sexta-feira, 18 de maio de 2012

USP desenvolve casa que une sustentabilidade e eficiência energética

Por Leandro Amatti, para Portal Energia, publicado em 09 de Maio de 2012

O Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP está montando, desde o final de 2010, uma casa eficiente, sustentável e inovadora, que funciona exclusivamente com energia solar, térmica e fotovoltaica. O projeto intitulado “Ekó House“ é um protótipo que combina elementos de tecnologia high-tech com soluções tradicionais de arquitetura e engenharia.

“A casa tem aproximadamente 47 metros quadrados (m²). Ela conta com cozinha, sala de jantar, sala de estar, banheiro e quarto. O ambiente é projetado para dar flexibilidade de uso. Com persianas e móveis o ambiente é alterado, aumentando a área social ou a área íntima”, explicou a Agência USP de Notícias, a mestranda em arquitetura Bruna Mayer de Souza, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma das integrantes da iniciativa.

O conceito da habitação se inspira na diversidade e na pluralidade da cultura brasileira. Segundo os responsáveis, a herança indígena é tomada como ponto de partida, como matriz do mosaico cultural que mantém uma unidade na identidade nacional. Daí que vem o nome “Ekó″, original da língua Tupi-Guarani, que significa “viver” ou “modo de viver”.

A equipe responsável pelo projeto é chamada de “Team Brasil” e é formada por estudantes e docentes de diversas áreas como: Arquitetura e Urbanismo, Engenharias Civil, Mecânica, Elétrica, Sanitária e Ambiental, Automação e Sistemas, e outras áreas como Design e Marketing.

A ideia é uma proposta brasileira que está concorrendo ao Solar Decathlon Europe 2012, uma competição internacional na qual 20 equipes, representando universidades de todo o mundo, projetam, constroem e colocam em funcionamento uma casa sustentável e com eficiência energética.

Solar Decathlon Europe

O prêmio é dividido em dez categorias que avaliam as inovações da casa, como sua capacidade de geração e eficiência energética, conforto, qualidade espacial e construtiva, entre outras.

A construção da casa é realizada localmente e, depois, ela é transportada para a zona da competição em Madrid, na Espanha, onde as residências devem ser montadas em um prazo de dez dias – e lá permanecem em exposição para o público, por um período de 17 dias.

“A casa será levada para Madrid parcialmente desmontada, em containers. A estrutura é feita de peças de cumaru e placas de OSB (oriented stranded board) que formam painéis. Esses painéis são preenchidos com lã de vidro para isolamento térmico. Como revestimento, são usadas placas cimentícias, e entre os painéis e as placas também é utilizado aerogel, um material fibroso de alta eficiência no isolamento térmico. Os painéis já irão prontos para Madri, com todas as suas camadas instaladas, inclusive com canos e fios, para lá serem apenas encaixados”, explicou Bruna.

07/05/2012, http://www.ecodesenvolvimento.org.br/

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