quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Curso Preparatório "Como se Tornar um LEED GA / AP", em Florianópolis/SC - 25 e 26/09

Caros,

Este mês ministrarei mais uma turma do Curso Preparatório "Como se Tornar um LEED GA / AP", desta vez em Florianópolis/SC, nos dias 25 e 26/09.
Mais informações abaixo, ou pelo link da imagem:



Atualização em Julho 2016:
Caros,
Agora os interessados em se tornarem profissionais LEED Green Associate podem estudar e preparar adequadamente para o exame de credenciamento sem sair de casa. Teve início em Julho 2016 a primeira turma ONLINE do Curso Preparatório para o Exame LEED GA do Brasil.

Trata-se do mesmo curso ministrado por mim desde 2010, já realizado com sucesso em dezenas de turmas por todo o Brasil, para centenas de profissionais, completamente revisado e atualizado.

O curso é mesmo muito prático, oferece amplo material de estudos e consultas, 50 vídeo-aulas gravadas, somando mais de 16 horas de gravação, além de contar com atendimento tira-dúvidas por meio da tutoria e de exames simulados completos, comentados.

É realmente um curso completo, com tudo que você precisa saber para se preparar apropriadamente para ser aprovado na prova do LEED GA de primeira.

Para mais informações e inscrições, acesse: www.ecobuildingforum.com.br.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Benchmark brasileiro para eficiência energética

Por Lara Martinho, para o Procel Info, originalmente publicado em Maio 2015


Indicadores permitem comparar o desempenho energético de um edifício com a média do setor. Em muitos países o benchmark é uma estratégia chave em políticas de eficiência energética. No Brasil, bons trabalhos tem sido desenvolvido com o apoio da Eletrobras e da Embaixada Britânica


Os benchmarks são indicadores que permitem comparar o desempenho energético de um edifício com a média do setor, e são essenciais para o desenvolvimento de instrumentos para redução de consumo de energia, como etiquetas prediais de eficiência energética. Ou seja, eles definem o nível de eficiência que representa um edifício típico do mercado. Para que isso ocorra, as contas de energia elétrica do prédio são comparadas com benchmarks para a mesma tipologia e assim tornar possível a avaliação.

Para as edificações existem três tipos de etiqueta de nível de eficiência: a etiqueta de projeto, a etiqueta de edifício construído e a etiqueta de consumo em uso. As duas primeiras já estão operacionais via PBE Edifica.

O processo de etiquetagem de consumo em uso consiste na composição de um indicador típico de mercado com base em dados reais de consumo e área das edificações para identificação do nível de eficiência do edifício de forma transparente por meio de uma etiqueta pública.

Em vários países do mundo o benchmark é uma estratégia chave em políticas de eficiência energética com grande potencial para direcionar programas de redução de consumo.

“Benchmarks e etiquetagem predial em operação já são aplicados em todos os edifícios grandes de Nova York, nos Estados Unidos, todos os edifícios públicos do Reino Unido e mais de 60% do mercado de imóveis comerciais na Austrália, entre outros exemplos que já existem em outros países”, comenta o professor e coordenador do Comitê Temático de Energia do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), Roberto Lamberts.

No Brasil, um programa de etiquetagem de edificações em uso deverá atender uma necessidade para indicadores simples e confiáveis de desempenho e sustentabilidade no ambiente construído. O maior trabalho no Brasil envolve o desenvolvimento técnico de benchmarks e metodologias de auditoria, coleta de dados e garantia de qualidade.

No Brasil os benchmarks já foram publicados para agências bancárias e escritórios corporativos, diz Lamberts

Os benchmarks a serem implantados terão que ser resistentes, relevantes, evolutivos e flexíveis, permitindo adaptação futura. Ao mesmo tempo, haverá a capacitação e o credenciamento dos profissionais que irão formar a base necessária para a implementação adequada desta etiquetagem no país.

O CBCS começou a trabalhar com benchmarking em 2013 ao perceber a carência de informações no setor e a urgência na publicação de referências e indicadores. Roberto Lamberts revela, que a Eletrobras, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), tem desenvolvido bons trabalhos em parceria com a Embaixada Britânica, que dá apoio ao Brasil no setor de energia, compartilhando a experiência e o conhecimento que o Reino Unido já possui nesta área, permitindo uma ampla troca de experiência entre os países.

Segundo Lamberts, no Brasil os benchmarks já foram publicados para agências bancárias e escritórios corporativos. Em ambas as tipologias, alguns edifícios ou empresas já estão aplicando os benchmarks para controle interno de eficiência.

Porém, a aplicação dos benchmarks enfrenta uma certa dificuldade de coletar dados confiáveis, principalmente com relação à área útil da edificação e contas de energia, tanto nas edificações públicas como nas privadas. Para Lamberts, essa e a maior barreira para o crescimento dos benchmarks no país, já que essas informações são importantes para o estudo e precisam mostrar uma redução efetiva dos custos energéticos.

“No Brasil, existe uma certa resistência para a disponibilização de informações sobre a edificação. Seria mais simples a implementação de benchmarks se houvesse uma parceria com a aplicação de programas incentivadores da transparência para a divulgação de informações pertinentes ao consumo energético de edificações”.

A CBCS em parceria com a PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento tem feito um trabalho voltado para o poder público que fornecerá benchmarks para edifícios públicos. O conselho acredita, que essa parceria ajudará bastante na redução do consumo de energia.

Hospitais investem em gestão de energia

Tiago Reis, para o Procel Info, originalmente publicado em Maio 2015


Buscando competitividade, rede particular amplia busca pelo uso racional de energia. Entretanto, para especialista, falta de conhecimento ainda é obstáculo para o crescimento da eficiência energética no setor


Hospitais públicos e privados estão investindo alto para obter um uso eficiente de energia elétrica e consequentemente reduzir os custos com esse insumo. Com a possibilidade de racionamento e o aumento da conta de luz, as unidades de saúde precisam se adequar para não serem surpreendidos com os altos valores das tarifas. Mas tornar eficiente o consumo de energia nessas unidades é uma atividade complexa, já que um hospital funciona 24 horas por dia durante os sete dias da semana. Além disso, a demanda de energia é muito elevada, já que muitos equipamentos possuem um alto consumo de energia, o que torna ainda maior esse desafio. Por isso, a gestão de energia ganhou um papel fundamental na administração dos hospitais brasileiros, tanto os da rede particular, que buscam competitividade para a adquirir novos clientes, quando a rede pública.

Um edifício hospitalar é considerado um projeto extremamente complexo devidos as suas diversas necessidades específicas. Portanto, atender aos critérios de eficiência energética e sustentabilidade tornam essas unidades ainda mais complexas. Mesmo com as dificuldades inerentes ao setor, a preocupação com a eficiência energética tem aumentado nos últimos anos. Hospitais como o Sírio-Libanês, em São Paulo, e o Mater-Dei, em Belo Horizonte, implementaram recentemente programas que visam reduzir a demanda por energia elétrica. Mesmo com os altos investimentos, os resultados estão aparecendo.

O Hospital Sírio-Libanês recentemente concluiu a expansão de sua unidade do bairro Bela Vista, na capital paulista. Os blocos E, F e G foram concebidos com o objetivo de alcançar o máximo de eficiência energética. Para isso, as novas torres, de 16 andares, possuem uma série de recursos para mitigar o consumo de energia, que vão desde a compra de equipamentos mais eficientes até a utilização de vidros que refletem a luz solar e novos sistemas de condicionamento de ar e aquecimento de água. Também foram implementados sistemas de automação para ajustar a demanda de energia com as necessidades de cada momento, o que permite um melhor controle do recurso e adequar a carga de energia de acordo com a ocupação dos hospital em cada horário, o que amplia os níveis de eficiência energética durante as 24 horas do dia.

Segundo o gerente de Manutenção do Hospital Sírio-Libanês, Humberto Rodrigues da Mata, as unidades do grupo já investem há algum tempo em medidas que valorizem o uso eficiente de energia. Os projetos são desenvolvidos e estudados para trazer a melhor viabilidade técnica e econômica para que o hospital possa alcançar o melhor desempenho de eficiência energética e operacional. Ele destaca, que entre as inovações implementadas nas novas torres está a nova central de água gelada, que reduziu o consumo em 40% o consumo de energia se comparado com o sistema antigo. O sistema de aquecimento de água, que é utilizado na nova unidade e nos prédios antigos, também foi otimizado e reduziu em cerca de 1/3 a demanda energética do sistema.

“Foram investidos no aquecimento de água uma combinação que utiliza quatro sistemas, o solar, bomba de calor, gás natural e energia elétrica. Isso tudo, de forma eficiente e automatizada, se otimiza a utilização no melhor ponto de performance, o que traz uma economia na ordem de 30% em comparação com um sistema convencional”, explica Humberto.

O gerente também destaca que o hospital tem investido na modernização do sistema de iluminação das suas unidades. Nos novos blocos foi implementado um sistema de alto rendimento que proporciona um baixo consumo de energia, em torno de 6,6 quilowatts por metro quadrado. Já a parte antiga, foi toda eficientizada por meio de um retrofit e instalação de iluminação de LED, que é controlada por um sistema de automação predial que é capaz de interagir com todas as modalidades utilitárias, como iluminação, ar-condicionado, aquecimento de água, sistemas de elevadores, o que somado, gera um potencial de ganho na ordem de 20%, por meio da otimização operacional. Humberto também revela que outro ponto importante na questão da eficiência energética é o fato das novas torres terem sido concebidas com vidros de alto desempenho em sua fachada. Essa tecnologia evita a insolação e a propagação de calor no ambiente, o que provoca uma redução significativa na utilização do ar-condicionado. O gerente enfatiza que essas medidas associadas ao compartilhamento das tecnologias mais modernas entre as novas torres e a estrutura antiga faz parte das diretrizes do hospital que busca alcançar o máximo de eficiência e sustentabilidade nas suas operações.
Modernização dos sitemas de iluminação e equipamentos mais eficientes podem reduzir, em média, 30% o consumo de energia dos hospitais

“A construção da nova torre faz parte do momento atual do hospital de buscar uma certificação gold, por meio de uma construção sustentável. Mas é uma prática nossa já, através dos anos, ter feito economia e operação utilitária da forma mais eficiente possível, aplicando redutores do consumo de água, aplicando a melhor possibilidade de aquecimento de água por meio de uma matriz eficiente, sistema de automação predial. Isso tudo liga a nova construção com a parte antiga do hospital trazendo os benefícios para um contexto maior”, pontua Humberto.

Outra unidade hospitalar que ampliou os investimentos em eficiência energética nos últimos anos foi o Mater Dei. Localizado em Belo Horizonte o grupo, em mais de 30 anos de atuação, buscou sempre adotar as melhores práticas de eficiência energética, hídrica e sustentabilidade em seus espaços. Um exemplo prático dessas atitudes é a construção do novo hospital da rede, na avenida do Contorno, região Centro-Sul da capital mineira. Desde o projeto, toda a estrutura foi desenvolvida para atender o que existe de mais avançado na arquitetura e engenharia hospitalar, revela a Superintendente de Tecnologia e Infraestrutura da Rede Mater Dei de Saúde, Rafaela França.

O edifício da Contorno, que funciona desde a metade de 2014, possui toda a sua iluminação em LED, tecnologia de vidro duplo, que reduz a troca de calor entre o ambiente interno e externo, e um sistema de climatização automatizado. O mesmo sistema funciona como um co-gerador de energia, no qual todo calor produzido pelo ar-condicionado é utilizado para o aquecimento de água, o que reduz consideravelmente o consumo de energia para o aquecimento de água utilizada nos banhos e na cozinha.

Com objetivo de aumentar ainda mais a eficiência energética, os novos equipamentos médicos adquiridos pela rede possuem alta tecnologia para reduzir o tempo de duração dos exames e procedimentos e consequentemente o consumo de energia. Rafaela França também destaca que os investimentos feitos na área de TI, no qual toda a estrutura de data-center, um dos vilões do consumo de energia, foi virtualizada, contribuindo também para um uso mais racional da eletricidade.

“O hospital fez toda a sua infraestrutura de data center e tecnologia de informação com 78% dos seus servidores virtualizados. O que é isso? Faz com que a gente economize energia elétrica. Não tem servidor físico. Então, 78% dos nossos servidores são virtuais. Isso já é um conceito que você diminui a energia elétrica para poder alimentá-los, diminuiu a refrigeração, e com isso nós aplicamos o conceito da TI verde. Além disso, também na parte de tecnologia, o hospital adquiriu computadores All-in-One, aparelhos que possuem apenas o monitor. Além de melhorar o espaço físico, eles também consomem menos energia. Então isso também foi uma metodologia aplicada no novo empreendimento e no prédio antigo, todas as novas necessidades serão nesse padrão”, esclarece a superintendente.

Mesmo com os investimentos apresentados, principalmente pelos hospitais particulares, o engenheiro clínico e consultor, Luiz Flávio Brito, considera que no Brasil o nível de eficiência energética no setor ainda é muito baixo. Para ele, a falta de conhecimento sobre a gestão de energia ainda é muito grande, o que contribuiu para o desperdício.

Com o objetivo de conscientizar os funcionários e clientes sobre as práticas de eficiência energética e sustentabilidade, Rafaela França afirma que o Mater Dei mantém um programa constante de informação entre todas as pessoas que transitam pelas unidades da rede. Por meio de palestras, panfletos e ações por meio de redes sociais, o hospital trabalha para fortalecer a cultura do combate ao desperdício e valorizando o uso racional dos recursos.
Para especialista, nível de eficiência energética nos hospitais ainda é baixo. Falta de conhecimento e profissionais capacitados ainda são uma barreira para o setor

“Com os colaboradores e gestores de negócios é uma prática comum a nossa preocupação com o consumo da água e da luz. Orientamos sempre a utilização racional de todos os recursos. Também colocamos nos meios de comunicação interna, como a intranet, informativos sobre quanto custa deixar um computador ligado sem necessidade, quais são os hábitos que as pessoas devem evitar ter, a atenção que todos devem ter com a luz, com o ar condicionado. Já com os clientes nós distribuímos folhetos com as informações sobre as formas de praticar medidas de sustentabilidade e uso racional de energia e água. Também estamos planejando novas ações para enfatizar, de forma sistêmica, esses ensinamentos para os nossos clientes, tanto por meio impresso, cartilha e folheto, como pelas redes sociais”, explica Rafaela.

Entretanto, Brito ressalta que no país, ao contrário de outros setores, como a indústria, ainda não existe um pensamento voltado para a eficiência energética nos hospitais, já que o quadro de profissionais é composto basicamente por profissionais de saúde. Essa falta de conhecimento contribui para o aumento do custo do insumo, com o pagamento de multas, tarifas de ultrapassagem e utilização de sistemas e tecnologias defasadas e pouco eficientes. Como o retorno com eficiência energética nem sempre vem de forma imediata, o engenheiro afirma que muitos gestores preferem dispensar suporte da engenharia, em quantidade suficiente para ajudar a decidir sobre questões relacionadas à gestão de energia, para destinar recursos para outros setores.

Sobre a falta de investimentos em eficiência energética na rede pública de saúde, hoje restrita, em sua maioria, a pequenos projetos de distribuidoras de energia, o consultor destaca que a falta de mão de obra qualificada é o grande entrave.

“Com relação aos hospitais públicos existe o edital e quando um projeto não atingir os níveis de eficiência desejados ele pode ser impugnado. Ainda sim, a falta de mão de obra dificulta a eficiência energética de forma constante nos hospitais públicos. Você tinha um eletricista que desrosqueava a lâmpada, que depois foi substituído por outro manipulava vários tipos de lâmpada, o que contribui para a atualização do profissional ficasse defasada. Esse pessoal precisa de capacitação. Se você pegar o nível de conhecimento desses profissionais, ele evolui muito pouco ao longo dos anos. Já na iniciativa privada funciona de forma diferente. Existe uma métrica diferente, mais bem definida”, afirma Lúcio Flavio Brito.

O engenheiro acrescenta que a crise energética e o aumento das tarifas da energia elétrica podem ampliar a procura pela eficiência energética nas unidades de saúde. Entretanto, ele ainda é reticente sobre a atitude de alguns hospitais em gerar a própria energia. Para ele, esse procedimento ainda é muito imaturo no país, já que ao adotar a co-geração ou geração própria de energia, o hospital, em vez de ser apenas um consumidor, vai ser responsável por toda a estrutura energética do empreendimento, o que exige muita responsabilidade e preparo. Lúcio enfatiza que somente quando as engenharias estiverem trabalhando junto com a administração dos hospitais é que o conceito de eficiência energética estará de fato implementado no setor.

“O que vai facilitar a gestão energética com certeza é o fortalecimento da presença das várias engenharias e da arquitetura na concepção dos hospitais e incorporar isso no dia a dia dessas unidades. E aí vem o papel das escolas, das indústrias, e o Brasil vem crescendo nessa área. Temos técnicos em equipamentos biomédicos, temos os tecnólogos em sistemas biomédicos, os engenheiros biomédicos, os especialistas em engenharia clínica, e mestres e doutores nessa área do conhecimento que vem se apropriando desse segmento. Agora isso pode ser profissionalizado, sistematizado em nível governamental ainda você coloca ainda milhares de estabelecimentos assistenciais de pequeno e grande porte o ganho é gigantesco. Uma saúde mais consciente do ponto de vista energético. É mais saúde com menos quilowatt-hora”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Moradia eficiente e sustentável ganha espaço entre casais

Por Gabriela Marques de Oliveira, para o Procel Info, Agosto 2015

Preocupação com soluções sustentáveis e uso racional de água e energia passou a ser prioridade para jovens casais no momento de escolher uma nova residência

Maio, é o mês das noivas. Tradicionalmente é o momento em que muitos casais estão aflitos com os preparativos da festa, buffet, convidados, lista de presentes, lembranças, bolo, vestido, decoração, lua de mel. São muitas coisas para serem levadas em consideração, muitas coisas para pensar, o que faz com que muitas noivas se esqueçam de alguns detalhes. Um deles é a casa que eles vão morar depois do casamento. Um detalhe que as vezes passa despercebido no meio de tantas preocupações com a comemoração da união. Será que no meio de tanta coisa, dá tempo de pensar e planejar a casa?

Foram entrevistados vinte casais que falaram sobre isso. A surpresa é que a grande maioria consegue sim, pensar nos detalhes da casa. Ao serem perguntados sobre como a planejam, as respostas foram das mais diversas. Juliana Fanchini, que já está noiva há um ano, contou que começou a pensar na casa de maneira que usasse o máximo de luz natural. O casal encontrou um imóvel com muitas janelas e já se preocupou em pedir na lista de presentes, aparelhos eletrodomésticos com etiqueta de baixo consumo de energia.

Luana Barreto disse que graças ao noivo dela, Antônio Carlos Marassi, eles se preocupam sim, e além de utilizarem a energia de forma eficiente, eles também fazem reaproveitamento de material. Outras noivas comentaram que vão optar pela lâmpada fluorescente, equipamentos com etiqueta A e Selo Procel e dispositivos de economia de água, já que “estamos vivendo um momento em que temos que pensar em tudo para economizar água e energia. Estamos mais conscientes.”, disse Jaqueline Viana.
Preocupação ambiental faz casais optarem por métodos mais eficientes de utilização dos recursos naturais. Arquiteta recomenda produtos certificados para reduzir o consumo de energia

A arquiteta Silvana Guimarães disse que é importante que os casais se atentem aos equipamentos com a etiqueta nível A do Inmetro e com o Selo Procel. Ela também deu dicas nos elementos decorativos da casa para aproveitar o máximo de luz natural.

“Utilize cortinas, persianas, mobiliários em tons pastéis ou branco. Espelhos e vidros também são excelentes materiais para reflexão da luz. Pisos claros, esquadrias e tetos claros. Abuse do branco.”

Além disso, acrescentou que o assunto é muito extenso e que, se possível, o casal peça ajuda de um arquiteto para atender aos desejos de decoração sem prejudicar a entrada de luz natural. Já existem alguns imóveis no mercado com certificações de eficiência energética, os quais já são projetados para aproveitar ao máximo a iluminação do dia. “Para finalizar, penso que para reduzir o consumo de energia, ainda são necessárias mudanças nos hábitos, conscientização e educação. Viver o mais natural possível, como cozinhar no fogão, esquecer micro-ondas, plantar e colher os alimentos, reciclar resíduos, etc.”

Realmente, são muitas coisas para serem levadas em consideração. O casamento vai muito além da festa e a preocupação com a eficiência energética já faz parte da maioria dos casais que planeja a vida juntos. É importante sempre lembrar que a prática do uso responsável da energia é uma herança que esses casais deixam para seus filhos. A educação de hábitos eficientes começa com bons exemplos em casa. São essas preocupações e comportamentos que colaboram para eliminar o desperdício e tornar o planeta mais sustentável.

Nova linha de financiamento do BNDES Eficiência Energética é lançada

Originalmente publicado em Ambiente Energia, Agosto 2015

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) melhorou as condições de financiamento para promoção de eficiência energética. Reformulada, a linha Proesco passa a se chamar BNDES Eficiência Energética, com condições financeiras mais atrativas.

O prazo de pagamento, anteriormente limitado a 72 meses (carência mais amortização), foi flexibilizado, e agora poderá ser ampliado, conforme a especificidade de cada projeto ou conjunto de investimentos.

O custo financeiro mantém como referência a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6,5% ao ano, cuja alocação o BNDES reserva para os projetos que considera prioritários, conforme as mais recentes políticas operacionais do Banco. A participação máxima do BNDES como financiador foi mantida em até 70% do total do projeto.

A nova linha não está restrita a empresas de serviços de conservação de energia (ESCOs), podendo ser acessada por qualquer empresa com sede e administração no País. O instrumento contempla tanto investimentos realizados pelas organizações em unidades próprias quanto em unidades de terceiros.

Além disso, as operações de financiamento podem ser realizadas tanto na modalidade direta (em que o projeto é analisado diretamente pela equipe do BNDES), quanto na modalidade indireta (em que o projeto é analisado por um agente financeiro credenciado pelo BNDES, que atua como intermediário da operação), a critério do tomador de crédito.

O valor mínimo para operações foi estabelecido em R$ 5 milhões, significativamente abaixo dos R$ 20 milhões de patamar mínimo usualmente estabelecido nas linhas diretas do BNDES. Para atingir os R$ 5 milhões, o cliente poderá agrupar investimentos em locais distintos na mesma operação, ou seja, seu plano de investimentos poderá contemplar um conjunto de projetos de eficiência energética a serem executados em diferentes locais, como, por exemplo, uma rede de hotéis, lojas ou unidades industriais. Para as operações abaixo desse R$ 5 milhões, pode ser utilizada a linha BNDES Automático, produto operado pelos agentes financeiros credenciados.

Os tipos de empreendimentos apoiáveis estão agrupados em quatro categorias: repotenciação de usinas; redes elétricas inteligentes; edificações, com foco em ar condicionado, iluminação e geração distribuída (incluindo cogeração) para unidades novas ou já existentes (retrofit); e processos produtivos, com foco em cogeração, aproveitamento de gases de processo como fonte energética e outras intervenções a serem priorizadas pelo BNDES.

Clique aqui para mais informações sobre a nova linha de financiamento.

Fonte: BNDES

Google lança "mapa do tesouro" da energia solar

Publicado originalmente em Exame.com, em 17/08/2015

O Google lançou o seu mais recente empreendimento no mundo das fontes renováveis, uma ferramenta online que ajuda proprietários a calcular o potencial de captação de energia solar dos seus telhados e decidir se vale a pena instalar um sistema fotovoltaico em casa.

Chamado de Project Sunroof, o projeto é considerado uma espécie de "mapa do tesouro da energia solar" e surgiu após a empresa identificar que um número crescente de pessoas recorriam à Internet para obter informações sobre potenciais economias que poderiam fazer ao optar por essa fonte renovável.

De saída, segundo o post feito no blog Google Green, a iniciativa está sendo testada na área da Baía de São Francisco, na Califórnia, e em Boston, mas poderá ser estendida para todos os 50 estados americanos e, potencialmente, para outros países.
Quem estiver em uma das regiões de teste, basta digitar o endereço residencial ou comercial no Projeto Sunroof para saber o quanto de luz solar atinge seu telhado ao longo do ano.



São levados em conta fatores como a orientação do telhado, sombra de árvores e edifícios nas proximidades, além dos padrões climáticos locais. Também é possível digitar o montante típico que se paga na conta de energia elétrica para personalizar os resultados.
A ferramenta combina todas essas informações para estimar a quantidade que o proprietário poderia economizar com painéis solares e ainda ajuda a conectá-lo com fornecedores locais da tecnologia.

Veja um vídeo de lançamento do projeto:


Comentário: Legal, não?

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O sol é para todos

Caros,

Reproduzo a seguir interessante matéria que li há uns meses na Veja, agora disponível no site Planeta Sustentável, da Ed. Abril. Trata-se de uma nova tecnologia, desenvolvida no Brasil, que pode significar um importante passo para a popularização do uso da energia solar para produção de energia elétrica em instalações de pequena escala. Recomendo que conheçam os OPV, Painéis Fotovoltáicos Orgânicos.

Placas feitas de material orgânico, maleáveis, leves e delgadas, podem finalmente popularizar uma fonte de energia ainda muito cara, mas destinada a substituir a era dos combustíveis fósseis

Por Raquel Beer - para Veja - 11/03/2015

Se toda a radiação que atinge a Terra em um único dia, vinda do Sol, virasse eletricidade, seria possível sustentar o consumo da humanidade ao longo de 27 anos. A energia solar, limpa e renovável, funcionaria como perfeito substituto do petróleo, finito e refém da gangorra dos preços. Representaria ainda o mais magnífico processo de troca de matriz energética, no avesso da poluição provocada pela queima de combustíveis fósseis, o mais rápido e danoso atalho para o aquecimento global. 

E, no entanto, por que a energia solar ainda é pouco usada, quase sempre mais promessa que realidade? As placas de silício necessárias para captá-la por meio de painéis são caras, pesadas e grossas. Apesar de úteis em grandes espaços, como campos, são inúteis para substituir o petróleo na vida urbana. Nos últimos cinco anos, porém, surgiu uma nova tecnologia afeita a vencer esses desafios. Construídas com material não tóxico, as placas OPV (sigla em inglês para painéis fotovoltaicos orgânicos) têm a finura de uma cartolina e a flexibilidade do plástico. Podem ser coladas no teto de um carro, nas janelas de prédios ou mesmo em mochilas.

A inovação pode ser o empurrão que faltava para a adesão maciça à energia solar. As placas delgadas de OPV funcionam de modo ligeiramente diferente das de silício, as mais populares - no caso das OPV, o revestimento feito de tinta orgânica reage quimicamente ao contato com a radiação, liberando os elétrons que formam a corrente elétrica (veja explicação mais abaixo). Nos painéis tradicionais, o calor associado à luz ativa os circuitos de silício, em um processo mais complexo.

O Sol sempre foi, é natural, a principal fonte de energia para a Terra, e o homem se aproveita disso há muito tempo. Já na Grécia antiga, casas eram construídas voltadas para o sul para ser mais bem iluminadas e aquecidas pela luz. Mas as placas solares tais como as conhecemos só começaram a ser concebidas na segunda metade do século XIX, quando o matemático francês Augustin Mouchot notou que o ritmo de consumo de carvão após a Revolução Industrial não era sustentável a longo prazo e foi buscar alternativas. Mouchot utilizou um espelho côncavo para canalizar a luz, aquecer a água e construir o primeiro motor movido a energia solar. As pesquisas evoluíram a passos curtos até os anos 50, quando a empresa americana Western Electric começou a comercializar tecnologias fotovoltaicas de silício que impulsionaram essa indústria. Foi, porém, apenas na década de 80 que os painéis de silício ganharam o mercado e, de imediato, começaram a ser exaltados por conservacionistas como a alternativa ecologicamente adequada ao petróleo e ao carvão.

Apesar de cumprir a missão de transformar luz solar em energia, a primeira geração de painéis solares não era versátil. Além de as placas serem trambolhões, emitiam grandes quantidades de gases poluentes em sua fabricação. A segunda geração, que surgiu nos anos 1990 e é de cobre e gálio, não foi para a frente em decorrência de as substâncias químicas usadas em sua construção terem valores inviáveis. A terceira, representada pela OPV, surgiu no início dos anos 2000 com um cipoal de vantagens. O filamento tem 5% do peso do de silício; as placas dependem menos da exposição ao sol para gerar energia; em dois meses compensam os poluentes emitidos em sua produção (com as de silício, são necessários doze anos para alcançar essa contrapartida); e, por serem maleáveis, podem adotar a forma que for, aptas a instalação em qualquer lugar.

A única desvantagem ainda é o preço. Uma família brasileira de consumo mediano teria de investir 12 mil reais para comprar os 12 metros quadrados de placas necessários para suprir sua demanda cotidiana. É, contudo, um empecilho temporário. Como acontece com toda tecnologia recém-nascida, o tempo tratará de barateá-la. "Nos anos 1980, cada watt gerado por uma placa solar custava absurdos 76 dólares. Hoje, sai por só 5 dólares, e o preço continuará a diminuir", aponta o engenheiro Marcos Maciel, diretor de operações da Csem Brasil, com sede em Belo Horizonte.

A Csem é um raríssimo exemplo de empresa brasileira que aposta em inovação e que pode levar o país à liderança do setor. Hoje, apenas 0,7% da matriz energética mundial é proveniente de fontes solares. Estima-se, porém, que esse número se multiplicará por oito até 2030 e que ainda neste século os combustíveis fósseis serão eliminados de nossa rotina e substituídos completamente por alternativas, principalmente a solar.

As placas de OPV, o futuro do setor, só se tornaram comerciais há cerca de cinco anos e ainda representam menos de 1% do mercado global de energia solar. O Japão e a Alemanha são líderes na fabricação dessas folhas, mas o Brasil tem a rara chance de entrar na disputa com boas perspectivas. Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) elaborado com dados coletados por onze satélites, o país pode espalhar placas solares eficientes por praticamente todo o seu território. Um cenário favorável e dificílimo de encontrar pelo mundo. O plano da Csem é popularizar a OPV no Brasil, instalando placas em cidades, áreas rurais e represas.

Para a comercialização da tecnologia foi criada outra empresa ligada à Csem, a Sunew, que pretende iniciar os trabalhos em poucas semanas. Desde setembro de 2014, a companhia está construindo uma fábrica que deve abrir as portas em julho deste ano e cuja produção, de 2 metros de placas por minuto, vai torná-la a maior do gênero no planeta. Já há interessados na novidade. A Sunew fechou contratos com gigantes como Fiat e Votorantim. A montadora deve instalar a OPV em automóveis. A fabricante de cimento planeja colocar os finos captadores de energia em represas para a geração de eletricidade em larga escala. O potencial é imenso. Se um terço do Lago de Furnas, em Minas Gerais, fosse coberto de OPV, a energia gerada supriria toda a demanda nacional. O país não sofreria mais com crises energéticas como a deste ano, provocadas pela seca e pela inépcia.

A OPV é um alento para um mundo excessivamente dependente de fontes energéticas insustentáveis a longo prazo. Por exemplo, se continuássemos a consumir petróleo no mesmo ritmo de hoje, esse recurso acabaria em todo o planeta ainda neste século. É um cenário improvável, porém. Como anotou o xeique Ahmed Zaki Yamani, ex-ministro de Energia da Arábia Saudita, na década de 70: "A idade da pedra não acabou pela falta de pedra, e a idade do petróleo acabará muito antes que o mundo fique sem petróleo".
Divulgação
As placas de OPV já são testadas em prédios, carros ou mesmo sobre pontos de ônibus; na foto, uma versão portátil é usada para carregar celulares
A incontestável verdade das mudanças climáticas criou uma bem-vinda movimentação global para a adoção crescente de fontes de energia sustentáveis e a pressão constante para a diminuição da emissão de dióxido de carbono, o CO2, na atmosfera. O petróleo e as atitudes incoerentes com os esforços sustentáveis se tornaram os grandes vilões de nossa era. Há previsões cada vez mais apocalípticas, algumas cientificamente comprovadas, outras convenientemente exageradas, mas a lista de danos é grande: a acidificação de oceanos, o derretimento de geleiras e a devastação de habitats. Essa maciça preocupação foi expressa por Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, numa definição recente e já clássica: "Não há plano B, porque nós não temos um planeta B". Os painéis fotovoltaicos orgânicos podem representar esse plano B.

UMA CASA 100% SOLAR
Com dez anos de experiência no setor de energia, o engenheiro e empresário mineiro Walter Fróes procurava uma forma de inovar sua vida profissional, no ano passado, e achou nas fontes solares o maior potencial para essa reviravolta. Antes de entrar no negócio, ainda em construção (ele pretende investir em empresas do setor energético), quis perceber no próprio cotidiano se a tecnologia valia a pena. Em setembro último, Fróes instalou 36 painéis de silício sobre o telhado de sua casa, no bairro de Mangabeiras, em Belo Horizonte. O equipamento fornece 9 quilowatts, o suficiente para cobrir quase todo o consumo de sua família. A energia começa a ser produzida por volta das 6h30, tem seu pico ao meio-dia e termina às 18 horas, quando o excedente é armazenado para a noite.

Promover essa mudança não saiu barato: foram investidos 81 mil reais nos aparelhos. Mas, além de fazer bem para o planeta (o engenheiro calcula que já deixou de emitir 5 toneladas de CO2 na atmosfera), faz bem para o bolso. A conta mensal na casa de 500 metros quadrados, que saía por mais de 1 mil reais, foi reduzida em 97%. "Terei o retorno do meu dinheiro em quatro anos", diz Fróes. Em alguns meses ele chegou a produzir mais energia do que precisava. Por não ter uma bateria apropriada para armazenar a carga, Fróes precisa pagar pela utilização do Sistema Integrado e tem de enviar à rede pública o excedente produzido. No fim do mês, contas feitas, recebe um crédito em quilowatts quando fornece mais do que consome.

O investimento doméstico na energia solar deverá valer ainda mais dentro de alguns meses, se vingar a promessa recente do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, de desonerar de uma série de impostos aqueles que trabalham com energia solar.

UMA BOA ALTERNATIVA
Os painéis solares orgânicos, conhecidos pela sigla OPV, são flexíveis, mais eficientes e têm 5% do peso de um painel tradicional, feito de silício. Podem ser colados em janelas de prédios, teto de veículos, telhado de casas e até mesmo em mochilas. Para conferir como a luz solar vira energia elétrica, clique na imagem abaixo:



AS VANTAGENS DA OPV:
- É feita de material não tóxico, como plástico PET e tintas orgânicas;
- Uma placa de 12 metros quadrados gera energia suficiente para o consumo de uma típica família brasileira;
- Como cada metro quadrado do painel tem apenas um terço de 1 milímetro de espessura, ele pode ser acoplado a todo tipo de estrutura, desde prédio até guarda-sol;
- Se o usuário produzir tudo o que consome, só terá de pagar ao governo uma taxa de acesso à rede elétrica. Resultado: cerca de 90% de economia na conta mensal.

POTENCIAL POUCO EXPLORADO
- Toda a luz solar que incide na Terra em um dia é capaz de abastecer a humanidade por 27 anos;
- Com essa energia seria possível suprir quase 10 mil vezes a atual demanda global;
- A radiação solar que incide no Brasil em um ano seria capaz de atender às necessidades de 30 mil países como o nosso.

Meu comentário: Interessante, não?


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Future Greenbuild Dates Announced Through 2019

Internationally renowned, the world's largest conference and expo 
dedicated to green building to rotate cities


Washington, D.C. — (July 23, 2015) — Dates were announced today for future Greenbuild International Conference & Expo events through the year 2019 by Informa Exhibitions and the U.S. Green Building Council.

“We are committed to rotating Greenbuild to very accessible locations to maximize attendee participation and exhibitor confidence. We ensure Greenbuild takes place in different geographic locations and have scheduled a strong line-up that will take the event to the West Coast, Northeast, Midwest and Southeast,” said Lindsay Roberts, Greenbuild group director, Informa Exhibitions. “We’ve also considered other industry events with our proposed schedule to ensure we aren’t in direct conflict.” 

Greenbuild will continue its pattern of rotating around the U.S. on the following schedule:
2016: Los Angeles Convention Center | Los Angeles, CA | Oct. 5-7 
2017: Boston Convention & Exhibition Center | Boston, MA | Nov. 8-10 
2018: McCormick Place (West Building) | Chicago, IL | Nov. 14-16
2019: Georgia World Congress Center | Atlanta, GA | Nov. 20-22

“Many factors are considered in regards to the location of Greenbuild, including the sustainability climate of the city we’re considering,” said Kate Hurst, vice president, community advancement, conferences and events, USGBC. “The selected cities are conducive to sustainability and the mission of Greenbuild – from walkability of the convention center area and public transportation options to initiatives currently taking place within each city – all these factors contribute to our ultimate decision.” 

Future dates for the international Greenbuild events, including Greenbuilding Brazil and Greenbuild Europe and the Mediterranean (EuroMed) will be announced in the coming weeks.

Greenbuild, owned and operated by Informa Exhibitions U.S., Construction & Real Estate and presented by the U.S. Green Building Council, is the world's largest conference and expo dedicated to green building. The three-day conference attracts 20,000+ attendees and 600 exhibitors annually from across the green building sector, spanning commercial and residential professionals, architects, building owners and operators, students, advocates and educators. 

This year’s event takes place at the Washington Convention Center in Washington, D.C. Nov. 18-20.

Em tempo: conheça a programação para a nossa missão técnica para o evento deste ano pelo link abaixo:

VIII Missão Técnica Green Buildings em Nova York + GreenBuild Conference & Expo 2015 - NYC / Washington DC


quinta-feira, 23 de julho de 2015

USGBC´s Top 10 - Brasil conquista 4o lugar no mundo em aplicação do LEED

Caros,

O USGBC anunciou ontem nova lista dos líderes mundiais em se tratando da aplicação LEED para a Construção Sustentável. É um marco relevante.
Segue o anúncio original:

Top 10 countries for LEED in 2015
by Published on

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O que torna uma cidade sustentável?

Por Sonya Angelica Diehn para Deutsche Welle — publicado 29/06/2015

Essen, na Alemanha, foi escolhida a "capital verde" da Europa. Mas, para obter esse título, é preciso muito mais do que parques

Essen
Essen, na Alemanha: infraestrutura verde como "uma solução de base natural"
A cidade de Essen, no oeste da Alemanha, foi escolhida a "capital verde" da Europa para o ano de 2017 – um prêmio dado anualmente pela Comissão Europeia para exemplos deações ambientalmente importantes, incluindo esforços locais para melhorar o meio ambienteno perímetro urbano e promover o crescimento sustentável.
Desde 2010, o título é concedido a cidades europeias com população superior a 100 mil habitantes. A premiação é dada sempre dois anos antes do período proposto. Para 2016, a vencedora foi Liubliana, na Eslovênia. A inglesa Bristol ganhou o título para 2015, e a capital dinamarquesa Copenhague, no ano passado.
Antigo centro de mineração de carvão, no coração do Vale do Ruhr, Essen foi reconhecida por superar o desafio da sua história industrial e reinventar-se de maneira ambientalmente sustentável. Depois, tornou-se exemplo para outras cidades.
Mas o que, afinal, faz uma cidade ser considerada "verde"?
Para o concurso, um grupo independente de especialistas analisou as cidades com base em fatores como qualidade do ar, transporte, áreas verdes urbanas e medidas para lidar com as mudanças climáticas.
George Ferguson, prefeito de Bristol, na Inglaterra, descreve as mudanças climáticas como "o maior desafio" que as cidades europeias precisam encarar. Segundo ele, enfrentar isso depende de inovação – e muitas vezes com bom humor. Exemplo disso é o que ficou popularmente conhecido como "poo bus", ônibus movido a fezes.
"É o ônibus número dois, e funciona por meio de dejetos humanos. Mas não cheira mal", brinca Ferguson.
O "poo bus" faz parte da campanha de Bristol para reduzir a emissão de carbono em 40% até 2020. Outras medidas rumo a esse objetivo são apoiadas por projetos que incentivam o aumento da energia renovável e a redução no consumo de energia.
Antecessora de Bristol como "capital verde" da Europa, Copenhague tem ambições ainda maiores quando o assunto é mudança climática. A mais ousada é extinguir a emissão de carbono até 2025. Na última década, a cidade já conseguiu reduzir o índice em 40%.
Há ainda mais esforços dos dinamarqueses para aumentar as estruturas construídas com energia renovável e fomentar o uso adequado das bicicletas, com programas como o "bike-butler" ("mordomo de bicicleta").
Quando as pessoas estacionam as bicicletas em locais inconvenientes, os "mordomos" as removem. Mas quando os ciclistas chegam para pegá-las de volta, eles não são punidos com multa, mas sim cumprimentados de forma amigável. Pode soar quase inacreditável, mas, além disso, a bicicleta ainda recebe um banho de óleo nas correias e tem os pneus cheios.
"Criando soluções aprazíveis e elegantes para quem pedala, tornamos a atividade ainda mais atrativa", diz Lykke Leonardsen, chefe da agência municipal que tenta "livrar" Copenhague do carbono.
Aparentemente, funciona. Hoje, em Copenhague, 45% de todos os deslocamentos para o trabalho e para a escola são feitos de bicicleta.
Além de reduzir a emissão de carbono, uma "cidade verde" deve ser também literalmente verde. Isso, porém, não significa apenas ter parques. A expressão da moda em termos de planejamento urbano é "infraestrutura verde", definida como áreas naturais projetadas para desempenhar uma série de funções.
Ronan Uhel, da agência europeia de meio ambiente, conceitua a infraestrutura verde como "uma solução de base natural" que também pode contribuir para a preservação da biodiversidade.
"Pode estar relacionado à eficiência energética de prédios, pode suavizar as divisões das nossas paisagens, pode ser útil para regenerar a acessibilidade aos rios", diz Uhel.
Um grande projeto em Copenhague envolveu a criação de uma rede de áreas verdes que pode absorver a água das chuvas – resultado de um replanejamento devido a uma tempestade, em 2011, que causou grandes danos à infraestrutura da cidade e ameaçou risco de vida a várias pessoas.
Agora, essas áreas desviam a água da chuva, ajudam a limpar o ar e atuam como espaços conjuntos para a comunidade.
"Isso está esverdeando a cidade, deixando-a mais saudável e atrativa", afirma Leonardsen.
Martin Powell, chefe de desenvolvimento urbano da empresa alemã Siemens no Reino Unido, salienta o quão isso é importante:
"Uma cidade verde é absolutamente essencial para atrair o capital humano que você quer ver trabalhando e vivendo no local", diz.
Powell afirma que os municípios e a iniciativa privada podem "pegar carona" e colocar a infraestrutura verde para investimentos. Ele sugere que, quando grandes edifícios passam por uma renovação energética, podem incluir algumas características.
"Por que não integrar com um telhado verde um lugar permeável, no lado de fora, para ajudar no escoamento da água vinda da superfície, uma drenagem sustentável e outras infraestruturas verdes?", sugere Powell.
Ferguson, prefeito de Bristol, finaliza dizendo que as cidades são, ao mesmo tempo, fontes de muitos problemas, mas também de muitas soluções.
"Se as cidades podem se tornar um laboratório de mudanças, os benefícios podem ser espalhados por toda a Europa. Uma cidade, sozinha, não vai mudar o mundo. Mas se compartilharmos ideias, e também os problemas, vamos compartilhar as respostas, e aí poderemos mudar o mundo", conclui.

O consumo de energia elétrica nas edificações no Brasil (e a importância da eficiência energética)

Reproduzo a seguir interessante texto a respeito da importância do assunto Eficiência Energética para o Brasil.

Publicado originalmente em: RSpress, em 14/07/2015

“Adotando-se uma política integrada de eficiência energética englobando construção, reforma e operação de edificações, considerando taxas de retorno favoráveis, conseguiríamos atuar efetivamente para realizar o potencial técnico de conservação de energia elétrica, de até 15% do total da eletricidade consumida no Brasil.”


Um dos principais desafios do país e dos clientes consumidores de energia atualmente é encontrar soluções céleres, econômicas e significativas para superar as dificuldades em relação ao cenário energético e hídrico que preocupa a sociedade e influencia nosso desenvolvimento econômico. O custo de energia está alto e pode aumentar ainda mais.

Existem duas formas básicas de se obter mais energia: produzindo através de um dos mecanismos disponíveis na matriz energética brasileira (hidroelétricas, termoelétricas, usinas nucleares, dentre outros) ou otimizando racionalmente o uso final da energia atual, observando também as perdas associadas. A primeira solução demanda tempo e altos investimentos o que não resolveria a curto e médio prazo a situação. Utilizar melhor a energia e reduzir as perdas através da execução de projetos de eficiência energética é a forma mais rápida e de menor custo para a sociedade.

Analisando o tema, conforme o BEN 2015 (Balanço Energético Nacional), nossas edificações (no segmento industrial, comercial, serviços, residencial e público) são identificadas como a principal demanda de eletricidade do país, responsável pelo consumo de cerca de 50% do total da eletricidade consumida no País. Todavia, através do movimento de construção sustentável, através da qual eficiência energética desponta como um dos principais temas, esse consumo pode ser reduzido e muito.

Cresce no país a mobilização de organizações e associações trabalhando no incentivo às práticas de construção sustentável e economia de energia. Dentre as principais atividades destes grupos há a promoção de sistemas de certificação, etiquetagem e Selo de edificações projetadas e construídas buscando maximizar seu desempenho energético, bem como atividades de readequação energética de edificações existentes.

Vários pontos devem ser observados para reduzir o desperdício de energia em edificações, onde os principais sistemas consumidores de energia elétrica são a climatização e a iluminação. A envoltória do prédio é outro ponto que deve ser observado, pois atua diretamente em todos os sistemas consumidores da edificação.

Atualmente temos 224 edificações certificadas LEED no Brasil e 11 edificações certificadas pelo recém-criado Selo Procel Edificações, além de 29 edificações classe A no Programa Brasileiro de Etiquetagem. Uma análise, considerando a média de economias comprovadas nestas edificações, mostra que as edificações brasileiras apresentam um potencial de redução médio de 30% no consumo de energia elétrica.

Considerando o total de energia elétrica disponibilizada no país, descontadas as perdas, o consumo no Brasil chega a 516,6 TWh[1], deste valor 258 TWh, ou o equivalente a R$ 117 bilhões são consumidos nas edificações. O potencial técnico estimado de redução de consumo nos prédios energeticamente eficientes é de 77,5 TWh, fomentado por uma política integrada de eficiência energética que englobe projeto, construção, reforma e operação das edificações, diante de taxas de retorno favoráveis. 

Ou seja, realizar este potencial trará imediatamente benefícios para a sociedade e com menores custos, garantindo para o país praticamente o montante de energia produzida pela Usina de Itaipu. Também significaria reduzir em 65% o uso das termoelétricas, reduzindo emissões poluentes e economizando quantias financeiras relevantes aos cofres públicos.

Cabe ressaltar que a readequação energética (reformas/ retrofits) também pode resultar em inúmeros benefícios diretos e indiretos para o Governo, Iniciativa Privada e Sociedade. No mercado brasileiro de edificações já é possível encontrar diversas soluções e serviços especializados em eficiência energética, sendo que barreiras de mercado, identificadas como falta de informação, visão de curto prazo e falta de incentivos podem ser superadas por medidas de fomento via incentivos intangíveis, mecanismos de mercado, incentivos fiscais, financeiros e ao crédito além de legislação de cunho mandatório.

Os proprietários de imóveis devem se informar e estar atentos ao fenômeno da crescente conscientização dos ocupantes e perda de competitividade frente aos novos empreendimentos que se diferenciam em face da eficiência operacional. O Governo também deve coordenar uma política pública integrada mobilizando todos os agentes públicos e privados para uma atuação alinhada com metas audaciosas de eficiência energética nas edificações brasileiras. O Congresso Nacional deve fortalecer o conhecimento e relevância do tema provocando o surgimento ou seu fortalecimento às lideranças políticas.

Com isso, o Brasil possuirá todas as condições de superar os atuais desafios energéticos, com forte contribuição da eficiência energética em edificações. Não obstante, a ineficiência energética sugere desperdício de recursos e oportunidades, sendo certo que as ações de correção deste cenário irão inserir valores, que até então se encontram perdidos, na economia, contribuindo efetivamente para a geração de emprego, elevação do padrão técnico do setor, mitigação de impactos sócio-ambientais negativos e melhoria da qualidade de vida.

Está ação é apoiada pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), ABILUX (Associação Brasileira da Indústria da Iluminação) e Carbon Trust.

________________________________________
[1]Fonte: Balanço Energético Nacional 2015
2Fonte: ANEEL – Tarifa de energia para consumidor final 

Sobre a ABESCO
A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia é uma entidade nacional que representa o segmento de eficiência energética, congrega e fomenta ações que busquem oferecer às empresas e à sociedade em geral um serviço especializado em projetos e execução de serviços que diminuam o consumo de energia e otimizem a demanda necessária para suas atividades tornando-as mais competitivas e beneficiando o país como um todo.

ABESCO – Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Conservação de Energia
(55 11 3549.4525)
www.abesco.com.br
RS Press - Assessoria de Imprensa – ABESCO
Lais Cavassana
laiscavassana@rspress.com.br
Tel: (11) 3875.6296

Sobre a ABRAVA
A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) foi fundada em 1962 e ao longo de sua história registra inúmeras conquistas em benefício das empresas associadas e do setor como um todo, tornando-se referência para fabricantes de equipamentos, projetistas, instaladores e mantenedores de sistemas, além de comerciantes varejistas de peças e componentes de todo o país
Missão: Assegurar o desenvolvimento tecnológico e competitivo do setor de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento do país, defender seus legítimos interesses, promovendo o uso responsável de equipamentos e de fluidos refrigerantes para reduzir o aquecimento global, preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida.

ABRAVA 
http://www.abrava.com.br/
Assessoria de imprensa - ABRAVA
Alessandra lopes
alessandra.lopes@mcocom.com.br
Tel: (11) 3231.3132 | (11) 98544.9448

Sobre o GBC BRASIL
A organização não governamental é um ponto de referência para a indústria da construção sustentável no país, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green buildings em um processo integrado de concepção, implantação, construção e operação de edificações e espaços construídos.

Green Building Council Brasil
(55 11) 4191-7805
www.gbcbrasil.org.br
Assessoria de Imprensa e Relações Públicas – Green Building Council Brasil
Eric Sanchez
eric.assessoria@gbcbrasil.org.br
Tel: (11) 98168-5102
Diego Salmazo
diego.assessoria@gbcbrasil.org.br
Tel: (11) 99365-1045

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Missão Técnica CTBUH International Conference - Nova York, Outubro 2015

Em 2001, Nova York (e todo o mundo) foi abalada pelo mais impressionante atentado terrorista que já houve. Alguns anos depois, a cidade segue pulsante e volta a abrigar o edifício mais alto dos EUA (e do hemisfério ocidental), o 1 WTC, talvez o mais destacado dos novos edifícios que estão uma vez mais resenhando o skyline de NYC, uma metrópole que se reinventa continuamente.

CTBUH – Council on Tall Buildings and Urban Habitat realiza todos os anos a CTBUH International Conference, que este ano ocorrerá na semana de 26 a 30 de Outubro, retornando a NYC, o berço dos arranha-céus, com uma extensa agenda de discussões com profissionais de renome internacional, envolvidos com projetos de empreendimentos de referência em todo o mundo, sobre as questões que envolvem o assunto como, claro, a sustentabilidade. Mais informações sobre a rica programação do evento em: www.ctbuh2015.com.

Estamos preparando para a delegação brasileira da Missão Técnica CTBUH International Conference - Nova York 2015 uma agenda que prevê, além da participação no evento, visitas a empreendimentos certificados LEED e empresas seriamente envolvidas com as questões de sustentabilidade na construção, sempre com acompanhamento técnico de especialistas na área.

Programa Preliminar:

Dia 24 de Outubro, Sábado
Encontro no Aeroporto de Internacional de Guarulhos em São Paulo e embarque com destino a Nova York.

Dia 25 de Outubro, Domingo
Chegada em Nova York. Traslado e acomodação no hotel.
Caminhada comentada pelos principais Green Buildings de Midtown. À noite: solenidade de abertura do CTBUH 2015 (1 WTC)

Dia 26 de Outubro, Segunda-feira
Dia dedicado à conferência CTBUH 2015.

Dia 27 de Outubro, Terça-feira
Dia dedicado à conferência CTBUH 2015. 
No final da tarde, saída para visita técnica.

Dias 28 de Outubro, Quarta-feira
Dia dedicado a visitas técnicas exclusivas.

Dia 29 de Outubro, Quinta-feira
Dia livre para atividades individuais.

Dia 30 de Outubro, Sexta-feira
Manhã livre, check-out do hotel. Em horário oportuno, traslado para o aeroporto e retorno a São Paulo. Chegada em São Paulo sábado de manhã.
 

O que está incluído:
  • Passagem aérea São Paulo / New York / São Paulo em classe econômica
  • 05 noites de hospedagem no hotel DOUBLETREE HILTON METROPOLITAN em Manhattan ou similar com taxas
  • Traslados aeroporto/hotel/aeroporto
  • Visitas técnicas exclusivas conforme roteiro a ser informado com antecedência aos participantes da missão
  • Seguro viagem
  • Acompanhamento de arquiteto especialista durante o roteiro de visitas para grupo mínimo de 20 pessoas


O que não está incluído:
  • Café da manhã;
  • Taxas de embarque;
  • Despesas pessoais;
  • Ingressos de passeios e museus;
  • Inscrição para a CTBUH 2015;
  • Tudo que não constar como incluído.

Mais informações e adesões:
ArqTours, By Raquel Palhares
Arq. Raquel Palhares
T: +55 11 9 9285 4554
raquel@arqtours.com.br