quarta-feira, 24 de junho de 2009

Primeiro estádio verde para a Copa.

Com estádio verde, Osasco quer ser subsede da Copa de 2014
Texto resumido a partir de reportagem de Adilson Melendez, publicada originalmente em PROJETO DESIGN Edição 350.

O primeiro estádio verde do país, criado pelo arquiteto Carlos de La Corte, pode receber 20 mil pessoas e incorpora uma arena multiuso.
Das candidatas a receber jogos da Copa do Mundo de 2014, São Paulo é tida como barbada - a divulgação da decisão sobre as sedes escolhidas estava marcada para meados de março. Em consequência, outros municípios paulistas vêm montando estratégias com a intenção de se tornar subsedes, servindo de base para o treinamento das seleções que vão disputar a primeira fase da competição na capital.

Cidade da região metropolitana de São Paulo, Osasco quer deixar de ser simples alternativa no segundo tempo dessa definição. Em janeiro, autoridades do município apresentaram um argumento para garantir a vaga de subsede: o desenho de um complexo esportivo que pretendem implantar em Vila Yolanda, em terreno ocupado pelo atual Estádio Municipal Elzo Piteri.

A proposta foi desenvolvida pelo arquiteto Carlos de La Corte, da empresa Arena Consultoria Projeto e Viabilidade, em colaboração com o escritório GCP Arquitetos. Fazem parte do complexo um estádio para 20 mil pessoas, uma arena de múltiplo uso para 7 mil espectadores e um centro comunitário. “Procuramos abordar o projeto com o conceito de parque urbano, sem enclausuramentos”, detalha o autor.

Para reforçar o caráter urbano da intervenção, uma praça integra o estádio e a arena. A implantação prevê aproveitar a topografia do lote, evitando grandes movimentos de terra. As arquibancadas laterais do estádio são cobertas e apenas atrás de um dos gols foram dispostos assentos. A imagem foge à da arena convencional totalmente envolta pela plateia, por dispor de espaços mais arejados e arquitetura mais fluida.

Não é a primeira vez que Osasco abraça a causa esportiva e lança mão da ideia de construir um estádio. Uma dessas tentativas foi registrada na edição 147 de PROJETO DESIGN, em novembro de 1991. Desenvolvido pelo escritório Ícaro de Castro Mello Arquitetos Associados (atual Castro Mello Arquitetos), o estádio teria capacidade para 44 mil pessoas. A Método, informava a nota, assinara contrato de 20 milhões de dólares para implantá-lo no prazo de 18 meses.

Apesar da capacidade menor, a nova proposta de estádio envereda pela adoção de técnicas modernas, como o teto verde, a utilização da água da chuva para irrigação do gramado e alimentação dos sanitários e os painéis fotovoltaicos para geração de energia, entre outras. Será, segundo as autoridades e o autor do projeto, o primeiro estádio verde brasileiro.

Outra promessa “sustentável” é aproveitar o material de demolição das construções existentes. Mas aqui o uso será parcimonioso: o atual estádio de Vila Yolanda não vai além de um campo varzeano, que não conta sequer com arquibancadas fixas.
O antigo projeto para o estádio de Vila Yolanda, desenhado pelo escritório Ícaro de Castro Mello, previa capacidade para 44 mil pessoas

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