quarta-feira, 20 de maio de 2009

Energia a partir do trânsito

Por Bruno Bertante de Moraes

Novos sistemas para produção energética estão sendo testados, e serão freqüentes em pouco tempo. Neste caso temos uma situação similar ao sistema da Balada Sustentável que a partir do movimento das pessoas, é gerado energia.

No entanto, se essa nova tecnologia captação e transformação energética for uma solução economicamente viável e eficientemente energético comparado as outras formas de produção de energia encontradas hoje, será uma grande solução para aplicá-la nas malhas urbanas, nos projetos arquitetônicos, dentro de transportes de massa, como metros.Imagine a fila para compra o ticket do cinema, já gerando energia para o filme que será exibido, em shoppings toda a circulação de clientes pelos corredores, gerando energia para a iluminação interna e assim por diante.

Não estamos mais falando de utopias, mas de um sistema que foi criado e em breve será usado em escalas maiores, agora cabe nossa criatividade para desenvolvê-lo e aplicá-lo no dia-a-dia.

A empresa israelense Innowattech encontrou uma maneira de produzir energia a partir da pressão dos veículos no piso

Por Revista Sustenta Foto: Reuters

Ficar preso no trânsito prejudica a todos. Gera mais poluição, causa stress, perda de tempo e de dinheiro. Mas a empresa Israelense Innowattech encontrou uma maneira de produzir algo positivo dessa catástrofe dos tempos modernos: energia a partir da pressão dos veículos no piso.
“Nós podemos produzir eletricidade em qualquer lugar onde haja uma estrada agitada usando energia que normalmente é desperdiçada”, explicou à agência britânica Reuters Uri Amit, presidente da Innowattech. Com uma equipe de 12 pessoas e o investimento privado de US$ 3 milhões, a empresa pretende instalar geradores embaixo de calçadas, malhas viárias e ferroviárias capazes de armazenar energia a partir do movimento e peso por meio do processo de “piezeletricidade”. Assim, quanto mais congestionado o trânsito estiver, melhor.

Ligada ao Instituto de Tecnologia Technion de Israel, a Innowattech deve implantar o projeto a partir de 2010 nas principais cidades do mundo, começando pelas israelenses e norte-americanas. A empresa trabalha atualmente em um programa piloto para instalar os geradores em shoppings e no metrô de Nova York, por exemplo, para captar a energia do movimento de pedestres.


Empresa pretende instalar geradores embaixo de calçadas e ferrovias capazes de armazenar energia
O professor Haim Abramovich, fundador da organização, explica que uma avenida com menos de 1,6 quilômetro (uma milha), quatro faixas e por onde cerca de mil veículos circulam por hora pode criar aproximadamente 0.4 megawatts de potência, o suficiente para alimentar 600 casas. No futuro, os cientistas do projeto desejam aprimorar a tecnologia para armazenar mais energia e distribuí-la em escala nacional.
O custo de implantação atual dos geradores israelenses é de US$ 650 mil por quilômetro, o que equivale a US$ 6,5 mil por kilowatt. Entretanto, o presidente da empresa, Amid, observa que o custo deve cair 60% quando alcançarem a produção em massa, tornando o sistema mais barato do que a energia solar. “O lado bom é que o sistema não demanda muito espaço como a energia solar”, afirmou o professor Abramovich para a agência de notícias israelense Israel21c. “Nós podemos produzir energia onde ela é necessária, sem a necessidade de usar cabos para transportar essa potência.
”Grandes empresas já demonstraram interesse no empreendimento da Innowattech. A multinacional Mc Donald’s, por exemplo, teve a idéia de instalar o sistema em suas filas, para que os consumidores gerem energia enquanto esperam para comer um Big Mac. “Acredito que as pessoas vão começar a pular e dançar sabendo que ao fazer isso vão criar energia. Vai ser bom para a saúde delas”, defende Abramovich.

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