domingo, 29 de abril de 2012

Prezados Clientes, Parceiros, Colegas e Amigos,

Compartilhem esta notícia, que é de fato relevante:

Um marco na era da energia renovável no Brasil. Todos nós poderemos gerar nossa própria energia em nossas residências, empresas e construir usinas de energia renovável.

17-04-2012 - ANEEL aprova regras para facilitar a geração de energia nas unidades consumidoras

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou hoje (17/04) regras destinadas a reduzir barreiras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que incluem a microgeração, com até 100 KW de potência, e a minigeração, de 100 KW a 1 MW.

A norma cria o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local.

A regra é válida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólicae cogeração qualificada).

Pelo sistema, a unidade geradora instalada em uma residência, por exemplo, produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes.

Os créditos poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses e as informações estarão na fatura do consumidor, a fim de que ele saiba o saldo de energia e tenha o controle sobre a sua fatura.

Os órgãos públicos e as empresas com filiais que optarem por participar do sistema de compensação também poderão utilizar o excedente produzido em uma de suas instalações para reduzir a fatura de outra unidade.

Medição

O consumidor que instalar micro ou minigeração distribuída será responsável inicialmente pelos custos de adequação do sistema de medição necessário para implantar o sistema de compensação.

Após a adaptação, a própria distribuidora será responsável pela manutenção, incluindo os custos de eventual substituição.

Além disso, as distribuidoras terão até 240 dias após a publicação da resolução para elaborar ou revisar normas técnicas para tratar do acesso desses pequenos geradores, tendo como referência a regulamentação vigente, as normas brasileiras e, de forma complementar, as normas internacionais.

Vantagens

A geração de energia elétrica próxima ao local de consumo ou na própria instalação consumidora, chamada de “geração distribuída”, pode trazer uma série de vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como, por exemplo, economia dos investimentos em transmissão, redução das perdas nas redes e melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica.

Como a regra édirecionada ageradores que utilizem fontes renováveis de energia, a agência espera oferecer melhores condições para o desenvolvimento sustentável do setor elétrico brasileiro, com aproveitamento adequado dos recursos naturais e utilização eficiente das redes elétricas.

O assunto foi amplamente discutido com a sociedade em uma consulta e uma audiência pública. A audiência ficou aberta no período de 08/08/2011 a 14/10/2011 e, ao todo, foram recebidas 403 contribuições de agentes do setor, universidades, fabricantes, associações, consultores, estudantes e políticos.

Descontos da TUSD e TUST

Paralelamente ao sistema de compensação de energia, a ANEEL aprovou novas regras para descontos na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD e na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão – TUST para usinas maiores (de até 30 MW) que utilizarem fonte solar:

• Para os empreendimentos que entrarem em operação comercial até 31 de dezembro de 2017, o desconto de 80% será aplicável nos 10 primeiros anos de operação da usina

• O desconto será reduzido para 50% após o décimo ano de operação da usina

• Para os empreendimentos que entrarem em operação comercial após 31 de dezembro de 2017, mantém-se o desconto de 50% nas tarifas

(PG/DV/HL/DB)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Brazil's Green Building Boom

By Jason LaChappelle, ISEAL Communications Coordinator, 19 April 2012

With our annual conference approaching in May, we sit down with Felipe Faria, one of the speakers you’ll hear from in Bonn, to talk about growth in the Brazilian green building sector.

Image: Mané Garrincha stadium in Brasília is one of the 2014 World Cup facilities applying for LEED certification. Source - Castro Mello Architects

These are exciting times in Brazil. With three major international events to take place in the country over the next four years – the upcoming Rio+20 Summit in June, the 2014 World Cup and the 2016 Summer Olympics – Brazil will be front and centre on the global stage. But South America’s economic giant is also generating buzz about its leadership on the sustainability stage.

The country has taken a positive turn to slow the rate of deforestation in the Amazon, with government statistics showing that forest loss is at a 23-year low. Emerging sustainability standards for biofuels, soy and beef hold considerable promise for making the production of Brazil’s major commodities and exports more sustainable. ISEAL’s recently launched project with SECO to increase the uptake of sustainability standards in emerging economies will draw on the domestic demand for sustainability in Brazil to further build awareness of how standards and certification can contribute to sustainable development.

In recent years cooperative efforts on the part of the construction industry and the Brazilian government have catapulted the country into a leader in green building. Earlier this month we sat down with Felipe Faria from Green Building Council Brasil to talk about the reasons behind this impressive growth. Felipe will be speaking on the Public Day of the ISEAL Conference in Bonn.

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Felipe, thank you for joining us. First, can you tell us a bit about Green Building Council Brasil and how it was founded?

Green Building Council (GBC) Brasil is a non-governmental organisation made up of over 500 member companies that aim to promote the advancement of sustainable construction. We do this through the dissemination of information, trainings and technologies that allow businesses to adopt green building practices and meet the requirements of LEED® Certification (Leadership in Energy & Environmental Design). GBC Brasil is one of twenty-four members of the World Green Building Council, which provides oversight and guidance to the national initiatives.

GBC Brasil was created in 2007 when a group of businesspeople and companies concerned about the environmental degradation caused by the domestic construction boom came together to drive a movement toward lower-impact practices.

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What are the environmental impacts of conventional construction in Brazil?

The construction sector in Brazil is responsible for 21% of treated water consumption, 44% of total electricity use and 20-25% of greenhouse gas emissions. But these impacts can often be easily reduced by simple green practices at the conception or design level. However, for decades there was little investment in these innovations. Builders lacked information about the true economic and environmental costs of building operation and opportunities for improving efficiency

Communication and short-termism have also been major issues. Engineers, builders and suppliers do not always talk to each other and have tended to think only in terms of immediate construction costs rather than consider the operational costs and resource needs over the life cycle of a building.

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Things certainly seem to be changing. With more than building projects registered as of April 2012, Brazil has jumped to fourth in world in rankings of the number of projects in the process of LEED certification. What is behind this phenomenal growth rate?

There are a number of reasons. Leadership from the private sector is certainly one element. The founding members of GBC Brazil are strong players in the construction industry and they have been appealing to the wider commercial sector and convincing them of the benefits of LEED certification. The market has shifted to the point where there is now a demand to prove efficiency and there is much more consideration of long-term costs and waste reduction.

Another important element is that the LEED standard for green building design (which was originally developed by the United States Green Building Council) is adapted to the Brazilian context by our technical committee of over 200 professionals. They have been able to take the LEED standard and integrate regional priorities relating to aspects such as solar panels, water use and waste.

One of the most important factors is the relationship we have developed with governments. This crystallised in large part due to the government’s acknowledgement that the construction sector is major contributor to climate change. GBC Brasil has been able to demonstrate the value of green building practices in meeting public policy objectives around climate change and stimulating the green economy.

Through projects with governments we have been able to show the efficiency, employment and environmental gains to be made from sustainable construction. For instance for every million dollars invested in a building retrofit, 10 new jobs are created. Green building also tends to benefit small and medium enterprises, increases market competitiveness and reduces investment risks.

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What are some of these projects that you have partnered on with government?

One of the most exciting projects is our work with the Brazilian Olympic Committee on the preparations for the 2016 Olympics. We were invited by the Secretary of Urban Planning help write the sustainability criteria for the construction of Olympic facilities. Along with our successful efforts to encourage designers of the 2014 World Cup stadiums to apply for LEED certification, we hope these will be platforms for dramatically scaling up green building.

We have also partnered with the Secretary of Housing in the state of São Paulo to create awareness in residential areas about the benefits of energy efficiency and to implement solar panels, natural ventilation and architectural changes in homes.

Our positive relationship with the Brazilian government also led it to legislate incentives and rewards for people and businesses that install green technologies, such as cool roofs that reduce the climate change effect.

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ISEAL is hoping that the upcoming Rio+20 Summit will deliver a strong commitment on sustainability that recognises the value of standards and certification. Does GBC Brasil have goals for the event?

We are also hoping to convince high-level policymakers to reference the sustainable construction sector and green building tools in the final documents. We also want to use the high profile of Rio+20 to create awareness about the benefits of green building and highlight the impressive examples we have here in Brazil.

To learn more about Felipe and the exciting list of speakers who are joining us in Bonn, click here.

To register for the Public Conferece (29-30 May), click here.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Professores do MBA em Construções Sustentáveis participam de treinamento sobre LEED GA em SP

No início deste mês de Abril 2012 tivemos mais uma turma do curso preparatório "Como se Tornar um LEED GA", ministrado por mim, em São Paulo.

Nesta ocasião, especialmente, tivemos entre os participantes do curso, além de mim, outros 5 professores do MBA em Construções Sustentáveis INBEC / UNICD / GBC Brasil.

Os colegas Profs. Eng. Eduardo Dantas, Arq. Rosa Pezzini, Arq. Tomaz Lotufo, Arq. Nelson Solano e Arq. Rita Buoro (na foto, da esquerda para a direita) participaram ativamente do curso, dando inclusive importantes contribuições durante as aulas, em suas especialidades, um verdadeiro privilégio para os demais participantes do curso.

Estamos seguros de que este curso contribuirá para que os colegas possam, com toda propriedade, dar em suas aulas no MBA em Construções Sustentáveis por todo o país, orientações adequadas às suas áreas do conhecimento, para aplicação dos diferentes conceitos e técnicas em processos de certificação ambiental de empreendimentos, o que por sua vez, será muito útil para os participantes do curso da pós-graduação.

Em outra turma do curso preparatório "Como se tornar um LEED AP", no Rio de Janeiro, na próxima semana, teremos mais outros professores do curso. Fico satisfeito em ter uma equipe de professores competentes e aplicados em nosso corpo docente na pós-graduação em Construções Sustentáveis.

Aproveito para acrescentar que este mês estamos abrindo novas turmas do MBA em Porto Alegre e Brasília e no próximo mês provavelmente em Florianópois e Ribeirão Preto. Mais informações e inscrições podem ser feitas pelo: http://www.inbec.com.br/.

Até breve,

Arq. Antonio Macêdo Filho
amacedo@ecobuilding.com.br

terça-feira, 13 de março de 2012

Programação de cursos EcoBuiding / GBC Brasil - Março 2012

Edifício do Grupo Abril recebe certificação LEED

Por Débora Spitzcovsky, publicado em Planeta Sustentável em 31/01/2012
Localizado na Marginal Pinheiros, o edifício que abriga a Editora Abril acaba de ganhar o selo LEED de edificação sustentável, na categoria EB®, que atesta a sustentabilidade de prédios já construídos. O edifício do Grupo Abril é o quarto do Brasil a ser certificado nessa categoria

O Grupo Abril está em clima de comemoração. Atento às questões que permeiam a sustentabilidade há mais de uma década - fique por dentro de todas as ações socioambientais que a empresa realiza no canal que ela mantém aqui, em nosso site -, o Grupo acaba de conquistar mais uma vitória na área: o prédio onde está localizada a Editora Abril, na Marginal Pinheiros, em São Paulo, ganhou o selo LEED - Leadership in Energy and Environmental Design de construção sustentável, concedido pelo USGBC - Conselho de Construção Sustentável dos EUA.

Construído em meados da década de 90, o prédio - onde, inclusive, está localizada a redação do Planeta Sustentável - foi certificado na categoria EB® - Existing Building, que atesta o compromisso de edificações já erguidas com a sustentabilidade. No Brasil, apenas outras três construções receberam o selo LEED nessa categoria.

Selo LEED de construção sustentável conquistado pelo edifício da Abril

Entre as conquistas do edifício - conhecido como NEA - Novo Edifício Abril, entre os funcionários do Grupo - no campo da sustentabilidade, que contribuíram para a certificação, estão:

- Ganhos em eficiência energética e redução do consumo de água, graças à instalação de equipamentos e sistemas apropriados e

- Gestão de resíduos sólidos, já que 95% dos materiais de consumo regular do prédio são descartados de forma ambientalmente correta - o que inclui a reciclagem de papel e plástico e a trituração das sobras dos alimentos preparados no edifício, que são destinados à compostagem.
Fábio Barbosa, presidente-executivo da Abril S.A, comemorou a conquista e atribuiu a certificação ao comprometimento de todos os funcionários do prédio com a questão. "A sustentabilidade tem que permear todas as atitudes de uma organização e a conquista da certificação LEED só foi possível graças ao esforço e conscientização de todos os funcionários do NEA", disse.

Com início em 2009, o processo de certificação do edifício da Editora Abril durou cerca de três anos e contou com a consultoria da Sustentax Engenharia de Sustentabilidade. Agora, a Abril pretende estender a certificação para os outros prédios do Grupo e, ainda, conquistar o Selo LEED Silver para o NEA, que é o selo concedido aos edifícios que dão continuidade aos procedimentos sustentáveis adotados.

Viver com sol

Por Lilian Primi, para Arquitetura & Construção - 02/2012, publicado em Planeta Sustentável

Nada melhor que reduzir o orçamento doméstico sem perder conforto e ainda preservar a natureza. Cada vez mais eficientes e acessíveis, os coletores solares geram calor e economizam energia elétrica e gás. Eles duram cerca de 15 anos e o investimento se paga em dois. Escolha o seu!

Que tal levantar a bandeira de defesa do meio ambiente e enxugar a conta de luz em 30%? Em média, essa é a redução de gastos com eletricidade nas residências equipadas com coletores solares. Limpa, gratuita e infinita, a energia térmica proveniente do Sol está afinada com a busca por sustentabilidade - uma das grandes questões contemporâneas. Até o final do primeiro semestre de 2011, o Brasil tinha mais de 6,6 milhões de m² de coletores instalados, capazes de gerar 4 mil mw - número equivalente a 30% da capacidade instalada da Usina de Itaipu.

No ano passado, o setor cresceu 21,1%. "O aumento nasceu com a onda verde, mas foi potencializado pelo apagão energético de 2001", explica Délcio Rodrigues, diretor do Instituto Ekos. A boa notícia é que esse fortalecimento do mercado alavancou o desenvolvimento tecnológico dos equipamentos. E o consumidor só tem a ganhar. "Os equipamentos high-tech são capazes de esquentar a água até 90 ºC. Isso permite reduzir o tamanho do reservatório e a área de coleta", assinala o engenheiro elétrico Douglas Messina, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).

Hoje, para muitos arquitetos, como Paula Sauer, de Campinas, SP, a criação de projetos com aquecimento solar já virou rotina. "Uso em 99% das construções", revela. "Na maioria das vezes, o pedido vem do próprio cliente." Comprar o modelo certo é uma tarefa simples, porém, prefira contar com a ajuda de um técnico especializado no assunto para dimensionar o número de coletores de acordo com o consumo de água da residência e a quantidade de pontos a receber o aquecimento - e para especificar as distâncias corretas entre todas as peças no telhado.

A mão de obra é disponibilizada pelos próprios fornecedores, que também se encarregam da manutenção. "Já dispomos de coletores de vários tipos e preços, com ótimo desempenho", diz Marcelo Mesquita, do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol), vinculado à Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Veja a seguir o que você precisa saber antes de comprar um deles - e eleja apenas os certificados.

O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO

No Brasil, existem 37 normas que incentivam o uso de aquecedores solares. Das 26 que já entraram em vigor, apenas duas esperam regulamentação. Boa parte delas, como a no 14 459, em vigor na cidade de São Paulo desde 2003, obriga a adoção do sistema nas novas edificações com mais de três banheiros. Algumas leis estaduais preveem também incentivos por meio de isenções fiscais. Além disso, existem 30 projetos em tramitação no país. O mais abrangente está sendo avaliado na Câmara dos Deputados e prevê deduções no imposto de renda que vão de 25 a 100% do investimento em equipamentos de aquecimento solar para pessoas físicas e jurídicas na compra de bens e serviços. No site da entidade Cidades Solares, ligada à Abrava, veja a lista das aprovadas ou em tramitação.

SISTEMA COM TERMOSSIFÃO

SISTEMA COM BOMBA E SISTEMA A VÁCUO


domingo, 26 de fevereiro de 2012

V Missão Técnica Green Buildings em Nova York 2012

Caros colegas,

Estão abertas as reservas para a quinta edição da Missão Técnica Green Buildings em Nova York, que este ano ocorrerá entre os dias 30 de Abril a 07 de Maio. Além de visitar a feira Green Buildings NY 2012, visitaremos, como nas edições anteriores, alguns dos maiores e primeiros edifícios sustentáveis do mundo, como também destacados escritórios e empresas do setor.
São experiencias de fato enriquecedoras.
Veja algumas imagens das missões anteriores aqui no blog, na coluna da direita, abaixo.
Aos interessados, recomendo entrar em contato com a ArqTours, que organiza o programa, com brevidade, para garantir vagas, pois são limitadas.
Até breve.
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

MBA em Construções Sustentáveis INBEC / UNICID / GBC Brasil chega ao interior de São Paulo

Caros,

Com satisfação, informo que nos próximos meses abriremos novas turmas do MBA em Construções Sustentáveis em Ribeirão Preto, Piracicaba e São José dos Campos, as primeiras turmas do curso fora de capitais brasileiras.

Para estas novas turmas, temos apoio da AEAARP - Ass. de Engenheiros e Arquitetos de Ribeirão Preto, AEASJC - Ass. de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos, e da ProPark Paisagismo e Ambiente, de Piracicaba. As matriculas estão abertas. Para reservar vagas, favor clicar na imagem que segue.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Visita ao BedZed - Missão Técnica EcoBuild Londres 2012

Caros,

Durante a III Missão Técnica EcoBuild Londres 2012, que ocorrerá em Março próximo, assim como nas edições anteriores, dentre as visitas que já estão confirmadas, visitaremos o BedZed, condomínio sustentável pioneiro e um dos maiores exemplos de sucesso no mundo, em se tratando de comunidades sustentáveis.

Na coluna da direita aqui do blog, postei alguns videos que eu mesmo fiz em ocasiões anteriores. Adiciono agora aqui um video de uma entrevista com Bill Dunster, da Zed Factory, a respeito do BedZed - Beddington Zero Energy Development:


Aos interessados, informo que ainda é possível aderir a esta III Missão Técnica EcoBuild Londres 2012. Para mais informações, entre em contato com a ArqTours, que organiza o programa: (11) 3073 1153 / 7874 3293 / raquel@arqtours.com.br.

Trarei notícias em postagens posteriores.

Até breve,

Antonio Macêdo Filho

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Rio de Janeiro desponta no mercado de Construções Sustentáveis e ganha MBA

Por Marianna Abdo, para o GBC Brasil

O GBC Brasil, organização que fomenta a indústria de construção sustentável no país, confirma o início de mais uma turma do MBA em Construções Sustentáveis no Rio de Janeiro. Com previsão de início em fevereiro, a iniciativa é resultado da parceria da organização com o Instituto Brasileiro de Educação Continuada (INBEC) e a Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).

Foto: Edifícios Ventura Towers, certificados LEED Gold

O Rio de Janeiro já desponta nesse mercado e demandará profissionais qualificados na área. Em 2011, a cidade registrou 31 empreendimentos no sistema de certificação LEED, um crescimento de 287% em relação ao ano passado. No total são 64 registros e seis empreendimentos que já conquistaram o selo. Com a aproximação dos eventos esportivos, essa demanda deve aumentar. “É um mercado em expansão que está exigindo profissionais com ferramentas específicas e conteúdo focado nos principais aspectos do planejamento, desenvolvimento de projetos, execução, operação e manutenção de empreendimentos sustentáveis", explica Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil, professor e coordenador dos cursos.

O objetivo do curso é capacitar os participantes em certificação ambiental e construção sustentável, oferecendo conhecimentos que permitam realizarem projetos e obras e tornarem-se consultores na área. Dessa forma, apresenta eficientes metodologias e tecnologias que os habilitam a projetar, gerenciar, avaliar, e operar edificações sustentáveis, alinhadas aos princípios de eficiência energética e de elevado desempenho ambiental, a fim de tornar a construção civil, uma ferramenta harmonizada com a sustentabilidade do planeta.

Com um corpo docente qualificado e de reconhecida competência no mercado, o programa tem duração de 440 horas e consolidou-se com grande credibilidade em mais de uma dezena de cidades onde foi realizado, obtendo sempre aprovação superior a 95% de satisfação dos participantes.

Sobre o Green Building Council Brasil:

O Green Building Council Brasil é uma organização não governamental, em operação desde 2007, que visa fomentar a indústria de construção sustentável no Brasil, por meio de sua atuação junto ao Governo e à sociedade civil e de atividades como: (i) capacitação técnica de profissionais, (ii) disseminação de informações, práticas e conhecimentos e (iii) promoção de processos de certificação, além de disseminar e apoiar as iniciativas do setor. Até 2011, mais de 33 mil profissionais passaram pelos cursos de formação, foram certificados 40 empreendimentos no país e outros 371 estão em análise. Site: www.gbcbrasil.org.br.

Sobre o Programa Nacional de Educação do GBC Brasil:

O Programa Nacional de Educação é um dos pilares do GBC Brasil e visa capacitar profissionais para a área de construções sustentáveis. O curso de MBA em Construções Sustentáveis está presente em nove capitais brasileiras, com 18 turmas em andamento e projeção de expansão para outras 11 cidades em 2012. O corpo docente tem elevada capacitação e experiência na área e o curso inclui disciplina preparatória para os exames de credenciamento LEED GA e LEED AP.
O Programa de Educação do GBC Brasil dissemina conhecimento também por meio de cursos de curta duração presenciais e online em outras 51 cidades. Mais de 33 mil profissionais já passaram pelo Programa que é avaliado com uma satisfação plena de 95%.

Marianna Abdo
GWA Comunicação Integrada
marianna@gwacom.com

Mais informações:
Sobre o MBA em Construções Sustentáveis:
http://www.inbec.com.br/
(21) 3005 9565

Sobre o Programa de Educação Continuada do GBCB:
http://www.ecobuilding.com.br/
(11) 2626 9575

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Hotéis: em busca da eficiência energética

Por Matheus Gagliano, para o Procel Info

Setor hoteleiro começa a colocar em prática projeto visando a redução do consumo de energia. Investimento no Pró-Hotéis está estimado em R$ 500 milhões.

Os hotéis têm um desafio para os próximos anos, quando o país receberá eventos importantes como a Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos de 2016 e o encontro de cúpula Rio+20, que está previsto para este ano. Trata-se de colocar em prática um plano de eficiência energética voltado para reduzir os custos de energia elétrica e possibilitar um consumo mais racional, uma vez que ela representa entre 15% e 30% dos custos dos hotéis.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi, sabe destas questões. Em vista disso, ele informou que a entidade está desenvolvendo o projeto Pró-Hotéis, que foi elaborado ao longo de um ano e que agora está em fase de apresentação aos hotéis espalhados pelo país. Segundo Fermi, “a eficiência energética é um foco importante e a ABIH tem contribuído para o desenvolvimento deste tema”.

“O custo de energia é o segundo item da pauta de gastos dos hotéis, ficando atrás apenas do custo com pessoal”, disse Enrico Fermi. O executivo completou que o Pró-Hotéis tem diversos parceiros como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o banco Santander e diversas empresas fabricantes de equipamentos para iluminação, entre outros.

Os investimentos iniciais na implantação do projeto são de R$ 500 milhões. O BNDES tem um financiamento para este projeto e a unidade hoteleira que se interessar em pegar um empréstimo no banco de fomento pode pagar em até 18 anos. Pousadas e hotéis de pequeno porte podem contrair o financiamento junto ao Santander. Pelo BNDES, os contratos têm juros de até 4% ao ano e carência de 18 meses.

De acordo com executivo, o programa consiste em fazer um diagnóstico da situação atual do hotel e então verificar as ações que deverão ser tomadas para colocar em prática um plano de consumo eficiente da energia e reduzir os gastos com a energia elétrica. Fermi também afirmou que atualmente o projeto está em fase de apresentação.

Para divulgar o projeto, a ABIH está desenvolvendo workshops em diversos estados do país. Segundo Fermi, já foram realizados encontros com as seções estaduais da ABIH no Tocantins e no Rio Grande do Sul. As datas de realização dos encontros para divulgação do projeto acontecem de acordo com os critérios de cada representação estadual, mas a ABIH nacional estuda montar um stand no Conotel deste ano para divulgar e tirar dúvidas dos hoteleiros interessados no projeto.

Pró-Hotéis consiste em fazer um diagnóstico da situação atual do hotel e então verificar as ações que deverão ser tomadas para colocar em prática um plano de consumo eficiente da energia e reduzir os gastos com a energia elétrica

Algumas das ações sugeridas pelo programa da ABIH é promover a troca de equipamentos, a instalação de tecnologias que permitem a adoção do consumo eficiente e a modificação de processos para levar a um consumo mais otimizado. Desenvolvido em parceria com as consultorias Ages e Atlas, o projeto pode proporcionar uma redução de até 50% nos gastos dos equipamentos hoteleiros com energia elétrica e água.

Entre as soluções encontradas para otimizar o consumo estão o aquecimento de água por meio da energia solar, instalação do chamado telhado verde, uso de águas pluviais, troca de escadas rolantes e elevadores por outras versões que sejam mais eficientes. Além disso, a ABIH mantém contato com as empresas fabricantes de materiais para sistemas de energia e água para facilitar a obtenção de materiais mais eficientes. Com isso, o orçamento para a modernização do hotel para um consumo mais eficiente pode chegar a ser até 40% mais barato.

Rio+20
Para este ano de 2012, o Rio de Janeiro será palco do encontro Rio+20, principal evento da cúpula mundial sobre os rumos do mundo no setor ambiental, que marca os 20 anos da Rio 92, realizado também na capital fluminense. Fermi disse que este também é um evento de grande importância para os hotéis brasileiros. Ele ressaltou que a entidade, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), está desenvolvendo outro tipo de projeto também voltado para eficiência energética.
De acordo com o executivo, este projeto é uma cartilha que mostra aos gerentes dos hotéis quais ações podem ser tomadas para garantir uma maior eficiência nos gastos com energia. Fermi disse que essa cartilha é uma iniciativa inédita na área hoteleira.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Última chamada MBA em Construções Sustentáveis - São Paulo e Rio de Janeiro


III Missão Técnica EcoBuilding Londres 2012 - Abertas as Reservas

Caros,

Feliz Ano Novo!
Estão abertas as reservas para a III Missão Técnica EcoBuilding Londres 2012.
Voltaremos à cidade olímpica deste ano, para mais uma vez visitar a feira EcoBuild, que a cada ano fica maior, e também conhecer de perto, em visitas técnicas, sempre com acompanhamento adequado, algumas obras, empreendimentos e escritórios que são referências mundiais em Arquitetura e Construção Sustentável. Veja algumas fotos de edições anteriores na coluna da direita aqui do blog.
As vagas são limitadas. Recomendo aos interessados que entrem em contato com a ArqTours (dados abaixo) para reservar seus lugares o quanto antes.
Até breve.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Arquitetos trazem a natureza à cidade por meio de jardins verticais

Por CicloVivo, reproduzido em Exame.com (com complementação de imagens)

São Paulo - Para lidar com a falta de vegetação em meio à cidade e ao crescimento urbano, arquitetos do mundo todo estão desenvolvendo projetos ambiciosos para trazer a floresta de volta, usando a tecnologia verde e colocando-as em estruturas verticais.

Projetos trazem a floresta de volta, usando a tecnologia verde e colocando plantas em estruturas verticais - Edifício Bosco Verticale, Milão

Há cem anos atrás, a resposta mais radical do mundo para a expansão da cidade moderna foi a construção de Letchworth, a primeira "Cidade Jardim" do mundo, em Hertfordshire, situada ao norte de Londres.

O criador do conceito de “Cidade-Jardim” foi Ebenezer Howard, que considerava Londres uma cidade poluída, lotada e um local desumano para se viver.

Ele imaginou uma comunidade utópica que poderia desfrutar o melhor da cidade e do campo: um jardim para cada casa e uma caminhada através de campos para os trabalhadores em direção a empregos nas fábricas. A ideia de “Cidade-Jardim” foi replicada em diversas localidades do mundo.

Na última década, porém, a ideia de Howard foi reinventada em conceitos pós-modernos para “cidades sustentáveis”, onde cada vez mais pessoas acreditam que acesso a um jardim é uma necessidade humana básica.

Para o escritório de arquitetura holandês MVRDV, a “Cidade-Jardim” de Howard já não pode ser uma resposta em um mundo com tantas pessoas.

Sua próxima ideia foi a provocativa Cidade dos Porcos, em 2001. Ele sugeriu que os porcos deveriam ser criados e abatidos em torres de vários andares. A empresa argumentou que os animais teriam uma vida melhor no alto do que no chão, e o campo seria liberado para as pessoas. Para eles a questão é a nossa relação com a comida, cidades e natureza.

Edifício Torre Huerta, Valência

A Torre Huerta, um projeto de habitação social de 96 apartamentos, em Valência, foi projetada também pelo escritório MVRDV, em parceria com o escritório MGAARQTOS, de Roterdã, Holanda.

Alguns dos 96 apartamentos terão uma varanda com árvores posicionadas de modo que ninguém ficará na sombra. Valencia costumava ser rodeada por pequenas lotes em que as famílias plantavam frutas e legumes, porém estes ambientes estão desaparecendo com a expansão da cidade para o campo. Esta foi a ideia dos arquitetos, transplantar esses locais em uma “colcha de retalhos” vertical.

Bosco Verticale - Milão, Itália

Stefano Boeri, arquiteto responsável pelo projeto Bosco Verticale - a primeira floresta vertical do mundo, em Milão, Itália, reconhece que existe um modelo alternativo de "arquitetura verde". O movimento "arquitetura viva" vai além da legislação vigente: trata-se de como as cidades devem se sentir.

Estas torres de Milão são possíveis por causa de uma nova colaboração entre arquitetos, engenheiros e botânicos. Ao mesmo tempo, este novo movimento é uma recuperação visionária da natureza, que desapareceu de nossas cidades.
Edifício Harmonia 57, São Paulo

O "edifício verde" do momento, no Brasil, é o Harmonia 57, um bloco de escritórios construído há três anos em São Paulo pela Triptyque, quatro arquitetos franco-brasileiros criaram a prática no Brasil. Suas paredes são construídas de concreto poroso, com silos para que as plantas cresçam na superfície, regadas pela neblina coletada em um engenhoso sistema de tubulações. "É um edifício que respira e transpira", dizem seus criadores.

O herói do movimento para dissolver as fronteiras entre arquitetura e natureza é Edouard François, que montou sua prática em Paris em 1998. Em um projeto inicial, ele encomendou uma "parede verde", sistema de fixação de plantas em paredes, que se tornou um revestimento de moda para hotéis boutique e centros comerciais.

Joseph Williams, um arquiteto recém-formado, propôs em seu projeto de graduação, um conjunto de habitações no leste de Londres que seriam construídas com uma treliça externa de seis andares. A intenção é filtrar o ar e o ruído, mas também criar um "descolamento psicológico da selva de concreto".

Vivemos em uma época em que as fronteiras entre ambientes internos e externos, a arquitetura e a natureza estão se dissolvendo. Como o naturalista John Muir escreveu: "Eu só saí para uma caminhada, e finalmente resolvi ficar fora até o pôr do sol, quando sai, eu encontrei o que realmente estava acontecendo".

Bairro solar na Alemanha produz quatro vezes mais energia do que consome

Por Mayra Rosa para CicloVivo, publicaodo em 20/12/2011

O bairro solar Schlierberg, em Friburgo, Alemanha, é capaz de produzir quatro vezes mais energia do que consome, provando que uma construção ecológica pode ser muito lucrativa.


O bairro é autossuficiente em energia e atinge isso através do seu projeto de energia solar, que utiliza painéis fotovoltaicos dispostos na direção correta. Parece uma estratégia simples mas, geralmente, os projetistas pensam nas instalações solares tardiamente, e dessa forma os painéis perdem parte de sua eficiência.

A vila, projetada pelo arquiteto alemão Rolf Disch, enfatiza a construção de casas e vilas que planejam as instalações solares desde o início do projeto, incorporando inteligentemente uma série de grandes painéis solares sobre os telhados. Os edifícios também foram construídos dentro das normas de arquitetura passiva, o que o permite produzir quatro vezes a quantidade de energia que consome.

O condomínio, com cerca de 11 mil m2, possui densidade média, tamanho balanceado, acessibilidade, espaços verdes e exposição solar.


Ao todo são 59 residências e um grande edifício comercial, chamado Solar Ship, que criam uma região habitável com o menor impacto ambiental possível. Nove das residências são apartamentos localizados na cobertura do edifício comercial. As residências multifamiliares possuem entre 75 e 162 m2.

Todas as casas são de madeira e construídas apenas com materiais de construção ecológicos. O conceito de cores foi desenvolvido por um artista de Berlim, Erich Wiesner.

As casas têm grande acesso ao aquecimento solar passivo e utilizam a luminosidade natural. Cada casa possui uma cobertura simples, com beirais largos, que permitem a presença do sol durante o inverno e
protegem as casas durante o verão. Tecnologias avançadas como o isolamento a vácuo, aumentam o desempenho térmico do sistema da construção.

As coberturas possuem sistemas de captação de água da chuva. A água é utilizada na irrigação de jardins e nas descargas de vasos sanitários. Os edifícios também utilizam lascas de madeiras para o aquecimento no inverno, diminuindo ainda mais o impacto no ambiente.

As instalações permanecem livres de carros, graças à garagem abaixo do edifício comercial, onde é organizado um sistema de compartilhamento de automóveis.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Novas Turmas MBA em Construções Sustentáveis em São Paulo e Ribeirão Preto

Caros,

Com satisfação informo que restam agora poucas vagas disponíveis para a 3a turma do MBA em Construções Sustentáveis em São Paulo, para 20 de Janeiro de 2012.
Além desta,  novas turmas estão prevista para serem abertas também no início de 2012 em Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e outras cidades.
Para mais informações e inscrições, favor acessar: www.inbec.com.br/mba_constru_sus.php



domingo, 11 de dezembro de 2011

Califórnia quer todas as casas novas com eficiência energética até 2020

Por CicloVivo, publicado em Exame.com, em 30/08/2011

Práticas sustentáveis incluem uso de materiais ecológicos, sistemas de aquecimento e refrigeração a partir de energia alternativa e reciclagem

Projeto de casa "verde" do escritório C.F. Møller Architects - Divulgação/C.F. Møller Architects


São Paulo - Habitação sustentável vem em todas as formas e tamanhos e, em 2020, o estado da Califórnia espera que todos os seus novos projetos habitacionais sejam beneficiados dentro do conceito de consumo zero de energia. Práticas sustentáveis incluem materiais, aquecimento e sistemas de refrigeração, captação de energia, reciclagem, técnicas de construção e muitos outros sistemas e tecnologias que estão se desenvolvendo diariamente.

Com tanta inovação contínua, a meta da Califórnia é fazer todas as novas habitações com eficiência energética. Enquanto muitos concordam que isso, de fato, é a abordagem mais responsável e inteligente para nosso crescente consumo energético, incorporadoras e construtoras estão divididas sobre os obstáculos potenciais financeiros que surgem a partir de tal objetivo.

Os grupos responsáveis ​​por estabelecer este objetivo no estado americano são a Comissão de Energia e a Comissão de Utilidades Públicas da Califórnia (PUC, sigla em inglês), que recebem autoridade para preparar tal objetivo sob o Ato de Soluções para o Aquecimento Global, mais conhecido como AB32, que exige que o Estado reduza suas emissões de gases de efeito estufa até 2020.

Jeanne Clinton, criadora do plano e gerente da filial da divisão de energia na PUC, disse que é importante tornar as metas conhecidas no mercado para se certificar de que todos estão fazendo sua parte. Panama Bartholomy, vice-diretor para a eficiência e energias renováveis ​​da Comissão de Energia, observa que esta estratégia de fazer construtoras de moradias e proprietários, individualmente responsáveis é mais econômica do que construir novas infraestruturas para acomodar as necessidades energéticas crescentes.

Para alcançar esse objetivo serão exigidos a cooperação entre várias agências que podem requerer mandatos federais e estaduais, incentivos, subsídios e financiamentos feitos pela agência de investigação.

A Comissão de Energia da Califórnia apresenta um novo conjunto de padrões a cada três anos, então, presumivelmente, em 2020, será determinado um mandato de consumo zero de energia. Ao longo dos próximos nove anos, construtores e compradores serão capazes de transitar entre as novas exigências e as despesas iniciais.

As construtoras também estão esperançosas de que até lá, os preços das casas terão baixado o suficiente para cobrir as despesas iniciais adicionais da construção de casas com eficiência energética. O que os empreiteiros estimam é um adicional de US$ 25 mil a US$ 50 mil. Com isto em mente, apesar da adaptação das casas já construídas ser mais difícil, casas novas têm a chance de reunir, no futuro, diretrizes de energia que prometem produzir tecnológica e esteticamente uma arquitetura inovadora em um futuro próximo.

Um clássico da arquitetura sustentável: Centro cultural em ilha do Pacífico, de Renzo Piano

Por Mayra Rosa, de CicloVivo, publicado em Exame.com, em 29/11/2011

O Centro está localizado em uma faixa estreita de terra, cercada por água. Dez pavilhões foram projetados inspirados nas formas das cabanas tradicionais da cultura Kanak

As “cabanas”, que variam entre 20 e 28 metros, foram assimetricamente situadas ao longo de um caminho principal


São Paulo - O Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou foi inteiramente planejado com base na cultura Kanak, um tribo da região de Nouméa, na ilha de Nova Caledônia, no Pacífico Sul. Projetado pelo famoso arquiteto italiano, Renzo Piano, a obra é considerada uma das pioneiras da arquitetura sustentável, pois carrega aspectos econômicos, socioculturais e ambientais.

Construído para homenagear Jean-Marie Tjibaou, um líder assassinado da cultura Kanak, o arquiteto utilizou estratégias eficientes de construção sustentáveis para manter os pavilhões frescos e integrá-los à natureza. A obra teve seu início em 1991 e foi terminada somente em 1998.

O Centro está localizado em uma faixa estreita de terra, cercada por água. Dez pavilhões foram projetados inspirados nas formas das cabanas tradicionais da cultura Kanak. As “cabanas”, que variam entre 20 e 28 metros, foram assimetricamente situadas ao longo de um caminho principal.

Organizados em grupos de vilas temáticas, os pavilhões são envoltos por vegetação, expressando a relação milenar dos Kanaks com a natureza.

Os edifícios abrigam instalações culturais como galerias para exposições, bibliotecas, auditórios, um anfiteatro e estúdios para atividades tradicionais, de música, dança, pintura e escultura.

As cabanas foram feitas com a madeira iroko, tradicional da região, combinadas com estrutura de aço e fechamentos em vidro. A arquitetura respeita as construções tradicionais e utiliza métodos sofisticados de engenharia. Este contraste é a expressão essencial do desafio do projeto: o de prestar homenagem a uma cultura com suas tradições, sem cair em uma paródia do mesmo.

Piano utilizou estratégias eficientes para manter os pavilhões frescos. Cada pavilhão possui uma parede curva, que consiste de um sistema de persianas móveis, uma parede de madeira laminada e uma parede adicional de bambu, que filtra a luz. As persianas móveis são operáveis e permitem que o vento entre e o ar quente escape.

Os pavilhões também possuem claraboias operáveis na cobertura e uma tela de madeira laminada que facilita a ventilação natural, permitindo que o vento, que é constante na região, empurre o ar quente de dentro do edifício, para fora, melhorando assim a ventilação natural e descartando a necessidade do uso de ar condicionado.

O centro também possui departamento administrativo e áreas de pesquisa, que ficam alojados em uma segunda série de cabanas.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Estádio Nacional de Brasília quer ser um dos mais sustentáveis do mundo

A cidade de Brasília, que abrigará importantes jogos da Copa de 2014, pretende transformar o estádio Mané Garrincha em uma das arenas de futebol mais sustentáveis do mundo. O estádio terá capacidade projetada para 70 mil pessoas e pleiteia a certificação Leed Platinum, selo máximo da construção ecologicamente correta fornecido pelo instituto americano U.S. Green Building Council (GBC).


Para obtê-lo, a obra tem de atingir no mínimo 80 pontos de um total de cem. São avaliados o consumo de energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou reciclados na construção e no mobiliário, a localização do empreendimento e a baixa produção de resíduos, entre outros itens.

Outros oito estádios brasileiros almejam a certificação básica do Leed e para isso precisarão cumprir mínimos 50 pontos o selo é condição para receber financiamento do BNDES, que possui uma linha de créditos especial para ecoarenas. Seguir com rigor os padrões tem seu preço: a construção fica até 5% mais cara.

O estádio terá capacidade projetada para 70 mil pessoas

Em compensação os custos com manutenção e operação caem drasticamente, diz Vicente Castro Mello, sócio da Castro Mello Arquitetos, escritório responsável pelo projeto brasiliense. Segundo cálculos da firma, a economia de operação do novo Mané Garrincha poderá chegar aos sete milhões de reais por ano.

Especializado em arquitetura esportiva, ele foi um dos idealizadores, ao lado do economista americano Ian McKee, do Projeto Copa Verde. "A ideia central é usar este megaevento esportivo para transformar a cidade, criando um legado sustentável", afirma. "O estádio deve servir para múltiplos usos, além das partidas de futebol. Queremos que ele seja a melhor arena para shows da América Latina", diz.

Orçada em 671 milhões de reais, o estádio deverá passar por uma rígida auditoria do GBC, que vai avaliar se ele está realmente apto a levar o certificado Platinum.

As chances do estádio conseguir o selo máximo são altas, mas é necessária precisão na execução das obras, avalia Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil, braço nacional do instituto americano. A vantagem é que a sustentabilidade é parte integrante da concepção do projeto de Brasília, o que torna o objetivo mais fácil de ser alcançado.

Design integrado à cidade

Brasília tem uma arquitetura marcante, tombada pelo patrimônio histórico. Uma das características que mais saltam aos olhos são as colunas sempre posicionadas à frente dos palácios, como no Supremo Tribunal Federal, no Palácio do Planalto e no Itamarati. Respeitando esse desenho, o escritório de arquitetura bolou um estádio com colunas que garantem 30% de sombra, como se fosse um chapéu.
Longe de mero efeito figurativo, a fachada foi pensada a partir de uma análise bioclimática da construção. Durante um ano inteiro, 26% do tempo, um ser humano se sente bem dentro de uma edificação comum de Brasília, sem precisar recorrer ao ar condicionado ou aquecedores. Em outros 30% de tempo, é preciso proteção nas janelas, para garantir zona e conforto, sem gastar com aparelhos.

Uma Copa para fazer a pé ou de bike

Com o aeroporto a 15 minutos do estádio, o projeto prevê um sistema de transporte interligado e eficiente. O plano é ter um BRT com ônibus ecológicos, de combustível híbrido e um programa público de aluguel de bicicletas, com a criação de 600km de ciclovias. "Vai ser possível ir pedalando de bike do aeroporto para o estádio", diz Vicente.

Ou ainda fazer a pé o caminho entre o estádio e o hotel, já que a rede hoteleira se concentrará em um raio máximo de 3km do centro esportivo. No meio do caminho, há museus, teatros, hospitais e uma rodoviária. A acessibilidade é outra questão importante para um estádio verde. Além de elevadores, rampas facilitarão o acesso de pessoas com deficiência ou cadeirantes a vários níveis da arena.
Iluminação eficiente e renovável

O estádio de Brasília terá uma megaestrutura de painéis solares capaz de gerar 2,54 MW, o equivalente à demanda energética de 1,4 mil residências por dia. Na maior parte do tempo, ele será autossuficiente em energia, e o excedente será repassado para rede ou vendido.

Em dias de jogos, quando houver pico, o estádio terá capacidade de prover 50% da energia, a outra metade virá da concessionária que recebeu anteriormente o excedente. Todo o sistema de iluminação da arena será em LED. E com uma disposição eficiente das luzes no campo é possível reduzir em até 18% o consumo de energia.

Paisagismo local

O projeto conta com aproximadamente 230 mil metros quadrados de áreas verdes. A vegetação será de espécimes nativas do cerrado de Brasília para reduzir a necessidade do consumo excessivo de água na irrigação e manutenção. O paisagismo terá piso drenante e refletivo, que não absorve calor.

Uso inteligente de água

O projeto prevê um sistema de captação de água da chuva, que será filtrada para abastecer toda a demanda do estádio. Nos banheiros masculinos, serão usados mictórios que dispensam água. Utilizado em larga escala nos EUA, o sistema usa um óleo vegetal: no acionar da descarga, o óleo sobe e a urina desce por gravidade para a rede de coleta de esgoto. Segundo Vicente, essa tecnologia tem apelo financeiro porque, além da economia de água, dispensa instalações necessárias para um banheiro com descarga tradicional.

Cobertura que captura CO2

Esta é talvez uma das soluções mais high tech do estádio. A cobertura será feita de uma membrana branca que reflete o calor e tem dióxido de titânio em sua composição. Este elemento, em contato com a umidade do ar e as gotas da chuva, se comporta como se fosse um teflon (revestimento de panela) - nele sujeira não gruda nem se acumula.

Mais, a reação química entre as moléculas de água e o CO2 da atmosfera na presença do dióxido de titânio gera CO3, nitrogênio. "É como se essa membrana fizesse uma espécie de fotossíntese, retirando o gás carbônico da atmosfera", conta Vicente.

As informações são do Green Building Council Brasil.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Na onda dos prédios verdes - Entenda o que é um edifício ecologicamente correto e saiba por que o Rio tem investido neles

Por Daniela Pessoa, para Veja Rio, 20 de Novembro de 2011

Edifício Cidade Nova, no Centro do Rio: primeiro prédio do Brasil a ganhar certificação verde

Seguindo padrões de construção sustentável, os edifícios verdes estão conquistando os cariocas. O ator Bruno Gagliasso é um dos que investiu na causa. O novo lar do galã, que está sendo construído em São Conrado com piscina aquecida naturalmente e teto que favorece a iluminação natural, tem o projeto sustentável assinado pelo arquiteto Marcio Kogan. Até agora, no entanto, o grande filão do mercado verde tem sido os empreendimentos comerciais. O primeiro do Brasil a ganhar certificação verde é carioca, o Edifício Cidade Nova (Rua Ulisses Guimarães, 565). Nos próximos dois anos, quase metade dos lançamentos corporativos na cidade (40,8%) será de prédios ecológicos, de acordo com estudo da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Mais do que uma jogada de marketing das construtoras para valorizar os imóveis, que acabam saindo entre 2% e 7% mais caros na compra ou aluguel, os prédios verdes ajudam, de fato, a preservar o meio ambiente. E os atrativos vão além.
Apesar de mais caros, os edifícios sustentáveis garantem, a longo prazo, economia de até 30% na conta de luz e 50% na de água. Isso porque, para ser considerado verde, um empreendimento precisa adotar conceitos de sustentabilidade como reaproveitamento de energia e água. "Além de reduzir os custos de operação e manutenção, ter uma sede verde implica em outros benefícios como valorização da imagem corporativa e melhora da produtividade no ambiente de trabalho", afirma Diana Csillag, diretora do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS).


Prédios verdes: proteção do meio ambiente e economia a longo prazo
Portanto, não se trata apenas de instituir coleta seletiva ou oferecer um amplo jardim arborizado. São necessárias estratégias e soluções de engenharia e arquitetura bem planejadas e definidas que reduzam os impactos ambientais gerados pelo edifício durante sua construção e durante todo o período em que estiver ocupado. A questão é complexa. Não à toa, existem selos que certificam as obras verdes, garantindo sua legitimidade. O AQUA (Alta Qualidade Ambiental), que tem como base o sistema francês HQE, é um deles, concedido pela Fundação Vanzolini.

O mais conhecido, porém, é o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), do Green Building Council (GBC), órgão responsável pela concessão do certificado. Criado em 1999 nos Estados Unidos, o selo pode chegar a custar 50 000 reais. Hoje, o Brasil é o quarto país no ranking mundial de empreendimentos buscando o LEED, com 384 registrados, atrás apenas de Estados Unidos, Emirados Árabes e China. No Rio, seis edifícios já têm o certificado e 51 estão em fase de análise. Os grandes eventos esportivos - Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 - vão impulsionar ainda mais o avanço dos edifícios verdes no Rio. O GBC Brasil já firmou inclusive um protocolo com o Comitê Olímpico Brasileiro para que as obras que servirão aos jogos sejam todas certificadas.

Durante o processo de certificação LEED são avaliados inúmeros fatores com base em sete critérios principais. Adapte-os para o seu lar, tornando-o eco friendly também.

1 - Escolha do terreno. De acordo com o engenheiro Marcos Casado, gerente-técnico do GBS Brasil, para ser verde um edifício precisa ocupar um espaço sustentável, ou seja, a escolha do terreno deve levar em conta o menor impacto durante a construção, bem como a proximidade à rede de transportes públicos e serviços. Dessa forma, evita-se o uso do carro, altamente poluente, e estimula-se a locomoção a pé e através de ônibus ou metrô, por exemplo. Este critério também diz respeito a recursos que amenizem o efeito da ilha de calor. "A temperatura na cidade, em meio ao concreto e ao asfalto, é em média 8 ºC superior em relação à de áreas arborizadas", explica Casado. Por isso, é importante apostar em telhados verdes, com jardim, uma vez que a vegetação, além de promover a biodiversidade, ajuda a amenizar a temperatura do prédio. Outra opção é o telhado com cobertura clara, que reflete a luz ajudando a bloquear o calor e, consequentemente, reduzindo o uso do ar condicionado.


Colégio Estadual Erich Walter Heine, em Santa Cruz, e seu telhado verde: primeira escola totalmente sustentável da América Latina
2 - Uso racional da água. Para reduzir ao máximo o consumo, devem ser usados aparelhos economizadores como torneira eletrônica, mictório a seco, válvulas de descarga dual flush ou até mesmo vaso sanitário a vácuo. "O sistema dual flush permite usar metade da vazão de água de uma descarga convencional", explica o engenheiro civil Raphael Costa, da SIG Engenharia. Nas áreas verdes do prédio, as plantas devem ser adaptadas às altas temperaturas. Dessa forma, necessitam de pouca rega. E o sistema de irrigação, por sua vez, deve ser automático. Outro recurso importante é o reaproveitamento da água não potável. A da chuva ou a do esgoto tratado, por exemplo, deve ser captada para ser usada vasos sanitários ou na lavagem de pisos, por exemplo.

3 - Eficiência energética. O aproveitamento da luz e da ventilação naturais para iluminar e deixar os ambientes mais frescos ajuda a reduzir o consumo de energia. Equipamentos de ar condicionado e outros eletro-eletrônicos devem ter o selo Procel, que garante os melhores níveis de eficiência energética. O Rio Office Tower (Avenida Presidente Vargas, 1001), que aguarda o selo LEED Gold, tem ainda sistema de ar condicionado com sensor de CO2. "Os aparelhos só promovem a troca de ar quando o nível de gás carbônico está alto de acordo com o padrão da ANVISA, o que ajuda a poupar energia", explica o engenheiro cível Raphael Costa, da SIG Engenharia, responsável pela obra em questão. Já as lâmpadas dos prédios verdes são frias, pois são as que apresentam melhor compensação energética. As LED, por exemplo, consomem 26 watts cada contra os 32 watts da tradicional. Edifícios ecologicamente corretos investem também em fontes de energia renováveis, como eólica e fotovoltaica. Há ainda a opção de comprá-la do Aterro de Gramacho, que produz energia a partir do lixo, ou de pequenas hidrelétricas, que causam menor impacto ambiental.

Rio Office Tower: ambientes de cores caras, que refletem a luz e dispersam o calor, e lâmpadas T5, frias, que consomem menos energia

4 - Qualidade ambiental interna. Um prédio verde deve oferecer conforto e bem-estar aos ocupantes, o que, no caso dos empreendimentos comerciais, implica em aumento da produtividade dos funcionários. Janelas com paisagem e produtos como tinta, cola e verniz sem cheiro, por exemplo, contribuem para a saúde das pessoas, tanto física quanto mental. Não à toa, um edifício verde prioriza aspectos como a vista, boa iluminação natural e produtos sem teor de compostos orgânicos voláteis, que deixam cheiro forte. O controle de qualidade do ar através de filtros de ar condicionado, por exemplo, também é um ponto importante.

5 - Materiais e recursos. O selo LEED também avalia a matéria-prima utilizada na construção. A madeira certificada, a de reflorestamento ou a de ciclo vegetativo rápido, como bambu e eucalipto, são bons exemplos de material sustentável, bem como as tintas ecológicas à base d’água, como as epóxi, com baixo teor de química e sem cheiro. O Edifício Cidade Nova, um empreendimento da Bracor e da Ruy Rezende Arquitetura, tem também vidros insulados na fachada, um sistema de duplo envidraçamento que permite aproveitar ao máximo a luz natural com bloqueio do calor. Já o carpete do Rio Office Tower foi confeccionado com 80% de material reciclado, e sua cola especial não agride o meio ambiente.

Além disso, costumam ser adotados nas obras verdes critérios de seleção de materiais pela distância de fabricação, evitando-se fornecedores de longe, que queimariam combustível por mais tempo nas estradas. A gestão de resíduos da obra também é essencial, ou seja, é preciso cuidar para que o lixo produzido durante a construção do prédio verde não sobrecarregue os aterros sanitários. Uma opção é o encaminhamento de resíduos recicláveis a empresas de reciclagem - 97% do entulho do Rio Office Tower teve esse destino.

Ventura Corporate Towers (prédio com duas torres, ao centro): edifícios verdes também priorizam aspectos como a vista

6 - Inovações e tecnologias. As construtoras e os escritórios de engenharia devem também ser criativos se quiserem conquistar o selo verde com pontos adicionais (não à toa existe o LEED Prata, o Gold e o Premium). No escritório do próprio GBC Brasil, em São Paulo, há, por exemplo, um moderno sistema de descontaminação do ar. Revitalizar parques no entorno do prédio, ao invés de concentrar esforços apenas na própria obra, também é uma atitude sustentável extra bem avaliada no LEED.

7 - Créditos regionais. Diz respeito a adaptações que estimulem mudanças culturais de comportamento. É o caso, por exemplo, do prédio comercial Ventura Corporate Towers, construído pela incorporadora norte-americana Tishman Speyer e pela Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. Detentor do selo LEED Gold, o prédio disponibiliza vagas preferenciais para carros a álcool ou gás natural, desestimulando o uso da gasolina. Elas ficam estrategicamente mais próximas aos acessos principais do edifício, ocupado por escritórios do BNDES e da Petrobras. A estratégia é a mesma no Edifício Cidade Nova, que também dispõe de vagas reservadas aos veículos de baixa emissão de poluentes.

Comentários:

Caros, aproveito para informar que estão abertas as matrículas para o MBA em Construções Sustentáveis INBEC / UNICID / GBC Brasil no Rio de Janeiro, curso de maior sucesso no país na área, com início previsto para Fevereiro 2012.

Mais informações e inscrições em: http://inbec.com.br/mba_constru_sus.php  / (21) 3005 9565 ou 7880 0725.


Fico também à disposição para esclarecimentos.

Arq. Antonio Macêdo Filho

amacedo@ecobuilding.com.br

Concurso busca jovens arquitetos para projeto de hotel sustentável no Estado de São Paulo

Por Maurício Lima, para PiniWeb
Vencedor da competição fará projeto final em parceria com o arquiteto Siegbert Zanettini

Até o dia 8 de dezembro, jovens arquitetos podem se inscrever no concurso "Um Hotel Sustentável para uma Copa Verde", realizado pelo Projeto Aliah, em parceria com o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), que selecionará um projeto para a construção de um hotel sustentável. O vencedor elaborará o projeto final junto com o arquiteto Siegbert Zanettini e sua equipe.

Esse hotel, que busca também suprir a demanda hoteleira por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, será construído em Bragança Paulista, a 88 km de São Paulo. Após ser realizado em São Paulo, o concurso deverá ir para outras cidades-sede da Copa, começando pelo Rio de Janeiro, que também sediará as Olimpíadas.

As inscrições devem ser realizadas pelo site do projeto, sob pagamento de taxa de R$ 120. Podem participar arquitetos habilitados no Estado de São Paulo formado há no máximo cinco anos. Após a confirmação da inscrição no site e o pagamento da taxa, o participante terá até o dia 9 de janeiro de 2012 para enviar o projeto pelos Correios, conforme instruções que estão na área restrita do site, com acesso liberado aos inscritos.

"A iniciativa é valida para estimular nos jovens arquitetos a preocupação em projetar empreendimentos verdes e, desta forma, ingressar neste novo mercado da construção civil sustentável. Mesmo porque as novas diretrizes nacionais e mundiais buscam profissionais com estas qualificações e este será um grande diferencial para a Copa do Mundo e Olimpíadas no País", destaca Marcos Casado, Gerente Técnico LEED do GBC Brasil.

O vencedor receberá também R$ 12 mil, enquanto os segundo, terceiro e quarto colocados ganharão R$ 5 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil. O evento de premiação acontecerá no dia 26 de janeiro de 2012.

Arquitetos projetam hotel sustentável em pedreira abandonada

Publicado por CicloVivo.com.br e reproduzido em Exame.com

Cachoeiras, aquários debaixo d'água e áreas verdes serão integrados no design para combinar com a cobertura existente da pedreira


A água terá um papel importante no design, com destaque a muitas áreas ao redor do hotel


São Paulo - O escritório de arquitetura Atkins ganhou uma competição internacional de design em 2006 ao criar um hotel-resort sustentável, cinco estrelas no distrito de Songjiang, próximo a Xangai, China.


Este hotel de luxo, com quartos debaixo d'água e cachoeiras indoor, está situado a cem metros de profundidade em uma pedreira abandonada.

A água terá um papel importante no design, com destaque a muitas áreas ao redor do hotel. Cachoeiras, aquários debaixo d'água e áreas verdes serão integrados no design para combinar com a cobertura existente da pedreira.

O hotel estende-se a algumas paisagens naturais sobre si mesmo, cobrindo-o do teto ao nível do solo, com terra e vegetação. O telhado verde também mantém o hotel fresco no verão e quente no inverno.

A pedreira foi escavada muito profundamente o que facilitará o aproveitamento da energia geotérmica do local, barateando o custo e reduzindo os gastos energéticos. Não se sabe sobre exatamente quanto de sua energia será gerada desta forma, mas poderia fornecer todas as necessidades de aquecimento e eletricidade do hotel. A pedreira também irá fornecer uma boa fonte de controle de calor e abrigo contra o meio ambiente.

O corpo central da construção receberá luz natural, que utiliza as rochas existentes com suas cachoeiras e vegetação. Dois níveis subaquáticos abrigarão um restaurante, quartos e um centro de conferências, com capacidade para mil pessoas, de frente para um aquário de dez metros de profundidade.

O nível mais baixo do hotel contará com um complexo de lazer com piscina e áreas exclusivas para outros esportes aquáticos. Um centro de esportes radicais para atividades como escalada e bungee jumping será instalado sobre a pedreira e acessado por elevadores especiais a partir do nível de água do hotel.

O desenho do edifício foi feito para refletir a paisagem natural da pedreira. "Nós desenhamos nossa inspiração a partir da pedreira adotando a imagem de uma colina verde caindo sob a rocha natural, como uma série de terraços ajardinados. No centro, criamos uma 'cascata' transparente no átrio de circulação central vertical, ligando a base da pedreira com o nível do solo, replicando uma cachoeira natural na pedreira existente", disse Jochman Martin, que liderou a equipe do projeto.


Fazer uso de um local já impactado como este é fundamental na construção em áreas ecologicamente sensíveis. O reuso significa que o impacto ambiental será menor.

O hotel é parte integrante do projeto de uma nova cidade nos arredores de Xangai, para 500 mil pessoas, chamado Songjiang Garden City. “Nossa tarefa era interpretar e modificar o plano diretor e preparar projetos físicos para toda a cidade, com especial atenção à zona empresarial central e três distritos de habitação.”

Isto envolveu o desenvolvimento de um plano diretor conceitual utilizando a filosofia e princípios de design sustentável. Como parte do plano diretor foi desenvolvida uma hierarquia espacial global aberta.

“Propusemos um conceito de cidade sustentável, onde apenas os edifícios do distrito central de negócios são superiores a quatro andares de altura. Uma rica mistura de layouts formais e informais - dentro do distrito, e centros locais formam o coração de uma série de comunidades identificáveis. A paisagem existente é atada com cursos d’água e plantações de arroz. O layout baseia estas qualidades naturais para criar uma identidade única, utilizando parques lineares e um grande parque central para delinear as formas do plano diretor".

O hotel resort ajudará a atender à crescente demanda do distrito e oferecerá um atrativo adicional para este bairro único.

O projeto foi o resultado da colaboração entre as equipes do Atkins em Bristol e Xangai. Foi liderada por Martin Jochman em Bristol e envolveu Paul Rice, Hu Yali, Ding Fang, Zhang Jian e Vivian Chen de Xangai.