segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Construções eficientes: etiquetagem

Da Redação - Correio da Bahia, publicado em 29/10/2015

Selo Procel Edifica classifica prédios de acordo com o nível de eficiência energética; tabela vai de A a E e economia pode chegar a 30%


O Selo Procel é um indicativo de eficiência energética em eletrodomésticos já bastante conhecido e respeitado nacionalmente. Mas o que talvez você não saiba é que o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – o Procel – também atesta a eficiência de edificações. O Procel Edifica foi um programa instituído em 2003 pela Eletrobras e que hoje, somado ao Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) deu origem ao PBE Edifica.
Por que é importante que um prédio também seja eficiente? Um estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Eficiência Energética em Edificações (CB3E), afirma que um prédio público de nível A de eficiência consegue economizar até 30% de energia em relação ao mesmo prédio de nível D. No caso dos prédios, a eficiência também é medida por letras – que vão de A, sendo a mais eficiente, até E – a menos eficiente.
De acordo com o PBE, a partir desse tipo de etiquetagem é possível “informar o nível de eficiência energética das edificações, reduzir o consumo de energia, aprimorar o conforto térmico, incentivar as inovações tecnológicas eficientes e garantir edificações energeticamente mais eficientes”.
Hoje, o PBE Edifica faz a etiquetagem em prédios comerciais e de serviços, edificações públicas e construções residenciais, com itens diferentes a serem observados. No caso dos prédios comerciais, é avaliada a envoltória – que controla as condições ambientais dentro do edifício –, a iluminação e o condicionamento de ar. Já nas construções residenciais, a etiqueta também leva em consideração, além da envoltória e da iluminação, o sistema de aquecimento de água, de elevadores e até mesmo de bombas centrífugas.
Desde agosto de 2015, a etiquetagem passou a ser obrigatória em todos os prédios da administração pública direta federal, além de autarquias e fundações, como hospitais, postos de saúde, clínicas, escolas, museus e centros de pesquisa e edifícios administrativos.
A Instrução Normativa 2/2014, que estabeleceu a regra, diz que precisam ser etiquetados todos os prédios construídos ou adaptados com recursos públicos federais, com área construída superior a 500m². A partir da data da publicação da Instrução, todos os novos prédios públicos federais já deverão ser construídos de forma que se encaixem nos critérios de eficiência nível A.
Para quem quer obter a etiqueta em uma construção, é importante saber que a certificação acontece em dois momentos: na fase de projeto e após a construção do edifício, sendo que, depois de pronto, a avaliação precisa ser feita in loco. É neste momento que a etiqueta é emitida.
Para solicitar a etiqueta, é preciso contratar um Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) – cuja lista pode ser consultada no site do Instituto Brasileiro de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O custo do processo de varia em função da área construída.
No site do Inmetro também dá para conferir quais os prédios que já foram etiquetados e qual o nível de eficiência energética deles. Em Salvador, prédios como o Hotel Ibis Aeroporto Hangar, o Salvador Norte Shopping, a agência da Caixa Econômica Federal de Cajazeiras e o prédio da Petrobras, no Itaigara, já têm a etiqueta. Nos dados divulgados pelo Inmetro, ainda não há nenhuma edificação residencial na Bahia que tenha recebido a Etiqueta de Eficiência Energética.
Quando a edificação recebe a classificação A na envoltória, A na iluminação e A no ar condicionado, ela recebe o Selo Procel de edificações mais eficientes.
Meu comentário: Na EcoBuilding, trabalhamos com consultorias para etiquetagem de empreendimentos, com aplicação da etiqueta PBE Edifica e inclusive contamos com consultor local em Salvador, dentre outras capitais. Consulte-nos.

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