é superior ao de vagas.

Temos aberto uma nova turma por mês em média, desde abril passado. As avaliações das turmas em andamento, por todo o país, atestam nível de satisfação dos participantes superior a 95%, em todos os casos. Mas seguimos aperfeiçoando o curso, que, para as novas turmas, passa a ter carga horária 440 h., com a inclusão de novas disciplinas.

Tais números deixam evidente que de fato as pessoas estão buscando cada maior capacitação na área, para dar resposta à demanda de mercado e para buscar oportunidades neste setor que felizmente está sendo capaz de propor soluções para a construção de edifícios e cidades cada vez melhores, mais eficientes, mais
sustentáveis, em todo o país.

Para mais informações e reservas de vaga, favor acessar: http://www.inbec.com.br/mba_constru_sus.php.

Para São Paulo e Ribeirão Preto: (11) 2626 9575 / saopaulo@inbec.com.br
Rio de Janeiro: (21) 3005 6575 / cursosrj@inbec.com.br

Fico também à disposição para esclarecimentos.

Prof. Arq. Antonio Macêdo Filho
amacedo@ecobuilding.com.br