Os setores da Academia de Ciências da Califórnia, Estados Unidos, antes divididos em onze prédios agora estão abrigados em uma estrutura única, com cobertura verde contornada por placas fotovoltaicas. Todas as faces do museu estão comprometidas com a sustentabilidade.
Da redação de AU
Da redação de AU
Foi inaugurado no dia 27 de setembro o mais novo edifício da Academia de Ciências da Califórnia, no Golden Gate Park, São Francisco, Estados Unidos, projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano, que ganhou a medalha de ouro 2008 do American Institute of Architects.
A obra, que leva o selo LEED -Leadership in Energy and Environmental Design (classificação Platina, a mais elevada), é considerada o museu mais sustentável do mundo. Foram oito anos de construção, que custaram 500 milhões de dólares. A nova estrutura foi construída no local onde já estavam os onze edifícios para visitação da antiga Academia. Todos tiveram de ser demolidos para dar espaço ao novo complexo. "É como se tivéssemos recortado e suspendido um pedaço do parque, com sua vegetação, e tivéssemos construído o edifício sob esse recorte", define Piano, referindo-se à cobertura verde da construção, que é contornada por placas fotovoltaicas que, além de produzirem eletricidade, dão sombra ao entorno do edifício e oferecem proteção da chuva.
Todos os setores que antes estavam divididos em onze prédios agora estão abrigados em uma estrutura única, que inclui aquário, planetário, museu de história natural, teatro em 3D, salão de leitura, dois restaurantes, um jardim adjacente, além dos laboratórios de pesquisa e arquivos científicos de mais de 20 milhões de espécimes. "O museu já trabalhava anteriormente nesses três patamares - exibição das coleções, educação e pesquisa. O objetivo do novo prédio é anunciar e reforçar sua complexidade funcional", conta Piano.
O compromisso com a sustentabilidade é encontrado em todas as faces do prédio, desde os estacionamentos para bicicletas e postos para veículos recarregáveis, até as placas fotovoltaicas e o aquecimento por radiação nos pisos. Além da eficiência energética, a edificação conta com recursos para reduzir as emissões de gás carbônico e preservar ao máximo o ambiente natural da região.
Outros elementos importantes garantem o funcionamento sustentável do museu, como reuso de água, e a ventilação cruzada, ao invés do ar-condicionado em grandes áreas do complexo.
Para preservar a história da Academia, foram mantidos alguns de seus elementos, como o African Hall, o North American Hall e a entrada para o aquário.
Para preservar a história da Academia, foram mantidos alguns de seus elementos, como o African Hall, o North American Hall e a entrada para o aquário.
O museu fica aberto ao público de segunda a sábado, sempre até as 17hs.
Publicado originalmente (sem ilustrações) no site PiniWeb, em setembro 2008.
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