Da Redação - Correio da Bahia, publicado em 24/11/2015
Economia gerada por um Sistema de Aquecimento Solar Térmico (SAS) pode chegar a 50%.
Economia gerada por um Sistema de Aquecimento Solar Térmico (SAS) pode chegar a 50%.
A luz do sol já mostrou que é capaz de ajudar a gerar economia de energia com a iluminação de ambientes, a partir do aproveitamento da iluminação natural por portas, janelas, vitrais etc. Mas também é possível economizar usando a luz solar para outros fins. O aquecimento de água, por meio da instalação de um Sistema de Aquecimento Solar Térmico (SAS), é um deles.
O princípio é simples: para que o sistema funcione, são instaladas placas metálicas no telhado das construções, também conhecidas como coletores solares, além de um reservatório térmico, chamado de Boiler. Na prática, as placas captam a radiação solar e transferem o calor para a água que circula dentro da tubulação de cobre do Boiler.
Dentro desse reservatório, a água é mantida aquecida, o que possibilita que ela seja usada posteriormente. Para que o reservatório seja mantido sempre cheio, ele é alimentado para água fria da caixa d’água do imóvel. Também é possível ter reservatórios de várias capacidades, indo de apenas 100 litros – o equivalente a cinco garrafões daqueles de água mineral – até cerca de 20 mil litros – o mesmo que 20 piscinas plásticas infantis cheias.
Segundo dados levantados pela Eletrobras, o chuveiro elétrico responde por 7% de toda a energia elétrica produzida no país, mas representa, em média, 40% de toda a energia consumida nas residências brasileiras. Utilizando o chuveiro elétrico, uma família e cinco pessoas no Brasil gasta cerca de 3.240 kWh por ano. Aquecendo a água com energia solar, o consumo cai para 2.400 kWh/ano.De acordo com dados do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol), ligado à Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), cada metro quadrado de coletor solar instalado em determinado imóvel e usado durante um ano equivale a 56 metros quadrados de áreas inundadas para usinas hidrelétricas, 215 quilos de lenha, 66 litros de diesel e 55 quilos de gás.
A economia gerada pela instalação do SAS, segundo o Dasol, pode chegar a 50% na conta de energia elétrica. O investimento em um aquecedor compacto de 200 litros é de cerca de R$ 5 mil e, com a economia gerada, o retono vem em até 24 meses. Em compensação, o sistema tem uma vida útil de 15 a 20 anos, em média. Segundo a Abrava, este mesmo aquecedor gera uma economia de cerca de R$ 840 ao ano.
Outra vantagem do SAS é que a tecnologia é viável em todo o território brasileiro, por conta das condições climáticas. Isso também é possível porque, segundo informações publicadas pelo Atlas da Energia Solar, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), um aquecedor solar precisa de uma temperatura relativamente baixa – inferir a 100ºC – para aquecer a água.
Além do SAS, outra possibilidade, mais moderna, é o Sistema de Aquecimento Solar Híbrido, que não possui um sistema auxiliar, como o elétrico ou a gás. Ou seja, quando o dia não é quente o suficiente, o chuveiro elétrico liga a resistência. Já quando os raios solares estão mais fortes, a resistência do chuveiro é desligada, o que faz com que se gaste e polua menos do que nos sistemas convencionais.
Segundo simulação feita pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nacional, o uso de um aquecedor solar híbrido em uma residência no lugar do chuveiro elétrico gera um economia de 33 kWh por mês, o que significa uma queda de 19% no consumo médio mensal de energia elétrica.
Além de reduzir o valor da conta de energia, o aquecimento da água por meio de energia solar significa menos gastos com geração de energia elétrica e menos poluição, já que a emissão de gases poluentes, como o CO2, passa a ser menor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário