domingo, 22 de agosto de 2010

Dicas para uma construção civil sustentável

Por Ivan Nogueira, publicado originalmente em Comunidade Obra Sustentável, Agosto 2010

Apesar da dificuldade encontrada para aliarmos a construção civil com a sustentabilidade, o consumidor está cada vez mais exigente quanto a procura de produtos ecologicamente corretos. Por isso, a meta de boa parte das indústrias de materiais de construção tem sido atender esta clientela. A cada semana, produtos com bandeira verde surgem nas prateleiras, mas discernir o marketing de soluções reais não é tarefa simples para o consumidor.

O princípio na escolha deve considerar o ciclo de vida do produto, desde o modo e o local de produção até o transporte para o ponto de uso. Entram na equação a capacidade de reaproveitamento do material e a deposição de seus resíduos ao fim da vida útil.

Trocando em miúdos, produtos ecologicamente corretos estão mais próximos do seu estado natural, usam menos componentes químicos e têm grande potencial de transformação. “Materiais de baixo impacto ambiental são fundamentalmente os produzidos na própria região e que não são tóxicos”, aponta o professor Miguel Sattler, da UFRGS. Da fundação ao revestimento, há opções menos agressivas ao ambiente:
- Nas paredes, tijolos, por exemplo, são mais interessantes do que o cimento para o conforto térmico, por transmitirem menos calor e manterem a temperatura estável.

- Ao escolher o cimento, não há alternativas ecológicas, porém há materiais menos agressivos, como o CP 3, feito de resíduos da indústria cimenteira. Pisos de madeira de demolição, certificada ou de reflorestamento, em salas e quartos, também proporcionam temperatura agradável.

- Outra possibilidade é uma manta ecológica feita de pó de madeira, resina de pinheiro, óleo de linhaça, pó calcário, pigmentos minerais e juta, que faz as vezes de carpete.

- Na área molhada, uma solução pode ser o chão de cimento queimado. Para a pintura, tintas à base de cal e de terra possuem tonalidades que vão do amarelo ao marrom.

- O PVC da parte hidráulica pode ser completamente trocado pelo plástico PPR, que suporta água quente.

Para um futuro melhor, colabore, exigindo procedência e sustentabilidade dos materiais e produtos que você está comprando!

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