Após alguns meses de preparativos diversos, realizamos com sucesso, na semana passada em São Paulo, a primeira etapa do Fórum EcoTech, maior evento sobre sustentabilidade na construção já realizado no Brasil, que ocorrerá também em outras importantes capitais do país.
Recebemos na sala do Teatro do Novotel Jaraguá, no centro da cidade, profissionais de todas as partes do Brasil e alguns do exterior, para participarem do evento. Durante o dia tivemos uma boa panorâmica do estágio em que estamos em relação à sustentabilidade na construção, inclusive em relação ao contexto mundial.
Na abertura, após as saudações iniciais, feitas por mim e por Fernando Mungioli, da Arco Editorial, eu fiz uma breve panorâmica do cenário em que nos encontramos em relação ao uso da energia e suas consequências no meio ambiente global e o impacto das construções, fazendo questão de ressaltar que há de fato respostas para as muitos dos aspectos mais relevantes e problemáticos. Há propostas bem sucedidas. Vimos muitas delas durante o Fórum EcoTech.
Em seguida tivemos a contribuição de Nelson Kawakami do Green Building Council Brasil, que apresentou uma análise sobre a evolução das edificações certificadas LEED no país, que tem se destacado também nesta área, internacionalmente, com expressivo crescimento no número de edificações que estão buscando a certificação no país.
Em seguida tivemos a contribuição de Nelson Kawakami do Green Building Council Brasil, que apresentou uma análise sobre a evolução das edificações certificadas LEED no país, que tem se destacado também nesta área, internacionalmente, com expressivo crescimento no número de edificações que estão buscando a certificação no país.
O prof. Manuel Martins , da Fundação Vanzolini, apresentou o processo de certificação de edificações AQUA, os conceitos sobre quais foi desenvolvida no Brasil a partir do modelo francês HQE, bem como os métodos a serem adotados para se obtê-la.
O Eng. Nelson Faversani apresentou o conceito de sustentabilidade adotado pela Tishmann Speyer em seus empreendimentos, muitos deles certificados. Nos debates, o engenheiro teve oportunidade de ressaltar a importância do trabalho do arquiteto de projetos, uma vez que as mais viáveis e bem sucedidas soluções para a tornar uma edificação mais sustentável devem ser pensadas nesta fase, não após a concepção básica da arquitetura.
O Arq. Roberto Loeb apresentou alguns dos seus projetos mais destacados, especialmente no que se refere aos cuidados com a implatação, orientação e proteção em relação à radiação solar, deixando claro que a boa arquitetura, com o que concordo e reafirmo, é por essência sustentável, independentemente de selos ou certificações. Estes apenas vieram para ratificar esta condição e ajudar a viabilizar negócios.
O Arq. Bruno Oliveira, da Brasoftware, representante Autodesk, apresentou as vantagens que o processo de projetos BIM - Building Information Modeling pode trazer para a sustentabilidade na medida em que permite um nível de integração entre os diversos projetos nunca antes possível. Apresentou ainda interessante video no qual se pode perceber até onde o processo pode evoluir, com impressionante interoperabilidade.
Em seguida tivemos a contribuição do Arq. inglês Russell Gilchrist, do Skidmore Owings & Merrill, dos Estados Unidos, com passagens pelos escritórios ingleses Norman Forster e Richard Rogers, que veio a São Paulo em lugar do seu colega Eng. Roger Frechette, que não pode comparecer por ter sido mantido em quarentena, na China, com sintomas da nova gripe.
Russell Gilchrist resumiu o compromisso do escritório americano com a sustentabilidade em seus projetos por todo o mundo, ilustrando sua apresentação com o impressionante caso da Pearl River Tower, em construção em Guangzhou, China, edifício que reune diversas estratégias úteis para que se alcancem os mais elevados níveis de eficiência e sustentabilidade.
Nos debates, todos foram unânimes em afirmar a necessidade de se investir mais em projetos e em planejamento, nos quais modelos físicos e digitais, bem como simulações e reuniões de coordenação e integração sejam frequentes, de forma a que se possa atingir melhores resultados em busca da Arquitetura e Construção Sustentável.
Ficou também claro que oportunidades como a próprio Fórum EcoTech, são também importantes para dar mais visibilidade aos assuntos relacionados à sustentabilidade da construção.
Nas próximas etapas do Fórum EcoTech 2009, que tem organização da A+C Desenvolvimento Profissional, com minha coordenação técnica, e apoio da Arco Editorial, teremos outras contribuições de destacados profissionais, inclusive convidados internacionais, de elevada capacitação e reconhecimento para dar continuidade à discussão da construção sustentável no Brasil.
Nas próximas etapas do Fórum EcoTech 2009, que tem organização da A+C Desenvolvimento Profissional, com minha coordenação técnica, e apoio da Arco Editorial, teremos outras contribuições de destacados profissionais, inclusive convidados internacionais, de elevada capacitação e reconhecimento para dar continuidade à discussão da construção sustentável no Brasil.
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